07/02/2004 - 15h13 - da Folha Online
Blatter afirma que a Copa do Mundo de 2014 será disputada no Brasil
O suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa, reafirmou neste sábado que o Brasil será a sede da Copa do Mundo de 2014, no centenário da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), por decisão unânime dos dez países-membros da entidade."Sei que vocês praticamente já tomaram uma decisão sobre onde vão disputar o Mundial de 2014, em seu centenário. Se for o caso, será no Brasil", disse Blatter, em uma entrevista coletiva, pouco antes de finalizar o 59º Congresso Ordinário da Conmebol, em um hotel em Assunção, capital do Paraguai.O Comitê Executivo da Fifa resolveu, pouco antes da Copa do Mundo de 2002, em uma reunião realizada na Coréia do Sul, que o Mundial de 2010 será na África e o de 2014, na América do Sul.Na África, os três candidatos a sediar a competição são Marrocos, África do Sul e Egito. Entre os sul-americanos, no entanto, em homenagem aos cinco títulos mundiais do Brasil, o país foi escolhido prematuramente como o anfitrião da Copa daqui a dez anos.
sábado, 27 de outubro de 2007
China pretende apresentar candidatura para a Copa do Mundo-2014
O QUE FOI DITO EM 2003
29/10/2003 - 18h32 - da Folha Online
China pretende apresentar candidatura para a Copa do Mundo-2014
A China pretende apresentar candidatura para organizar a Copa do Mundo de 2014, afirmou nesta quarta-feira o vice-presidente da Federação Chinesa de Futebol, Zhang Jilong, à imprensa de seu país.Segundo o dirigente, a China vai oficializar sua candidatura depois dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Até hoje, os chineses disputaram apenas uma vez o Mundial, em 2002, e foram eliminados na fase inicial.Neste ano, o país asiático seria sede do Mundial feminino, mas a competição acabou sendo transferida para os Estados Unidos devido à Sars (síndrome respiratória aguda grave).
29/10/2003 - 18h32 - da Folha Online
China pretende apresentar candidatura para a Copa do Mundo-2014
A China pretende apresentar candidatura para organizar a Copa do Mundo de 2014, afirmou nesta quarta-feira o vice-presidente da Federação Chinesa de Futebol, Zhang Jilong, à imprensa de seu país.Segundo o dirigente, a China vai oficializar sua candidatura depois dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Até hoje, os chineses disputaram apenas uma vez o Mundial, em 2002, e foram eliminados na fase inicial.Neste ano, o país asiático seria sede do Mundial feminino, mas a competição acabou sendo transferida para os Estados Unidos devido à Sars (síndrome respiratória aguda grave).
Mandela pede apoio sul-americano para levar Copa-2010 à África do Sul
O QUE FOI FALADO EM 2003
29/10/2003 - 17h44
Mandela pede apoio sul-americano para levar Copa-2010 à África do Sul
da Folha Online
O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela espera contar com apoio da América do Sul para fazer de seu país a sede da Copa do Mundo-2010. A África do Sul está na disputa com Tunísia, Egito, Marrocos e Líbia.Mandela enviou uma carta ao presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Nicolás Leoz, pedindo apoio na escolha que será realizada em 20 de maio de 2004. A decisão caberá aos 24 membros do Comitê Executivo da Fifa e Leoz faz parte deste quadro."Com toda sinceridade, devo lhe dizer que os sul-africanos não podem ganhar um presente maior do que organizar a Copa do Mundo de 2010", diz o comunicado.Sonho chinêsApesar de a Fifa já ter definido que o campeonato de 2014 será realizado na América do Sul, dando seqüência ao sistema de rodízio, a China ainda quer entrar na disputa para abrigar o evento daqui a 11 anos."Como o Mundial de 2006 será na Alemanha, e o de 2010, na África, queremos a edição de 2014", disse o vice-presidente da Federação Chinesa de Futebol, Zhang Jilong.O sonho, entretanto, não deve ser concretizado. Até mesmo o presidente da Fifa, Joseph Blatter, já disse que o Brasil é quem deverá organizar a competição.
