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sábado, 18 de agosto de 2007

Governo chinês reduz vôos para diminuir tráfego aéreo

quinta-feira, 16 de agosto de 2007, 11:26

Governo chinês reduz vôos para diminuir tráfego aéreo

Autoridades tomam a medida para cortar os congestionamentos nos aeroportos e evitar problemas nos Jogos
Ansa/Michael Reynolds/Efe

Chineses não querem ter problemas com a chegadas dos estrangeiros
PEQUIM - A entidade que regula a aviação chinesa suspendeu as homologações para novas companhias aéreas até 2010 e reduziu o número de vôos diários com destino e procedentes da capital para tentar diminuir o congestionamento aéreo para as Olimpíadas de Pequim em 2008.

O governo, porém, isentou desta nova decisão as companhias aéreas que usam jatos fabricados na China. Outras exceções serão feitas para as linhas de carga e expedição, que usam em grande parte pilotos estrangeiros ou fazem escala nas províncias economicamente vantajosas do oeste e nordeste da China.

"O tráfego aéreo em Pequim é realmente muito congestionado e o governo quer otimizar o tráfego aéreo, especialmente no que diz respeito aos vôos de carga", disse a analista do Credit Suisse, Karen Chan.

A China tem 22 companhias aéreas, a maioria de dimensões pequenas, entre elas a Air China, China Eastern e China Southern, que dominam o mercado.

A Administração Geral da Aviação Civil Chinesa comunicou ter cortado 48 vôos internos com destino e procedentes de Pequim.

Nos últimos anos, o tráfego aéreo aumentou, em média, mais de 16% ao ano. Neste ano, até o momento, o crescimento foi de 19,6%.

Secretário-geral do Comitê Olímpico do Quênia morre na China

quinta-feira, 16 de agosto de 2007, 11:16

Secretário-geral do Comitê Olímpico do Quênia morre na China

Morte de Tom O'omuombo acontece quando ele assistia a uma reunião preparatória para a Olimpíada de 2008
Efe

PEQUIM - O secretário-geral do Comitê Olímpico do Quênia, Tom O'omuombo, morreu quando assistia em Pequim a uma reunião preparatória para os Jogos Olímpicos de 2008, informaram fontes oficiais.

A morte, cujo motivos não foram divulgados, ocorreu na quarta-feira, 15, às 5h40 em Brasília, segundo um comunicado do Comitê Olímpico queniano assinado pelo presidente da instituição, Kipchoge Keino.

"O Comitê Olímpico Nacional do Quênia deseja enviar seus pêsames à família, aos parentes e amigos de Tom. Neste momento de pesar, estamos com a família os amigos e a comunidade esportiva no luto por nosso colega", afirmou Keino.

Consultado, o Comitê Organizador de Pequim 2008 não quis comentar o caso.

Moradores de Pequim apóiam a realocação de casas

quarta-feira, 15 de agosto de 2007, 10:09

Moradores de Pequim apóiam a realocação de casas

Para poder realizar as obras dos Jogos, milhares de casas antigas tiveram de ser derrubadas
Nick Mulvenney, da Reuters

PEQUIM - A realocação de centenas de milhares de moradores de Pequim, como parte de um grande programa de planejamento da cidade, é uma "coisa boa" que tem o apoio da população, disse nesta quarta-feira uma autoridade de construção civil da capital chinesa nesta quarta-feira.

A capital chinesa vem passando por um novo replanejamento nos últimos anos, em parte para ficar pronta para os Jogos Olímpicos do ano que vem. Milhares de casas antigas foram derrubadas, e os moradores foram transferidos para outras moradias.

Grupos de direitos humanos acusam o governo de retirar muitos moradores contra vontade e colocá-los em novas casas distantes dos locais onde moravam originalmente.

"O último objetivo do programa de construção de Pequim é para beneficiar as pessoas", disse Sui Zhenjiang, diretor do departamento de Obras de Pequim, em entrevista coletiva.

"A razão pela qual conseguimos fazer as mudanças tão rapidamente é o entendimento das pessoas de que suas casas precisavam ser realocadas. Com o apoio delas, nosso trabalho funcionou bem."

Sui disse que entre 40.000 e 50.000 proprietários de casas são transferidos a cada ano, não 1,5 milhão de pessoas como disse um relatório em junho divulgado por uma entidade de Genebra.

Menos de dois por cento das desapropriações tinham relação direta com a construção de instalações para a Olimpíada, acrescentou Sul.

