segunda-feira, 6 de agosto de 2007, 13:15 -EFE
Presidente da RSF protesta contra repressão em Pequim
Fernando Castelló, da Repórteres sem Fronteiras, pede a libertação de 32 jornalistas presos no país
PEQUIM - O presidente da organização Repórteres sem Fronteiras (RSF), Fernando Castelló, e o secretário-geral da entidade, Robert Menard, fizeram nesta segunda-feira um protesto em frente a uma das sedes dos Jogos Olímpicos de Pequim, no qual pediram a libertação dos 32 jornalistas presos no país.
Os representantes da RSF, que viajaram anonimamente a capital chinesa, levavam cartazes nos quais, em vez dos cinco anéis olímpicos, apareciam cinco algemas policiais como símbolo da repressão e da falta de liberdade de imprensa no país.
Também participaram do protesto a vice-presidente da organização, a austríaca Rubina Möhring, e o diretor da RSF na Ásia, Vincent Brossel.
Os quatro usavam camisetas de protesto em frente à torre Olímpica, sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim (Bocog).
"Exigimos a libertação dos 32 jornalistas que atualmente estão presos e de outros 60 internautas na prisão, a retirada de várias leis repressivas e a libertação dos milhares de presos políticos", afirmou Castelló.
O presidente da RSF disse que o protesto foi realizado entre fortes temores de que a Polícia interviesse, algo que não aconteceu, já que, quando os agentes apareceram no local, os responsáveis da RSF não estavam mais lá.
Castelló reclamou que a situação da imprensa na China "não mudou nos últimos anos". "No que diz respeito à repressão carcerária de jornalistas e ciberdissidentes, há inclusive mais detidos que antes, apesar dos compromissos assumidos com o COI quando Pequim foi escolhida como sede dos Jogos."
Menard disse que a RSF "não é contra o esporte nem os Jogos Olímpicos", mas afirmou que "Pequim está descumprindo as promessas de abertura em matéria de liberdade de imprensa feitas à comunidade internacional no mesmo dia em que foi escolhida como sede, em julho de 2001".
Pequim "não pode acolher um evento tão grande como os Jogos Olímpicos à sombra das prisões chinesas", acrescentou, afirmando que as autoridades do país "seqüestraram estes Jogos".
No começo do ano, representantes da RSF tiveram uma reunião formal com responsáveis do Governo chinês na qual, segundo a organização, Pequim prometeu libertar alguns ciberdissidentes e jornalistas presos em troca de o grupo, com sede em Paris, abandonar o pedido de boicote da Olimpíada.
Faltando quase um ano para os Jogos Olímpicos (que começam em 8 de agosto de 2008), os grupos de direitos humanos internacionais (Anistia Internacional, RSF, Human Rights Watch) lembraram que a Olimpíada não trouxe melhorias, e sim geraram maior repressão em matéria de religião e opinião política.
Após o protesto, a Polícia deteve durante duas horas e interrogou cerca de 20 jornalistas estrangeiros que estavam no local para cobrir a manifestação.
Os incidentes ocorreram no mesmo dia em que o Bocog afirmou em entrevista coletiva que trabalhará para que os jornalistas estrangeiros que forem à China cobrir os Jogos possam fazer seu trabalho sem obstruções.
Também participaram do protesto a vice-presidente da organização, a austríaca Rubina Möhring, e o diretor da RSF na Ásia, Vincent Brossel.
Os quatro usavam camisetas de protesto em frente à torre Olímpica, sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim (Bocog).
"Exigimos a libertação dos 32 jornalistas que atualmente estão presos e de outros 60 internautas na prisão, a retirada de várias leis repressivas e a libertação dos milhares de presos políticos", afirmou Castelló.
O presidente da RSF disse que o protesto foi realizado entre fortes temores de que a Polícia interviesse, algo que não aconteceu, já que, quando os agentes apareceram no local, os responsáveis da RSF não estavam mais lá.
Castelló reclamou que a situação da imprensa na China "não mudou nos últimos anos". "No que diz respeito à repressão carcerária de jornalistas e ciberdissidentes, há inclusive mais detidos que antes, apesar dos compromissos assumidos com o COI quando Pequim foi escolhida como sede dos Jogos."
Menard disse que a RSF "não é contra o esporte nem os Jogos Olímpicos", mas afirmou que "Pequim está descumprindo as promessas de abertura em matéria de liberdade de imprensa feitas à comunidade internacional no mesmo dia em que foi escolhida como sede, em julho de 2001".
Pequim "não pode acolher um evento tão grande como os Jogos Olímpicos à sombra das prisões chinesas", acrescentou, afirmando que as autoridades do país "seqüestraram estes Jogos".
No começo do ano, representantes da RSF tiveram uma reunião formal com responsáveis do Governo chinês na qual, segundo a organização, Pequim prometeu libertar alguns ciberdissidentes e jornalistas presos em troca de o grupo, com sede em Paris, abandonar o pedido de boicote da Olimpíada.
Faltando quase um ano para os Jogos Olímpicos (que começam em 8 de agosto de 2008), os grupos de direitos humanos internacionais (Anistia Internacional, RSF, Human Rights Watch) lembraram que a Olimpíada não trouxe melhorias, e sim geraram maior repressão em matéria de religião e opinião política.
Após o protesto, a Polícia deteve durante duas horas e interrogou cerca de 20 jornalistas estrangeiros que estavam no local para cobrir a manifestação.
Os incidentes ocorreram no mesmo dia em que o Bocog afirmou em entrevista coletiva que trabalhará para que os jornalistas estrangeiros que forem à China cobrir os Jogos possam fazer seu trabalho sem obstruções.
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