domingo, 26 de agosto de 2007

Copa trava sonho olímpico do Brasil em 2016, diz Rogge

RECORDANDO O QUE FOI DITO EM 2005

31/08/2005 - 10h17 --LUÍS FERRARIda Folha de S.Paulo

Copa trava sonho olímpico do Brasil em 2016, diz Rogge

O belga Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional, praticamente descartou o sonho do Brasil de receber a Olimpíada de 2016. Motivo: a proximidade com outro evento esportivo de grande porte que o país pretende organizar."O Brasil precisa definir suas prioridades. Ouvimos falar do projeto para receber a Copa de 2014 e os Jogos de 2016. Não é impossível, mas é muito difícil organizar as duas coisas", afirmou o dirigente ontem, no Rio.Como a Fifa adota o rodízio de continentes --revezamento das sedes das competições segundo critérios geográficos--, já é consenso na Conmebol que o Brasil será a sede do Mundial de 2014, de direito da América do Sul.A declaração do principal dirigente do movimento olímpico mundial é uma menção contrária à postulação brasileira à Olimpíada de 2016. Segundo o dirigente, organizar uma Copa é muito diferente de uma Olimpíada. Ele apresentou números das duas competições para justificar a posição. "Na Copa, estão envolvidos 600 jogadores, contra 10 mil da Olimpíada. São três jogos por dia, no período em que há mais partidas. Na Olimpíada, são 28 títulos disputados em 14 dias."Porém o que o belga, cuja entidade não segue os moldes da Fifa, considerou uma missão dificílima já aconteceu antes. Os EUA receberam a Copa de 1994 e os Jogos de Atlanta, dois anos mais tarde. O mesmo ocorreu com a Alemanha Ocidental, que abrigou a Olimpíada em Munique-72 e o Mundial de futebol em 1974.Apesar de ter manifestado a dificuldade do projeto Rio-2016 --anunciado pelo COB logo que o país ficou fora da escolha para os Jogos de 2012, vencida por Londres--, Rogge elogiou a estrutura do Pan-07.Ontem, ele visitou duas obras de instalações que serão usadas na competição. Elogiou a Vila Pan-Americana e disse que sentiu uma emoção particular em conhecer o estádio João Havelange, que leva o nome de um decano do COI e seu amigo pessoal. "O fato de haver um estádio com o nome dele é um exemplo", comentou.

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