Ele reconheceu, entretanto, que as mudanças de casas causaram problemas.

"É um desafio e uma oportunidade", disse ele. "Muitos cidadãos realocados terão de mudar suas rotinas de vida... resultando em inconveniência em termos de emprego, escola e acesso a serviços médico e saúde", disse.

Rogge: Pequim mostra que espírito olímpico não é só dos ricos

terça-feira, 7 de agosto de 2007, 16:02

Rogge: Pequim mostra que espírito olímpico não é só dos ricos
EFE

PEQUIM - O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, que está em Pequim por ocasião do período de um ano que ainda falta para a realização dos Jogos de 2008, afirmou que as Olimpíadas chinesas serão as primeiras a mostrarem que o espírito olímpico "não é apenas para cidades grandes ou ricas".Em entrevista para o site oficial do evento, o dirigente disse que o comitê trabalhou durante anos para acabar com o gigantismo nos Jogos Olímpicos, o que permitirá que no futuro "os Jogos sejam melhores organizados e possam chegar a mais cidades, não apenas às grandes e ricas". Rogge também afirmou que foi muito positivo limitar a 28 o número de esportes olímpicos e a 10.500 a quantidade de atletas que participam deles, "medidas que entrarão completamente em vigor em Pequim". O presidente do COI disse estar completamente certo de que isto permitirá a chegada dos Jogos Olímpicos a mais países em desenvolvimento. Além disso, Rogge expressou o seu desejo de que os Jogos possam chegar em breve à África e à América Latina, duas grandes regiões nas quais este evento ainda não aconteceu. "Não posso dizer exatamente quando chegarão lá, mas espero poder ver ainda em vida", declarou. Segundo o dirigente, nos Jogos de 2008 aumentarão os testes contra doping, com 4.500 testes - 1.000 a mais que nas Olímpiadas de 2004, em Atenas - e "tolerância zero" para os casos positivos. Rogge está muito ligado a Pequim 2008, já que a mesma Assembléia do COI em Moscou, em julho de 2001, na qual a capital chinesa foi escolhida com sede olímpica também foi a que aconteceu a sua eleição como presidente. Desta forma, ele expressou sua surpresa pelas mudanças que Pequim experimentou nos anos de preparação, dizendo na entrevista que cada vez que aterrissa na capital chinesa chega a "uma cidade diferente". Ele elogiou as melhoras no sistema de transporte e no meio ambiente da cidade. "Há ainda muito a fazer, mas há progressos", declarou o presidente do COI. Em outra entrevista concedida em Pequim, Rogge pediu às organizações de defesa dos direitos humanos que não usem os Jogos Olímpicos para defenderem suas reivindicações, apesar de nesta semana todas as ONGs que criticam a China terem feito isto. Pensando nisto, Rogge disse que o COI "não é um Governo ou um representante das ONGs do mundo". "Respeitamos seu ponto de vista e estamos a favor dos direitos humanos e da manutenção dos valores sociais, mas somos apenas uma organização esportiva", declarou.

Presidente da RSF protesta contra repressão em Pequim


segunda-feira, 6 de agosto de 2007, 13:15 -EFE


Presidente da RSF protesta contra repressão em Pequim


Fernando Castelló, da Repórteres sem Fronteiras, pede a libertação de 32 jornalistas presos no país

PEQUIM - O presidente da organização Repórteres sem Fronteiras (RSF), Fernando Castelló, e o secretário-geral da entidade, Robert Menard, fizeram nesta segunda-feira um protesto em frente a uma das sedes dos Jogos Olímpicos de Pequim, no qual pediram a libertação dos 32 jornalistas presos no país.


Os representantes da RSF, que viajaram anonimamente a capital chinesa, levavam cartazes nos quais, em vez dos cinco anéis olímpicos, apareciam cinco algemas policiais como símbolo da repressão e da falta de liberdade de imprensa no país.
Também participaram do protesto a vice-presidente da organização, a austríaca Rubina Möhring, e o diretor da RSF na Ásia, Vincent Brossel.
Os quatro usavam camisetas de protesto em frente à torre Olímpica, sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim (Bocog).

"Exigimos a libertação dos 32 jornalistas que atualmente estão presos e de outros 60 internautas na prisão, a retirada de várias leis repressivas e a libertação dos milhares de presos políticos", afirmou Castelló.
O presidente da RSF disse que o protesto foi realizado entre fortes temores de que a Polícia interviesse, algo que não aconteceu, já que, quando os agentes apareceram no local, os responsáveis da RSF não estavam mais lá.

