05/07/2003 - 23h30/EDUARDO OHATAGUILHERME ROSEGUINIda Folha de S.Paulo
Rio de Janeiro conta com experiência do Pan-Americano de 2007
A Olimpíada acontece só em 2012, mas, para o Rio, ela tem início cinco anos antes, em 2007. A base da candidatura carioca, os Jogos Pan-Americanos, que a cidade abriga em 2007, é visto pelos cariocas como seu maior trunfo na disputa com São Paulo.Praticamente todas as estruturas que serão erguidas ou adaptadas para os Jogos de 2007, para os quais o Rio pretende direcionar R$ 350 milhões, reaparecem no programa olímpico da cidade. "Daqui por diante, o Brasil tem que pensar na candidatura olímpica. Não tenho a menor dúvida de que esse será o nosso maior lobby", disse o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, no ano passado, quando o Rio conquistou o direito de abrigar o Pan.Serão construídas arenas para basquete e ginástica, entre outras modalidades, um parque aquático no autódromo de Jacarepaguá, um complexo temporário na Cidade do Rock e uma arena também temporária de vôlei de praia. O secretário de Esporte e Lazer do Rio, Ruy Cezar, afirma que, além da economia, há outras vantagens, incluindo técnicas, no fato de os Jogos serem uma extensão do Pan. "Que maneira melhor de testar e aprovar os equipamentos esportivos para os Jogos Olímpicos do que passá-los pelo Pan?"A linha de raciocínio dos cariocas, de aproveitar a estrutura do Pan, no entanto, esbarra em uma questão polêmica com relação à Vila Olímpica, que teria sua capacidade aumentada de 8.500 pessoas para 15 mil caso o Rio garanta o direito de recepcionar os Jogos Olímpicos de 2012. O destino dos apartamentos no período compreendido entre as competições é uma incógnita. Segundo Cezar, os apartamentos seriam vendidos depois do Pan, mas, um ano antes da Olimpíada, os moradores seriam obrigados a deixar o local e receberiam aluguel da prefeitura. Já a proprietária do terreno, a Agenco, defende que a prefeitura pague aluguel por cinco anos para que eles permaneçam vagos. Além da estrutura para 2007, o prefeito carioca, Cesar Maia, e seu secretário de Esporte apontam outro diferencial do Rio ao celebrar a beleza natural da cidade e o fato de ter abrigado grandes eventos internacionais, como a Rio-92. "Londres, Moscou, Paris, São Paulo são todas cidades de concreto. Nosso caso é diferente. No Rio, a natureza abraça, acolhe a cidade", é o mantra adotado e reproduzido por ambos à exaustão.Esta não é a primeira vez, porém, que o Rio tenta receber uma Olimpíada. Antes dos Jogos de Atlanta, em 1996, a cidade lançou uma malfadada candidatura pelos Jogos Olímpicos de 2004. Além de ter sido eliminado na primeira fase da disputa, o Rio colheu dissabores na condução da campanha: até hoje são cobradas dívidas do comitê que organizou a candidatura.
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sábado, 18 de agosto de 2007
Ao COI, Rio exalta orçamento "generoso"
29/02/2004 - 09h20/da Folha de S.Paulo
Ao COI, Rio exalta orçamento "generoso"
Na documentação que enviou ao COI (Comitê Olímpico Internacional) no início deste ano, o comitê do Rio titulou da seguinte forma o capítulo sobre o financiamento da candidatura para 2012: "Um orçamento generoso".
O Rio prevê no documento uma campanha mais cara que aquela bancada pela iniciativa privada em Nova York (US$ 22,5 milhões). A cidade americana anunciou que vai buscar dinheiro em empresas, sindicatos, fundações e cidadãos, além de montar uma espécie de "clube de amigos" e licenciar produtos da candidatura.Outra concorrente que aparece com orçamento menor que o carioca é Madri, que que planeja arrecadar US$ 18,6 milhões --sendo 85% deles originados dos bolsos de patrocinadores.Acima do Rio aparecem as duas grandes favoritas na corrida: Londres (US$ 48 milhões, 29% deles originados de patrocinadores) e Paris (US$ 27,6 milhões, com 25% do total vindo de fontes privadas).Orçamento maior que o do Rio é também o de Moscou (US$ 25 milhões), mas a cidade não vem sendo incluída entre as favoritas. A candidatura russa disse ao COI que terá a campanha bancada pelos setores público e privado. Não especificou, porém, a divisão.Concorrem ainda outras três cidades, todas consideradas azarões: Istambul, Havana e Leipzig (Alemanha). Só a primeira tornou pública sua documentação de candidatura. Bancado pela prefeitura e por impostos sobre loterias e apostadores, o orçamento turco é pequeno se comparado ao das favoritas: US$ 6 milhões.A campanha pelos Jogos de 2012 teve início em 15 de janeiro passado, quando as candidatas responderam a um detalhado questionário do COI.O próximo passo ocorrerá em 18 de maio, quando o COI anunciará se corta alguma candidata. Até esse dia, o Rio programou gastar US$ 5,5 milhões.Começa então a chamada "fase dois", que vai até julho do ano que vem, quando será escolhida a vencedora. É a etapa em que a corrida se intensifica, com visitas de comissões de avaliação às candidatas. A escolha, feita por meio de votação dos membros do COI, está programada para julho do ano que vem, em Cingapura.Só nessa segunda fase da campanha a candidatura carioca planeja desembolsar US$ 17,8 milhões. Esse valor representa quase o quádruplo dos US$ 4,6 milhões que, em julho passado, o Rio programava gastar nessa fase da disputa --a previsão constava dos documentos da disputa interna