Arena Box Promotion cobra uma explicação do governo brasileiro sobre deportação de cubanos
Jamil Chade, do Estadão
GENEBRA - A Arena Box Promotion, agência alemã que teria tentado levar os atletas cubanos do Brasil para atuar na Europa, cobra uma explicação do governo brasileiro e acusa Havana de ter atacado as famílias dos boxeadores Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara. Os atletas desertaram da delegação de seu país durante estada no Rio de Janeiro, para os Jogos Pan-Americanos.
Leia a reportagem completa na edição de sábado, 11, do Estado de S. Paulo.
Em declarações ao Estado, o porta-voz da agência de lutadores na Alemanha, Malte Muller-Michaelis, alega que os atletas foram informados que suas famílias foram ameaçadas por Havana ainda quando estavam no Rio de Janeiro. A história contada por Rigondeaux e Lara era outra: a agência alemã os teria embriagado e os forçaram a assinar um acordo. Por isso, pediram ajuda à Polícia Federal.
"Os passaportes de alguns membros da família dos atletas foram levados, os carros foram tirados de seu poder e ainda alguns chegaram a ficar algumas horas detidos. Ao ouvirem isso, os atletas mudaram de idéia e decidiram voltar a Cuba. Mas sabiam que suas carreiras estavam acabadas. Nunca mais os dois serão boxeadores", disse o porta-voz.
"O público precisa saber o que ocorreu e que eles já haviam assinado um contrato em 2004, durante os Jogos Olímpicos de Atenas, de que usariam a primeira oportunidade que teriam para escapar. E isso finalmente surgiu no Rio", explicou. Os cubanos deixaram a Vila Olímpica e nos ligaram. Estávamos preparados a ajudá-los, disse.
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