29/10/2003 - 17h44
Mandela pede apoio sul-americano para levar Copa-2010 à África do Sul
da Folha Online
O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela espera contar com apoio da América do Sul para fazer de seu país a sede da Copa do Mundo-2010. A África do Sul está na disputa com Tunísia, Egito, Marrocos e Líbia.Mandela enviou uma carta ao presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Nicolás Leoz, pedindo apoio na escolha que será realizada em 20 de maio de 2004. A decisão caberá aos 24 membros do Comitê Executivo da Fifa e Leoz faz parte deste quadro."Com toda sinceridade, devo lhe dizer que os sul-africanos não podem ganhar um presente maior do que organizar a Copa do Mundo de 2010", diz o comunicado.Sonho chinêsApesar de a Fifa já ter definido que o campeonato de 2014 será realizado na América do Sul, dando seqüência ao sistema de rodízio, a China ainda quer entrar na disputa para abrigar o evento daqui a 11 anos."Como o Mundial de 2006 será na Alemanha, e o de 2010, na África, queremos a edição de 2014", disse o vice-presidente da Federação Chinesa de Futebol, Zhang Jilong.O sonho, entretanto, não deve ser concretizado. Até mesmo o presidente da Fifa, Joseph Blatter, já disse que o Brasil é quem deverá organizar a competição.
O QUE FOI DITO EM 2003
05/09/2003 - 09h06
Líbia e Tunísia apresentam candidatura conjunta para organizar Copa-2010
da Folha Online
Líbia e Tunísia querem fazer em 2010 o mesmo que Coréia do Sul e Japão conseguiram no ano passado: organizar uma Copa do Mundo.Hoje, Saadi Kadhafi, jogador do Perugia (Itália) e vice-presidente da federação líbia de futebol, disse que vai apresentar à Fifa uma candidatura conjunta com a Tunísia. Em princípio, os dois países tinham lançado projetos separados.Os outros candidatos para receber a competição são África do Sul, Egito, Marrocos e Nigéria.O Mundial-2010 será disputado na África, de acordo com o sistema de rodízio imposto pela Fifa. A edição de 2014 deve ser na América do Sul. O presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, já afirmou que o Brasil é o favorito para abrigar o evento.
05/09/2003 - 09h06
Líbia e Tunísia apresentam candidatura conjunta para organizar Copa-2010
da Folha Online
Líbia e Tunísia querem fazer em 2010 o mesmo que Coréia do Sul e Japão conseguiram no ano passado: organizar uma Copa do Mundo.Hoje, Saadi Kadhafi, jogador do Perugia (Itália) e vice-presidente da federação líbia de futebol, disse que vai apresentar à Fifa uma candidatura conjunta com a Tunísia. Em princípio, os dois países tinham lançado projetos separados.Os outros candidatos para receber a competição são África do Sul, Egito, Marrocos e Nigéria.O Mundial-2010 será disputado na África, de acordo com o sistema de rodízio imposto pela Fifa. A edição de 2014 deve ser na América do Sul. O presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, já afirmou que o Brasil é o favorito para abrigar o evento.