Castelló reclamou que a situação da imprensa na China "não mudou nos últimos anos". "No que diz respeito à repressão carcerária de jornalistas e ciberdissidentes, há inclusive mais detidos que antes, apesar dos compromissos assumidos com o COI quando Pequim foi escolhida como sede dos Jogos."

Menard disse que a RSF "não é contra o esporte nem os Jogos Olímpicos", mas afirmou que "Pequim está descumprindo as promessas de abertura em matéria de liberdade de imprensa feitas à comunidade internacional no mesmo dia em que foi escolhida como sede, em julho de 2001".
Pequim "não pode acolher um evento tão grande como os Jogos Olímpicos à sombra das prisões chinesas", acrescentou, afirmando que as autoridades do país "seqüestraram estes Jogos".
No começo do ano, representantes da RSF tiveram uma reunião formal com responsáveis do Governo chinês na qual, segundo a organização, Pequim prometeu libertar alguns ciberdissidentes e jornalistas presos em troca de o grupo, com sede em Paris, abandonar o pedido de boicote da Olimpíada.
Faltando quase um ano para os Jogos Olímpicos (que começam em 8 de agosto de 2008), os grupos de direitos humanos internacionais (Anistia Internacional, RSF, Human Rights Watch) lembraram que a Olimpíada não trouxe melhorias, e sim geraram maior repressão em matéria de religião e opinião política.
Após o protesto, a Polícia deteve durante duas horas e interrogou cerca de 20 jornalistas estrangeiros que estavam no local para cobrir a manifestação.
Os incidentes ocorreram no mesmo dia em que o Bocog afirmou em entrevista coletiva que trabalhará para que os jornalistas estrangeiros que forem à China cobrir os Jogos possam fazer seu trabalho sem obstruções.

Chineses cancelam contrato com empresa que usava crianças

terça-feira, 31 de julho de 2007, 19:33

Chineses cancelam contrato com empresa que usava crianças

Empresa que detinha licença de produtos teve o contrato encerrado por explorar trabalho infantil

PEQUIM - O Bocog (sigla em inglês para Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim) anunciou nesta terça-feira que cancelou contrato para fabricação de produtos licenciados da Olimpíada do ano que vem com a empresa Lekit Stationery Company, Ltd., com sede na cidade de Dongguan, porque a empresa utilizaria crianças em sua linha de produção, o que fere diversos acordos comerciais que envolvem a economia e a política no país, visando o evento.Outras três empresas já tinham sido suspensas com o mesmo problema: Yue Wing Cheong Light Products Co. Ltd. e Mainland Headwear Holdings Ltd., ambas na cidade de Shenzhen, e Eagle Leather Products Ltd., também de Dongguan. O comitê organizador admite o constragimento com a situação, segundo a Associated Press, já que está tentando fazer uma imagem moderna da China, sem problemas sociais, tendo gasto cerca de US$ 40 bilhões (aproximadamente R$ 75 bilhões) com a modernização de Pequim para a Olimpíada.

Campeã olímpica volta após superar problema cardíaco

quinta-feira, 19 de julho de 2007, 21:36

Campeã olímpica volta após superar problema cardíaco

Luo Xuejuan quer disputar a Olimpíada de Pequim, no ano que vem, mas federação não pretende chamá-la

PEQUIM - A chinesa Luo Xuejuan, atual campeã olímpica dos 100 metros estilo peito e que em janeiro deixou a natação por problemas cardíacos, anunciou seu retorno, informou nesta quinta a Rádio Internacional da China. Entusiasmada, Luo divulgou a notícia em seu blog e insinuou que começou a se preparar para os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim. No entanto, fontes da Federação chinesa de Natação dizem que o anúncio de Luo não mudará os planos para a escalação da equipe olímpica, na qual a medalhista de ouro nos Jogos de 2004, em Atenas, só estará se recuperar seu melhor nível. Antes de sua aposentadoria temporária e desde seu ouro olímpico, a nadadora de 23 anos sofreu uma queda em sua carreira esportiva e no final de 2006 perdeu em todas as competições internacionais.

