Pan-Americano ou Torneio do Interior?
Paulo Cleto
Parece coisa que acontece em torneio interno de clubinho do interior. O árbitro vai fazer o sorteio da chave do Pan e começa pela lista das tenistas classificadas como cabeças-de-chave. E confunde duas tenistas com o mesmo sobrenome. Uma delas, Jenifer Widjaja, brasileira – a certa – a outra, Angelike Widjaja, da Indonésia – a errada. O experiente árbitro português radicado no Brasil Jorge Dias considerou o ranking da errada e tirou o direito da brasileira, a 1ª tenista de nosso time, de ser cabeça-de-chave, algo crucial nas chances da participante. A brasileira seria a sétima cabeça-de-chave e não teria encontrado uma outra favorita ainda na segunda rodada, como aconteceu. O árbitro fazer esse tipo de erro é imperdoável, mas compreensível. Incompreensível, mesmo em torneio interclubes do interior, é o representante da equipe brasileira no sorteio do Pan-Americano não fazer a única coisa que ele devia estar fazendo ali. O representante presente, cada país envia um, não foi divulgado pela CBT, que nessas horas finge que não aconteceu nada. Além da omissão do representante, que teoricamente é o chefe-de-equipe nomeado pela CBT, fica uma outra dúvida: e o técnico da equipe feminina, o francês radicado no Brasil Didier Rayon, também técnico particular de outra tenista da equipe, Teliana Pareira? Era dever dele saber a situação de cada uma das tenistas de sua equipe. Já que perguntar não ofende: e o resto do pessoal da CBT, presente no evento, infelizmente ausente do que acontece com seus tenistas? E onde estava a cabeça da tenista quando a chave foi publicada e ela não era cabeça-de-chave? Aliás, foi a tenista que “percebeu” o erro. Mas só após ter entrado em quadra e ganho a primeira rodada – porque para a CBT, o chefe-de-equipe e o técnico estava tudo normal!! Óbvio, aí não dava mais para mudar, já que a regra diz que qualquer mudança na chave tem que acontecer antes do início da 1ª partida. A participação feminina, bronze nas duplas, foi a segunda pior da história, porém, o masculino deve ir bem melhor. Eu espero ouro nas simples e nas duplas, até pela fragilidade dos adversários. Dos quatro primeiros cabeças-de-chave, três são brasileiros. Apesar de serem os terceiros favoritos na chave de duplas, Saretta e Daniel formam uma dupla superior aos adversários, pela experiência e resultados passados. Essa deve ser a realidade se não tivermos mais atitudes incompatíveis com a importância do evento, pelo menos para nós brasileiros e anfitriões, já que os outros países como EUA, Canadá, Argentina e Chile ignoraram o evento e só enviaram tenistas do terceiro e quarto escalão.
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