segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Público opina sobre o melhor e o pior do Pan

29/07/2007 - 16h39 -Alícia Uchôa Do G1, no Rio

Público opina sobre o melhor e o pior do Pan

Segurança, transporte e instalações foram os pontos altos da festa esportiva. Ingressos, alimentação, má sinalização e vaias foram alvos de críticas.
Filas por ingressos que já esgotados e cambistas irritaram torcedores
Dezesseis dias e mais de 250 competições depois, os Jogos Pan-americanos terminaram com aprovação da maior parte do público. Mas, como não há unanimidade que valha a pena, espectadores contaram ao G1 o que poderia ter sido melhor e em que a organização precisa investir se voltar a sediar um grande evento esportivo.

A maior reclamação é sobre os ingressos, mas alimentação e sinalização também sofreram críticas. Os mais elogiados, contudo, foram as instalações, a segurança e o transporte. “A organização teria sido perfeita se não fosse pelos ingressos. Muitos acabaram só pela internet, em poucos minutos, e não houve chance de comprar nas bilheterias, além de ter tido muito cambista”, reclama o administrador de empresas André Luiz Costa, de 37 anos.

“Comprei o ingresso pela internet e cheguei aqui, o número da minha cadeira não existia”, conta estudante

O estudante Daniel Arrigoni, de 22 anos, sofreu com a confusão de ingressos na final do basquete masculino, neste domingo (29). “Comprei o ingresso pela internet e cheguei aqui, o número da minha cadeira não existia”, conta ele, que, para não ficar de fora, barganhou e conseguiu um up grade para ver a partida no camarote. O caso do engenheiro Eduardo Mazeron, de 53 anos, foi mais grave. “Minha filha comprou pela internet e os dados pessoais dela ficaram expostos para outra pessoa que estava tentando comprar no mesmo momento que ela. Só soubemos por que a pessoa foi honesta e se deu ao trabalho de avisar à organização”, conta ele, que viu seis eventos do Pan e sugeriu uma mudança para melhorar a interação entre as arenas esportivas: “Os placares eletrônicos poderiam mostrar os resultados de competições em outros locais”.

Sinalização: Galhardetes no lugar de placas e siglas dificultaram localização de espectadores

Alimentação
Depois de percorrer os mais diferentes locais de competição e assistir a diversas modalidades esportivas com os filhos ao longo do Pan, o engenheiro Antonio Ferreira, de 46 anos, também percebeu alguns obstáculos para o bom desempenho da festa esportiva.

“A alimentação poderia ser melhor e a sinalização foi péssima, sobretudo em Deodoro (subúrbio do Rio). Essas placas colocadas com siglas em postes não funcionaram”, observa ele, que, no entanto, adorou as instalações. O G1 já tinha feito matéria sobre as faixas de sinalização que mais confundem que ajudam.“A alimentação foi mesmo de matar”, concorda a paranaense Silvia Federivicz, de 45 anos, que, por outro lado, era só elogios para os voluntários. “Eles foram nota 10”, resumiu ela, que assistiu a vôlei, futebol, ginástica rítmica, basquete e vai conferir à cerimônia de encerramento.

A reclamação sobre a comida é válida. Dentro das instalações, só havia uma rede de lanchonetes e o público foi proibido de entrar com qualquer tipo de comida ou bebida.

O reforço na segurança recebeu elogios de quem foi ao evento

Transporte
As faixas preferenciais de trânsito, que causaram tanto receio ao carioca e serão desativadas após a cerimônia de encerramento, e o transporte coletivo também suportaram bem o fluxo de espectadores para conferir as disputas.

“O transporte estava muito bom. Nem precisei pegar no carro”, diz a jornalista Fernanda Guimarães, de 23 anos. “Estava esperando um impacto no trânsito até para ir ao trabalho, mas foi tudo ótimo”, completa a amiga e companheira de Pan, Tatiana Maynard, 24, que também aprovou a segurança do evento, como a maioria dos cariocas, segundo pesquisa.A paulista Bruna Acosta, de 24 anos, veio para o Rio de carro e não gostou de não haver estacionamentos próximos às competições. “O transporte era meio desorganizado e foi ruim chegar de carro aos locais”, reclamou ela, que se hospedou no centro da cidade.

Vaias
Não é só a organização que sofre restrições, a torcida também é alvo de críticas. “As vaias foram bola fora”, sintetiza a advogada Agra Costa, de 34 anos (Leia também: Vaias da torcida dividem opiniões no vôlei). A jornalista Fernanda Guimarães, 23, faz coro: “A torcida estava muito mal-educada. Muita vaia e xingamento, enquanto a gente está aqui para receber bem os atletas”. “Mas contra a argentina não tem jeito. Tem que vaiar”, tenta apelar o torcedor André Luiz Costa.

2 comentários:

Anônimo disse...

CARAMBA NÃO ACREDITO QUE SOU O PRIMEIRO A COLOCAR UM COMENTÁRIO NESSE BLOG. ISSO AQUI ESTÁ AS MOSCAS, DECEPCIONANTE...TSC TSC!!

Artemis disse...

não divulguei o blog ainda pois estou reconstituindo o material, se vc fosse mais atento veria que já teve gente aqui antes de ti.
De qq forma obrigada.Te serviu para conhecer.