Para COI, Olimpíada-2012 terá a disputa mais dura
o que foi dito em 2003
29/06/2003 - 11h49
Para COI, Olimpíada-2012 terá a disputa mais dura
da Folha de S.Paulo
A cidade brasileira que se tornar a aspirante a abrigar os Jogos-2012 terá uma tarefa inglória, pois a disputa pela Olimpíada será a mais acirrada da história. A opinião é de Jacques Rogge (pronuncia-se Rógue), 61, presidente do Comitê Olímpico Internacional.Para o belga, jamais tantas cidades qualificadas se lançaram juntas para tentar receber a Olimpíada. "Normalmente havia no máximo duas candidatas fortes, as outras eram mais fracas. Agora serão só nomes de peso", disse Rogge à Folha, por e-mail. Além de Rio ou São Paulo, tentarão ser a sede dos Jogos-2012 Nova York, Madrid, Londres, Paris, Moscou, Leipzig, Istambul e Havana -a escolha final será feita em Cingapura, em julho de 2005.E ele avisa: se os brasileiros novamente não realizarem o sonho de organizar uma Olimpíada --Brasília-2000 e Rio-2004 já fracassaram--, poderão ter de esperar muitos e muitos anos mais. Isso porque o COI vai em sentido contrário ao da Fifa e não pretende afrouxar as regras para beneficiar países de Terceiro Mundo.A entidade que comanda o futebol mundial já anunciou que fará um rodízio dos continentes. Assim, a Copa poderá ir pela primeira vez na história para a África, em 2010, e voltar para a América do Sul após 36 anos -em 2014, quando deverá ser no Brasil.Rogge declarou que a possibilidade de o COI adotar o rodízio de continentes é nula. "Só levamos em consideração para dar a um país o direito de sediar uma Olimpíada o caderno de encargos e o relatório da comissão de avaliação. Nada mais. É uma escolha puramente técnica, não política."Segundo o dirigente, a questão de a América do Sul nunca ter recebido os Jogos Olímpicos só poderia entrar em discussão se houvesse empate na avaliação entre uma cidade da região e outra de um continente que já os abrigou.Folha - No próximo dia 7, o Comitê Olímpico Brasileiro decide entre Rio de Janeiro e São Paulo qual será a cidade brasileira que tentará ser a sede dos Jogos de 2012. Como o senhor vê o lançamento de uma candidatura do Brasil? Acha que tem alguma chance?Jacques Rogge - O COI ficou satisfeito e vê com bons olhos a intenção dos brasileiros. A postulação será muito bem-vinda. Os 199 Comitês Olímpicos Nacionais foram convidados para, se quiserem, submeter o nome de uma cidade em sua jurisdição para ser concorrente. Eles ainda têm até o dia 15 para fazê-lo. De certo sabemos que será uma disputa muito forte, como nunca se viu antes, mas [sobre as chances brasileiras] tudo dependerá do projeto que [vocês] apresentarem.Folha - Até que ponto o problema da violência nas grandes cidades brasileiras pode prejudicar a candidatura olímpica?Rogge - Há um único objetivo em jogo, que é o de oferecer o melhor para os atletas e os torcedores. Se as condições de segurança apresentadas no projeto forem boas e consideradas suficientes, não haverá problemas.Folha - A América do Sul nunca recebeu uma Olimpíada. Não é chegada a hora de fazê-lo? E até que ponto o fato de ainda não ter sido sede dos Jogos pesa a favor ou contra a candidatura brasileira?Rogge - O COI é muito claro sobre o processo de escolha. O caderno de encargos e as condições para cumprir à risca o que tiver sendo oferecido são os pontos que a comissão de avaliação leva em consideração. E assim deverá continuar sendo.Folha - Quando o senhor ainda era candidato a presidente do COI, havia dito que o principal problema do Movimento Olímpico era a questão do doping. Sua administração tem feito avanços na área?Rogge - A Conferência Mundial sobre Doping no Esporte [realizada na Dinamarca, em março] nos permitiu dar um grande salto na luta para bani-lo. Depois de 30 anos de esforços descoordenados de governos e entidades esportivas, finalmente conseguimos chegar a um código para seguir. O desafio agora é implantá-lo em todos os níveis. E outro ponto muito positivo é que a Agência Mundial Antidoping [Wada, na sigla em inglês] tem feito um trabalho incansável. Agora ela tem uma sede própria, uma administração efetiva, um novo e importante conceito de observadores independentes e testes de surpresa. A Wada também tem desenvolvido