sábado, 18 de agosto de 2007

Rogge: Pequim mostra que espírito olímpico não é só dos ricos

terça-feira, 7 de agosto de 2007, 16:02

Rogge: Pequim mostra que espírito olímpico não é só dos ricos
EFE

PEQUIM - O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, que está em Pequim por ocasião do período de um ano que ainda falta para a realização dos Jogos de 2008, afirmou que as Olimpíadas chinesas serão as primeiras a mostrarem que o espírito olímpico "não é apenas para cidades grandes ou ricas".Em entrevista para o site oficial do evento, o dirigente disse que o comitê trabalhou durante anos para acabar com o gigantismo nos Jogos Olímpicos, o que permitirá que no futuro "os Jogos sejam melhores organizados e possam chegar a mais cidades, não apenas às grandes e ricas". Rogge também afirmou que foi muito positivo limitar a 28 o número de esportes olímpicos e a 10.500 a quantidade de atletas que participam deles, "medidas que entrarão completamente em vigor em Pequim". O presidente do COI disse estar completamente certo de que isto permitirá a chegada dos Jogos Olímpicos a mais países em desenvolvimento. Além disso, Rogge expressou o seu desejo de que os Jogos possam chegar em breve à África e à América Latina, duas grandes regiões nas quais este evento ainda não aconteceu. "Não posso dizer exatamente quando chegarão lá, mas espero poder ver ainda em vida", declarou. Segundo o dirigente, nos Jogos de 2008 aumentarão os testes contra doping, com 4.500 testes - 1.000 a mais que nas Olímpiadas de 2004, em Atenas - e "tolerância zero" para os casos positivos. Rogge está muito ligado a Pequim 2008, já que a mesma Assembléia do COI em Moscou, em julho de 2001, na qual a capital chinesa foi escolhida com sede olímpica também foi a que aconteceu a sua eleição como presidente. Desta forma, ele expressou sua surpresa pelas mudanças que Pequim experimentou nos anos de preparação, dizendo na entrevista que cada vez que aterrissa na capital chinesa chega a "uma cidade diferente". Ele elogiou as melhoras no sistema de transporte e no meio ambiente da cidade. "Há ainda muito a fazer, mas há progressos", declarou o presidente do COI. Em outra entrevista concedida em Pequim, Rogge pediu às organizações de defesa dos direitos humanos que não usem os Jogos Olímpicos para defenderem suas reivindicações, apesar de nesta semana todas as ONGs que criticam a China terem feito isto. Pensando nisto, Rogge disse que o COI "não é um Governo ou um representante das ONGs do mundo". "Respeitamos seu ponto de vista e estamos a favor dos direitos humanos e da manutenção dos valores sociais, mas somos apenas uma organização esportiva", declarou.

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