China lançará emissora exclusiva para Jogos Olímpicos de 2008

quinta-feira, 19 de julho de 2007, 20:35

China lançará emissora exclusiva para Jogos Olímpicos de 2008

Emissora estatal cuidará das imagens do evento, com previsão de 2.500 horas de transmissão
EFE-RIO -

O canal estatal CFTV5 se transformará a partir do dia primeiro de janeiro de 2008 em uma emissora olímpica que funcionará 24 horas por dia, informa nesta quinta-feira a Rádio Internacional da China.
O presidente da rede estatal, Zhao Huayong, anunciou que o CFTV 5, canal de esportes, está perto de concluir as melhoras técnicas e os trabalhos de logística, multimídia e marketing necessários para o lançamento da emissora.
A CFTV5 Olímpica preparará assim o terreno para os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, que começará no dia 8 de agosto. Durante os 17 dias de competição, serão transmitidas até 2.500 horas de programação esportiva, 1.000 a mais que nos Jogos de 2004, em Atenas.

Atletas e técnicos aprovam infra-estrutura para a Olimpíada

sexta-feira, 17 de agosto de 2007, 10:47

Atletas e técnicos aprovam infra-estrutura para a Olimpíada

Ciclistas, remadores e jogadores de hóquei na grama elogiam o empenho dos chineses para os Jogos de 2008
Ansa

PEQUIM - Após as preocupações causadas pela poluição e as críticas aos direitos humanos nos últimos dias, a capital chinesa respira aliviada. Os jogos chamados "Good Luck Beijing" (Boa Sorte Pequim), uma série de manifestações esportivas para testar as novas instalações e a situação geral da cidade para os Jogos Olímpicos, estão ocorrendo com sucesso. Técnicos e atletas se declararam satisfeitos.

"Tivemos neblina só no primeiro dia em que passamos em Pequim, em 14 de agosto. Depois os dias ficaram bonitos", afirmou Franco Ballerini, técnico do time olímpico italiano de ciclismo, que está na capital chinesa com um grupo de jovens atletas.

"O verdadeiro problema é o tráfego", acrescentou Ballerini. "Foi difícil atingir o ponto de chegada, que está perto da Grande Muralha".

Os jovens italianos participarão amanhã de uma competição de ciclismo na rua, que partirá do centro da cidade e acabará nas proximidades do monumento mais famoso do país.

As novas instalações olímpicas também foram aprovadas. O atleta russo Denis Pribyl afirmou que o centro aquático de Shunyi, construído para abrigar a competição de canoagem, "é o melhor que" já viu.

Arjen Meijier, da Federação Internacional de Hóquei, definiu como "fantástico" o novo estádio no qual serão disputadas as competições olímpicas. "Pequim fez um bom trabalho", acrescentou ele após visitar o local.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Pequim testa rodízio de veículos contra poluição na Olimpíada

17/08/2007 - 09h28-site uol
Pequim testa rodízio de veículos contra poluição na Olimpíada

Por Wang Nan e Nick MulvenneyReutersEm Pequim (China)
A cidade de Pequim iniciou nesta sexta-feira uma experiência de quatro dias com rodízio de veículos nas ruas para tirar 1,3 milhão de carros do tráfego diário, na esperança de que isso venha a reduzir substancialmente a poluição atmosférica durante os Jogos Olímpicos de 2008.
As autoridades dizem que a avaliação dos resultados levará algum tempo, mas o céu turvo da capital chinesa sugere que a cidade precisará fazer algo a mais para oferecer ar puro aos melhores atletas do mundo.
A prefeitura está fechando as fábricas mais poluentes e substituindo o uso de carvão por gás em milhares de casas, mas mesmo assim a poluição atmosférica continua sendo uma grande preocupação para os organizadores.
Em maio, a cidade atingiu a marca dos 3 milhões de carros, e diariamente mais mil veículos ganham as ruas. Além da poluição, a cidade sofre também com os congestionamentos.
"As restrições vão definitivamente reduzir os poluentes veiculares e vão funcionar eficientemente", disse Du Shazhong, porta-voz do Departamento de Proteção Ambiental da cidade, a jornalistas.
Na semana passada, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, disse que algumas provas de resistência nos Jogos de 2008 poderiam ser adiadas se a condição do ar não fosse adequada.
"A qualidade do ar hoje está no Grau 2 do Padrão Nacional -- os graus 1 e 2 são adequados para qualquer atividade", afirmou Du.
"SÉRIOS PROBLEMAS"
Um especialista em poluição atmosférica da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse, porém, que pessoas com problemas cardíacos devem pensar duas vezes antes de visitar Pequim, já que a contaminação do ar pode provocar "sérios problemas."
Em entrevista à BBC, o médico Michal Krzyzanowski afirmou duvidar de melhorias no ar pequinês até os Jogos e da eficácia do rodízio de veículos. "As partículas têm a capacidade de viajar milhares de quilômetros pelo ar. Então é possível que o efeito benéfico da redução do tráfego na cidade seja compensado pela poluição dos transportes vinda de outras partes da China."
Entre 6h e 24h de sexta-feira e domingo, os carros de placas com finais pares ficam sujeitos a multa caso saiam às ruas. O mesmo vale, no sábado e na segunda-feira, para carros com final ímpar.
Pelo menos na sexta-feira o rodízio parecia funcionar -- as largas e arborizadas avenidas tinham movimento bem menos intenso. Um guarda de trânsito disse à TV Reuters que havia flagrado apenas um carro com final par em uma hora e meia.
"Hoje está muito mais rápido do que normalmente, não há tantos congestionamentos", disse um motorista de ônibus.
Animada, uma passageira que costumava trabalhar de carro disse que agora provavelmente vai preferir o transporte público. "É muito conveniente, na verdade; não dá mais trabalho que pegar o carro."
Alguns treinadores e atletas já criticaram o fato de que as análises atmosféricas na China não levam em conta os níveis de ozônio e de pequenas partículas no ar.
"Nosso padrão nacional se baseia na nossa própria situação, nas nossas próprias necessidades", explicou Du. "Mas, ao estabelecê-las, também aprendemos com a prática internacional. Notamos que esses poluentes secundários têm alguma influência sobre o corpo humano, então tomamos medidas para reduzir tais poluentes."
(Reportagem adicional de Liu Zhen)