muita pesquisa científica para aprimorar a lista de substâncias proibidas e novos métodos para detectá-las, além de programas educacionais para atletas e profissionais envolvidos.Folha - Após a Olimpíada de Sydney, foi muito discutida a idéia de enxugamento dos Jogos, com a redução do número de esportes praticados ou a possibilidade de realizá-los em duas cidades que serviriam como sede, e não em apenas uma, como se dá hoje. Como o senhor vê a questão do gigantismo da Olimpíada, uma de suas preocupações quando candidato?Rogge - Já houve um avanço. O COI decidiu limitar o número de esportes [serão 28 em Atenas-2004, com 300 provas e 10.500 atletas na vila] e, quando terminar uma Olimpíada, vamos sentar à mesa e conversar. A comunidade olímpica fará uma avaliação de como foram os esportes nos Jogos anteriores e daí decidiremos como agir. Alguns deverão sair, outros continuam, porque o que interessa é manter a qualidade. O gigantismo não era uma solução. Mesmo que não haja um enxugamento, certamente haverá uma maior qualidade geral. Cada modalidade tentará fazer o máximo para provar que deve continuar na Olimpíada.Folha - E o futebol?Rogge - Conversei algumas vezes com Joseph Blatter [presidente da Fifa], e ele sabe da importância dos Jogos também para o futebol. É o segundo esporte [numa Olimpíada] em audiência de TV, e ninguém em sã consciência acharia isso pouco.Folha - O Usoc [comitê olímpico norte-americano] está atolado em denúncias de corrupção. Como o senhor vê o caso?Rogge - Não seria delicado de minha parte comentar o caso, mas posso dizer que o Usoc está tentando mudar sua estrutura e tem o apoio do COI.Folha - No início do ano, o senhor demonstrou publicamente sua preocupação com as obras para os Jogos de Atenas, marcados para agosto do ano que vem. Em que estágio elas estão atualmente?Rogge - Os preparativos em Atenas estão totalmente sob controle, e estamos confiantes de que os gregos organizarão uma excelente Olimpíada em 2004. É verdade que os prazos são apertados e nenhum dia pode ser desperdiçado, mas o comitê organizador e o governo grego têm trabalhado bem em conjunto para fazer as coisas acontecerem.
29/06/2003 - 11h49
Para COI, Olimpíada-2012 terá a disputa mais dura
da Folha de S.Paulo
A cidade brasileira que se tornar a aspirante a abrigar os Jogos-2012 terá uma tarefa inglória, pois a disputa pela Olimpíada será a mais acirrada da história. A opinião é de Jacques Rogge (pronuncia-se Rógue), 61, presidente do Comitê Olímpico Internacional.Para o belga, jamais tantas cidades qualificadas se lançaram juntas para tentar receber a Olimpíada. "Normalmente havia no máximo duas candidatas fortes, as outras eram mais fracas. Agora serão só nomes de peso", disse Rogge à Folha, por e-mail. Além de Rio ou São Paulo, tentarão ser a sede dos Jogos-2012 Nova York, Madrid, Londres, Paris, Moscou, Leipzig, Istambul e Havana -a escolha final será feita em Cingapura, em julho de 2005.E ele avisa: se os brasileiros novamente não realizarem o sonho de organizar uma Olimpíada --Brasília-2000 e Rio-2004 já fracassaram--, poderão ter de esperar muitos e muitos anos mais. Isso porque o COI vai em sentido contrário ao da Fifa e não pretende afrouxar as regras para beneficiar países de Terceiro Mundo.A entidade que comanda o futebol mundial já anunciou que fará um rodízio dos continentes. Assim, a Copa poderá ir pela primeira vez na história para a África, em 2010, e voltar para a América do Sul após 36 anos -em 2014, quando deverá ser no Brasil.Rogge declarou que a possibilidade de o COI adotar o rodízio de continentes é nula. "Só levamos em consideração para dar a um país o direito de sediar uma Olimpíada o caderno de encargos e o relatório da comissão de avaliação. Nada mais. É uma escolha puramente técnica, não política."Segundo o dirigente, a questão de a América do Sul nunca ter recebido os Jogos Olímpicos só poderia entrar em discussão se houvesse empate na avaliação entre uma cidade da região e outra de um continente que já os abrigou.Folha - No próximo dia 7, o Comitê Olímpico Brasileiro decide entre Rio de Janeiro e São Paulo qual será a cidade brasileira que tentará ser a sede dos Jogos de 2012. Como o senhor vê o lançamento de uma candidatura do