para indicar a candidatura brasileira, quando a capital carioca derrotou São Paulo.O orçamento que o Rio estima para a campanha de 2012 representa mais que o dobro daquele utilizado na campanha fracassada pelos Jogos de 2004. Daquela vez, a cidade foi eliminada antes da fase final de seleção para os Jogos de 2004, e o comitê deixou um rastro de R$ 3 milhões em dívidas.Os US$ 23,3 milhões estimados pela candidatura do Rio não se confundem com o dinheiro necessário para organizar os Jogos, que é muito mais vultoso. No documento que enviou ao COI, o Rio estipulou um orçamento de US$ 985 milhões para o Comitê Organizador dos Jogos, sendo US$ 150 milhões deles repasses de verbas públicas.Além disso, a candidatura informou que estima que os governos federal, estadual e municipal --"em alguns casos em parceria com parceiro privados"-- estão investindo ou irão investir um total de US$ 4,76 bilhões em infra-estrutura. A divisão: US$ 3,7 bilhões em transporte, US$ 400 milhões em novas sedes esportivas, US$ 360 milhões nas Vilas Olímpica e de Mídia e mais US$ 300 milhões em projetos ambientais.No caso da Prefeitura do Rio, o investimento na campanha olímpica soma-se a outras grandes tacadas na área esportiva.Seu caixa fomenta também a organização do Pan de 2007, incluindo a construção de um estádio orçado em R$ 166 milhões. Além disso, a administração preparou um pacote de ajuda aos clubes de futebol que pode chegar a R$ 8 milhões. "
Ao COI, Rio exalta orçamento "generoso"
Na documentação que enviou ao COI (Comitê Olímpico Internacional) no início deste ano, o comitê do Rio titulou da seguinte forma o capítulo sobre o financiamento da candidatura para 2012: "Um orçamento generoso".
O Rio prevê no documento uma campanha mais cara que aquela bancada pela iniciativa privada em Nova York (US$ 22,5 milhões). A cidade americana anunciou que vai buscar dinheiro em empresas, sindicatos, fundações e cidadãos, além de montar uma espécie de "clube de amigos" e licenciar produtos da candidatura.Outra concorrente que aparece com orçamento menor que o carioca é Madri, que que planeja arrecadar US$ 18,6 milhões --sendo 85% deles originados dos bolsos de patrocinadores.Acima do Rio aparecem as duas grandes favoritas na corrida: Londres (US$ 48 milhões, 29% deles originados de patrocinadores) e Paris (US$ 27,6 milhões, com 25% do total vindo de fontes privadas).Orçamento maior que o do Rio é também o de Moscou (US$ 25 milhões), mas a cidade não vem sendo incluída entre as favoritas. A candidatura russa disse ao COI que terá a campanha bancada pelos setores público e privado. Não especificou, porém, a divisão.Concorrem ainda outras três cidades, todas consideradas azarões: Istambul, Havana e Leipzig (Alemanha). Só a primeira tornou pública sua documentação de candidatura. Bancado pela prefeitura e por impostos sobre loterias e apostadores, o orçamento turco é pequeno se comparado ao das favoritas: US$ 6 milhões.A campanha pelos Jogos de 2012 teve início em 15 de janeiro passado, quando as candidatas responderam a um detalhado questionário do COI.O próximo passo ocorrerá em 18 de maio, quando o COI anunciará se corta alguma candidata. Até esse dia, o Rio programou gastar US$ 5,5 milhões.Começa então a chamada "fase dois", que vai até julho do ano que vem, quando será escolhida a vencedora. É a etapa em que a corrida se intensifica, com visitas de comissões de avaliação às candidatas. A escolha, feita por meio de votação dos membros do COI, está programada para julho do ano que vem, em Cingapura.Só nessa segunda fase da campanha a candidatura carioca planeja desembolsar US$ 17,8 milhões. Esse valor representa quase o quádruplo dos US$ 4,6 milhões que, em julho passado, o Rio programava gastar nessa fase da disputa --a previsão constava dos documentos da disputa interna para indicar a candidatura brasileira, quando a capital carioca derrotou São Paulo.O orçamento que o Rio estima para a campanha de 2012 representa mais que o dobro daquele utilizado na campanha fracassada pelos Jogos de 2004. Daquela vez, a cidade foi eliminada antes da fase final de seleção para os Jogos de 2004, e o comitê deixou um rastro de R$ 3 milhões em dívidas.Os US$ 23,3 milhões estimados pela candidatura do Rio não se confundem com o dinheiro necessário para organizar os Jogos, que é muito mais vultoso. No documento que enviou ao COI, o Rio estipulou um orçamento de US$ 985 milhões para o Comitê Organizador dos Jogos, sendo US$ 150 milhões deles repasses de verbas públicas.Além disso, a candidatura informou que estima que os governos federal, estadual e municipal --"em alguns casos em parceria com parceiro privados"-- estão investindo ou irão investir um total de US$ 4,76 bilhões em infra-estrutura. A divisão: US$ 3,7 bilhões em transporte, US$ 400 milhões em novas sedes esportivas, US$ 360 milhões nas Vilas Olímpica e de Mídia e mais US$ 300 milhões em projetos ambientais.No caso da Prefeitura do Rio, o investimento na campanha olímpica soma-se a outras grandes tacadas na área esportiva.Seu caixa fomenta também a organização do Pan de 2007, incluindo a construção de um estádio orçado em R$ 166 milhões. Além disso, a administração preparou um pacote de ajuda aos clubes de futebol que pode chegar a R$ 8 milhões. "
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