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Cineasta fala sobre abertura de Pequim-2008

Publicada em 14/8/2007 às 9:34
Cineasta fala sobre abertura de Pequim-2008
Responsável pela festa diz que a cerimônia terá '10 mil sorrisos de crianças'

LANCEPRESS!
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, ainda é um enigma, mas o cineasta chinês Zhang Yimou, principal encarregado da festa, revelou alguns de seus segredos à imprensa nesta terça-feira. Segundo Zhang, o diretor chinês mais conhecido no resto do mundo graças a obras como "Herói" e "Lanternas vermelhas", a cerimônia vai durar três horas e meia e contará com "10 mil sorrisos de crianças".
O diretor explicou à agência de notícias chinesa "Xinhua" que está reunindo imagens de crianças de todo o mundo, de diferentes países e etnias.
- Os seus sorrisos aparecerão na cerimônia como complemento do lema de Pequim 2008, "Um mundo, um sonho". Os ensaios começarão em setembro, seis meses antes da inauguração do seu cenário, o Estádio Nacional de Pequim, também conhecido como "O Ninho" - disse Yimou.

Outros cineastas foram convidados a contribuir com a festa, entre eles Steven Spielberg. Mas o americano causou polêmica ao afirmar que retirará sua colaboração se a China mantiver o apoio ao Governo do Sudão no conflito de Darfur.
A cerimônia está marcada para o dia 8/8/2008, às 20h. O número oito é considerado de boa sorte na cultura chinesa.

domingo, 12 de agosto de 2007

China abre contagem para a maior Olimpíada da história

quarta-feira, 8 de agosto de 2007, 08:35 --

China abre contagem para a maior Olimpíada da história
Há um ano do início dos Jogos, país quer mostrar sua 'nova cara', e para tal investe cerca de R$ 65 bilhões
Amanda Romanelli e Jamil Chade, do Estado

Han Guan/AP
Para começar a contagem regressiva para os Jogos Olímpicos, Pequim fez uma grande festa

SÃO PAULO - Acostumada a proporções monumentais, a China faz contagem regressiva para, daqui a um ano, realizar os maiores e melhores Jogos Olímpicos da história. A promessa está diretamente, obviamente, ligada ao astronômico orçamento do torneio de Pequim: pelo menos US$ 34 bilhões (cerca de R$ 65 bilhões) foram gastos para a construção de 12 novas arenas e a total remodelação da capital chinesa. Mas está relacionada também aos anseios do maior país comunista do planeta. Sediar a Olimpíada é a grande oportunidade de mostrar ao mundo a 'nova China', aliando costumes milenares à modernidade - ainda que muitos protestem contra a violação de direitos civis.