Brasil? Acha que tem alguma chance?Jacques Rogge - O COI ficou satisfeito e vê com bons olhos a intenção dos brasileiros. A postulação será muito bem-vinda. Os 199 Comitês Olímpicos Nacionais foram convidados para, se quiserem, submeter o nome de uma cidade em sua jurisdição para ser concorrente. Eles ainda têm até o dia 15 para fazê-lo. De certo sabemos que será uma disputa muito forte, como nunca se viu antes, mas [sobre as chances brasileiras] tudo dependerá do projeto que [vocês] apresentarem.Folha - Até que ponto o problema da violência nas grandes cidades brasileiras pode prejudicar a candidatura olímpica?Rogge - Há um único objetivo em jogo, que é o de oferecer o melhor para os atletas e os torcedores. Se as condições de segurança apresentadas no projeto forem boas e consideradas suficientes, não haverá problemas.Folha - A América do Sul nunca recebeu uma Olimpíada. Não é chegada a hora de fazê-lo? E até que ponto o fato de ainda não ter sido sede dos Jogos pesa a favor ou contra a candidatura brasileira?Rogge - O COI é muito claro sobre o processo de escolha. O caderno de encargos e as condições para cumprir à risca o que tiver sendo oferecido são os pontos que a comissão de avaliação leva em consideração. E assim deverá continuar sendo.Folha - Quando o senhor ainda era candidato a presidente do COI, havia dito que o principal problema do Movimento Olímpico era a questão do doping. Sua administração tem feito avanços na área?Rogge - A Conferência Mundial sobre Doping no Esporte [realizada na Dinamarca, em março] nos permitiu dar um grande salto na luta para bani-lo. Depois de 30 anos de esforços descoordenados de governos e entidades esportivas, finalmente conseguimos chegar a um código para seguir. O desafio agora é implantá-lo em todos os níveis. E outro ponto muito positivo é que a Agência Mundial Antidoping [Wada, na sigla em inglês] tem feito um trabalho incansável. Agora ela tem uma sede própria, uma administração efetiva, um novo e importante conceito de observadores independentes e testes de surpresa. A Wada também tem desenvolvido muita pesquisa científica para aprimorar a lista de substâncias proibidas e novos métodos para detectá-las, além de programas educacionais para atletas e profissionais envolvidos.Folha - Após a Olimpíada de Sydney, foi muito discutida a idéia de enxugamento dos Jogos, com a redução do número de esportes praticados ou a possibilidade de realizá-los em duas cidades que serviriam como sede, e não em apenas uma, como se dá hoje. Como o senhor vê a questão do gigantismo da Olimpíada, uma de suas preocupações quando candidato?Rogge - Já houve um avanço. O COI decidiu limitar o número de esportes [serão 28 em Atenas-2004, com 300 provas e 10.500 atletas na vila] e, quando terminar uma Olimpíada, vamos sentar à mesa e conversar. A comunidade olímpica fará uma avaliação de como foram os esportes nos Jogos anteriores e daí decidiremos como agir. Alguns deverão sair, outros continuam, porque o que interessa é manter a qualidade. O gigantismo não era uma solução. Mesmo que não haja um enxugamento, certamente haverá uma maior qualidade geral. Cada modalidade tentará fazer o máximo para provar que deve continuar na Olimpíada.Folha - E o futebol?Rogge - Conversei algumas vezes com Joseph Blatter [presidente da Fifa], e ele sabe da importância dos Jogos também para o futebol. É o segundo esporte [numa Olimpíada] em audiência de TV, e ninguém em sã consciência acharia isso pouco.Folha - O Usoc [comitê olímpico norte-americano] está atolado em denúncias de corrupção. Como o senhor vê o caso?Rogge - Não seria delicado de minha parte comentar o caso, mas posso dizer que o Usoc está tentando mudar sua estrutura e tem o apoio do COI.Folha - No início do ano, o senhor demonstrou publicamente sua preocupação com as obras para os Jogos de Atenas, marcados para agosto do ano que vem. Em que estágio elas estão atualmente?Rogge - Os preparativos em Atenas estão totalmente sob controle, e estamos confiantes de que os gregos organizarão uma excelente Olimpíada em 2004. É verdade que os prazos são apertados e nenhum dia pode ser desperdiçado, mas o comitê organizador e o governo grego têm trabalhado bem em conjunto para fazer as coisas acontecerem.
