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Paraná tem sede ameaçada para Copa do Mundo de 2014Carlos Simon [17/08/2007]
Estado só confirmou ontem a sua presença no Rio.A corrida das cidades por um lugar ao sol na Copa do Mundo de 2014 terá capítulo importante hoje de manhã. Representantes das 18 candidatas reúnem-se com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no Rio de Janeiro, e exibem seus atributos para garantir presença no evento. Mas o Paraná não mostra grande empenho em assegurar uma vaga para a pré-indicada o Estádio Joaquim Américo, a Baixada.
Teixeira entregará às candidatas as orientações finais para a visita da Comissão de Inspeção da Fifa, a partir de 27 de agosto. Os inspetores avaliarão itens como infra-estrutura hoteleira e de transportes, garantias governamentais, segurança e projetos de reforma ou construção dos estádios. Entre os municípios concorrentes, um mínimo de 8 e um máximo de 12 acolherão jogos do torneio.
O assessor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, disse que o Paraná foi o último estado a confirmar presença na reunião, por volta das 18 horas de ontem. Ele não revelou que órgão ligado ao Palácio Iguaçu prestou a informação. “A CBF não fala com pessoas ou secretarias, e sim com os governos dos estados”, disse, citando reuniões do governador Roberto Requião como possível motivo da demora da resposta paranaense. As prefeituras e os clubes donos dos estádios pré-indicados não foram chamados.
O representante do Paraná no evento é Andréa Horst, assessora do gabinete da Paraná Esportes.
O enviado natural seria o secretário estadual de Turismo, Celso Caron, designado pelo governo para preencher a ficha inscricional e negociar politicamente a candidatura curitibana.
O presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, que também auxiliou os preparativos da candidatura de Curitiba e participou da solenidade em que o governo federal omprometeu-se a cumprir as exigências da Fifa para o Mundial, não pode comparecer, mas está fazendo o possível para que Curitiba seja uma das sedes. “Conservei ontem (quarta-feira) com Ricardo Teixeira, mas ele não falou sobre essa reunião. Não recebi convite nenhum”, falou Gomyde, que diz estar dedicado ao lobby pró-Paraná. “Sempre digo ao Ricardo Teixeira que seria bizarro Curitiba não estar numa lista de 12 cidades. Aqui há plenas condições. O apoio é grande, mas todos (os estados) querem estar na Copa e a CBF sofre pressão por todos os lados”, disse.
A CBF não se manifesta oficialmente, mas um influente diretor da entidade revelou de forma reservada que o caderno de encargos do Paraná foi considerado um dos piores entre os 18 apresentados, e que o governo estadual não tem grande interesse em trazer a Copa do Mundo. Itens que, de acordo com o dirigente, podem alijar o Estado do Mundial. O governador Requião tem divergências políticas com o principal dirigente do Atlético, Mário Celso Petraglia, e com o prefeito de Curitiba, Beto Richa. O governo do Estado chegou a indicar provisoriamente o projeto do “novo Pinheirão” para a competição, mas recuou e avalizou a Arena para evitar associação com o ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura.
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