O velho e o novo estarão juntos já no primeiro dia dos Jogos. Aproveitando uma rara coincidência proporcionada pelo calendário, a Olimpíada de Pequim começará, oficialmente, em 08/08/2008. E às 8h08 da noite. Tanta repetição demonstra a importância do número 8 para os chineses: indica sorte, fortuna, prosperidade. Uma característica cultural que será mostrada aos estimados 4 bilhões de espectadores dos Jogos em todo o mundo, na cerimônia dirigida por Steven Spielberg, numa engenhosa construção arquitetônica, o Estádio Nacional de Pequim. O projeto arrojado, um emaranhado de aço, é conhecido como 'ninho do pássaro'.

Pequim receberá 31 das 34 modalidades olímpicas. Além do monumental Estádio Nacional - o único local de competição que não ficará pronto até o fim deste ano -, a capital chinesa apresentará o Centro Aquático, outra obra de tirar o fôlego: sua fachada translúcida, com tonalidade azul, faz com que a estrutura se assemelhe a uma série de bolhas de sabão. O Parque Verde, que concentrará grande parte dos outros locais de competição, será quase dez vezes maior que o parque olímpico de Atenas. As outras três modalidades restantes - futebol, vela e hipismo - estarão distribuídas em cinco subsedes, entre elas Hong Kong.

Os Jogos Olímpicos de Pequim, porém, não irão captar atenção mundial apenas pela promessa de recordes esportivos quebrados ou por suas magníficas construções. Será a chance do país mostrar que está preparado para abrir suas portas ao mundo ocidental, sem temer críticas ou contestações. Um hiato de 18 anos sem grandes protestos, como foi quando estudantes e trabalhadores tomaram a Praça da Paz Celestial, em 1989, pode ser encerrado. Resta saber como o país reagirá.

A China e o Comitê Olímpico Internacional (COI) já sofrem ataques por parte de ativistas e de atletas. Questões de direitos humanos, política e meio ambiente fazem parte da agenda de protestos, que devem se prolongar pelos próximos 12 meses. Organizações como a Anistia Internacional atacam o evento, alertando que o movimento olímpico poderá ter sua imagem manchada por anos ao permitir que o governo chinês continue violando os direitos humanos.

Entidades acusam o governo chinês de não cumprir a promessa de proteção aos direitos humanos e deter endurecido repressão contra jornalistas. "As promessas feitas por Pequim até agora não passam de palavras", afirmou uma assessora da Anistia Internacional à Agência Estado. A entidade lidera protestos e tem sido apoiada por pelo menos duas outras importantes organizações - a Repórteres Sem Fronteiras e o Human Rights Watch.

Os Jogos também servirão para reivindicações políticas domésticas. A entidade Tibete Livre quer aproveitar a chance única de exposição da China para denunciar as violações cometidas por Pequim contra a região, que há décadas reivindica sua independência. O ministro da Segurança Pública, Zhou Yongkang, exigiu que a polícia combata energicamente "forças hostis". E enumera o divisionismo étnico - um claro recado para o movimentos pró-libertação do Tibete - como umas das principais ameaças à pacífica realização dos Jogos.

As reclamações, contudo, já começam a aparecer no exterior. Dizem respeito, basicamente, às condições de recepção aos estrangeiros. Nesta terça, o Comitê Olímpico Australiano afirmou que seus atletas permanecerão o menor tempo possível em Pequim, por causa da poluição. Os chineses são considerados um dos maiores poluidores do mundo e as conseqüências para a saúde dos atletas podem ser negativas, temem os australianos.

Para evitar este problema, o governo chinês limitará a entrada de 1 milhão de carros na região central de Pequim a partir da próxima semana. Ainda para reduzir o nível de emissão de CO2, 3 mil ônibus que circulavam pela cidade foram trocados e fábricas que ficavam perto dos locais de competição serão desativadas. Os chineses prometem até fazer chover. Usarão artefatos químicos para permitir nuvens de chuvas em algumas regiões para evitar a concentração da poluição.

A organização dos Jogos tenta, ainda, fazer mudanças comportamentais. O 'chinglish', inglês peculiar - para não dizer incompreensível - dos chineses tem sido combatido para facilitar a comunicação com os estrangeiros. Campanhas de bons modos também tem sido realizadas. Alguns costumes desagradáveis aos ocidentais, como cuspir no chão ou furar filas, são condenados. Pessoas flagradas nestes atos receberão multas equivalentes a quase R$ 14. E pelo menos no que diz respeito às vaias, os atletas estrangeiros não serão hostilizados como ocorreu no Pan do Rio. As autoridades chinesas ameaçam com prisões e multas os torcedores que não souberem se comportar.