15/02/2007 - 11h09/EDUARDO SCOLESEPEDRO DIAS LEITEda Folha de S.Paulo, em Brasília
União aceita pagar mais R$ 53 mi da conta do Pan-2007
Em reunião ontem no Palácio do Planalto, representantes do Co-Rio (comitê organizador do Pan), Prefeitura do Rio de Janeiro, governo fluminense e Ministério do Esporte definiram quanto cada uma das partes arcará para quitar os R$ 103 milhões que restam para a conclusão das obras dos Jogos.Desse valor, que, de acordo com eles, representa 3% do custo total do evento, R$ 53 milhões sairão dos cofres da União, segundo o ministro Paulo Bernardo (Planejamento).O governo do Rio entrará com R$ 10 milhões, enquanto o restante (R$ 40 milhões) ficará por conta da prefeitura.Parte desses R$ 40 milhões sob responsabilidade da capital fluminense virá do adiantamento da previsão de arrecadação com as bilheterias dos eventos esportivos do Pan.No encontro de ontem, o governo do Rio anunciou que conseguiu remanejar recursos do Orçamento do Estado para quitar cerca de R$ 80 milhões restantes para o custo com a segurança do evento, que será realizado de 13 a 29 de julho.Os Jogos Pan-Americanos, de acordo com o ministro Orlando Silva Júnior (Esporte), terão um custo de R$ 3 bilhões --metade disso bancada pelos cofres do governo federal.Entre outros, participaram da reunião os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil), o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman.Depois do encontro, integrantes dos governos municipal (PFL) e estadual (PMDB) pareciam em lua-de-mel com Orlando Silva Jr., do PC do B."Trata-se de uma aliança pefelista-comunista-tucana", afirmou o secretário de Esporte e Turismo do Estado, Eduardo Paes, lembrando-se a seguir de citar o PMDB, partido do governador Sérgio Cabral.A troca de elogios prosseguiu. "É um caso de amor. Há uma harmonia absoluta", afirmou o ministro, que aproveitou para alfinetar a antiga gestão -de Rosinha Matheus. "[A relação com o governo do Rio de Janeiro] mudou da água para o vinho", declarou Silva Jr.
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sábado, 18 de agosto de 2007
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Gastos do governo no Pan-2007 serão alvo da PF
14/08/2007 - 09h53-SÉRGIO RANGELda Folha de S.Paulo, no Rio
Gastos do governo no Pan-2007 serão alvo da PF
A Polícia Federal vai abrir inquérito em, no máximo 30 dias, para investigar os gastos do governo no Pan, afirmou ontem o delegado Joe Montenegro, titular da Delefin (Delegacia de Crimes contra o Sistema Financeiro) no Rio.
O Pan custou R$ 3,7 bilhões aos cofres públicos (municipal, estadual e federal) --quase 800% mais que o previsto.
"Temos sérios indícios de malversação do dinheiro público no evento. Foram consumidas somas vultuosas. Com o dinheiro federal gasto aqui, poderia se investir pesado na segurança pública e na saúde. Eles preferiram usar o dinheiro nesse evento pífio", disse Montenegro, que investigará apenas o uso do dinheiro federal no Pan --cerca de R$ 1,8 bilhão.
O presidente do Co-Rio (comitê organizador dos Jogos), Carlos Arthur Nuzman, e o secretário federal do Pan, Ricardo Layser, deverão ser os primeiros a depor. O Ministério Público Federal também deverá participar da investigação.
Montenegro definiu os gastos do governo no Pan "como uma das maiores vergonhas que o país pagou".
Na semana passada, ele pediu informações ao TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o uso da verba federal no evento. Na última quarta, o tribunal recomendou que o Ministério do Esporte e o Estado do Rio suspendam os pagamentos de contratos firmados para a organização do Pan.
Hoje, vereadores cariocas vão nomear o relator da CPI do Pan e definir o cronograma de trabalho. A Comissão, cujo início fora adiado para não atrapalhar a realização dos Jogos, investigará os gastos da Prefeitura do Rio no evento. Na sexta, o município informou que gastou cerca de R$ 1,2 bilhão.
Ontem, o Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio) informou que o engenheiro responsável pela construção do Engenhão será convocado a depor. No sábado, parte de um muro de 15 metros próximo a um portão de acesso desabou. Foi a segunda vez que um muro do Engenhão --orçado em R$ 380 milhões e principal arena construída para o Pan-- caiu.
Gastos do governo no Pan-2007 serão alvo da PF
A Polícia Federal vai abrir inquérito em, no máximo 30 dias, para investigar os gastos do governo no Pan, afirmou ontem o delegado Joe Montenegro, titular da Delefin (Delegacia de Crimes contra o Sistema Financeiro) no Rio.
O Pan custou R$ 3,7 bilhões aos cofres públicos (municipal, estadual e federal) --quase 800% mais que o previsto.
"Temos sérios indícios de malversação do dinheiro público no evento. Foram consumidas somas vultuosas. Com o dinheiro federal gasto aqui, poderia se investir pesado na segurança pública e na saúde. Eles preferiram usar o dinheiro nesse evento pífio", disse Montenegro, que investigará apenas o uso do dinheiro federal no Pan --cerca de R$ 1,8 bilhão.
O presidente do Co-Rio (comitê organizador dos Jogos), Carlos Arthur Nuzman, e o secretário federal do Pan, Ricardo Layser, deverão ser os primeiros a depor. O Ministério Público Federal também deverá participar da investigação.
Montenegro definiu os gastos do governo no Pan "como uma das maiores vergonhas que o país pagou".
Na semana passada, ele pediu informações ao TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o uso da verba federal no evento. Na última quarta, o tribunal recomendou que o Ministério do Esporte e o Estado do Rio suspendam os pagamentos de contratos firmados para a organização do Pan.
Hoje, vereadores cariocas vão nomear o relator da CPI do Pan e definir o cronograma de trabalho. A Comissão, cujo início fora adiado para não atrapalhar a realização dos Jogos, investigará os gastos da Prefeitura do Rio no evento. Na sexta, o município informou que gastou cerca de R$ 1,2 bilhão.
Ontem, o Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio) informou que o engenheiro responsável pela construção do Engenhão será convocado a depor. No sábado, parte de um muro de 15 metros próximo a um portão de acesso desabou. Foi a segunda vez que um muro do Engenhão --orçado em R$ 380 milhões e principal arena construída para o Pan-- caiu.
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