Técnico do Equador aponta abismo entre Europa e América do Sul
VEJA O QUE FOI DITO EM 2002
12/06/2002 - 20h17
Técnico do Equador aponta abismo entre Europa e América do Sul
da Folha Online
O técnico do Equador, Hernan Dario Gomez, disse que os maus resultados de sua equipe, do Uruguai e da Argentina mostram que há um abismo crescente entre o futebol europeu e sul-americano. "A Europa tem um potencial muito maior que o da América do Sul, e o melhor exemplo disso é a saída da Argentina", disse Gomez a repórteres um dia antes do que deve ser seu último jogo na Copa, contra a Croácia. O Equador participa pela primeira vez de um Mundial, e perdeu os dois jogos que disputou, para a Itália e para o México. A favorita Argentina foi eliminada do torneio na quarta-feira depois de perder para a Inglaterra e só empatar com a Suécia. "A Europa tem jogadores mais fortes. Quando você olha para a Alemanha, eles têm jogadores de 20 anos e de 27 anos, numa mistura de juventude e experiência", disse o técnico, que é colombiano. "Eles não se prepararam apenas para 2002 e 2006, mas já estão prontos para 2010 e 2014. Têm um planejamento de longo prazo." O Equador perdeu por 2 a 0 para a Itália e por 2 a 1 para o México. Ainda há esperança de classificação para os equatorianos, embora remota: eles precisam vencer a Croácia e o México tem de bater a Itália. A decisão do segundo lugar entre croatas, italianos e equatorianos seria então no saldo de gols. "Queria que o Equador também tivesse essa preparação de longo prazo, com técnicos para as seleções sub-15, sub-17 e sub-20, mas somos muito pobres para isso", disse Gomez.com agências internacioanis
12/06/2002 - 20h17
Técnico do Equador aponta abismo entre Europa e América do Sul
da Folha Online
O técnico do Equador, Hernan Dario Gomez, disse que os maus resultados de sua equipe, do Uruguai e da Argentina mostram que há um abismo crescente entre o futebol europeu e sul-americano. "A Europa tem um potencial muito maior que o da América do Sul, e o melhor exemplo disso é a saída da Argentina", disse Gomez a repórteres um dia antes do que deve ser seu último jogo na Copa, contra a Croácia. O Equador participa pela primeira vez de um Mundial, e perdeu os dois jogos que disputou, para a Itália e para o México. A favorita Argentina foi eliminada do torneio na quarta-feira depois de perder para a Inglaterra e só empatar com a Suécia. "A Europa tem jogadores mais fortes. Quando você olha para a Alemanha, eles têm jogadores de 20 anos e de 27 anos, numa mistura de juventude e experiência", disse o técnico, que é colombiano. "Eles não se prepararam apenas para 2002 e 2006, mas já estão prontos para 2010 e 2014. Têm um planejamento de longo prazo." O Equador perdeu por 2 a 0 para a Itália e por 2 a 1 para o México. Ainda há esperança de classificação para os equatorianos, embora remota: eles precisam vencer a Croácia e o México tem de bater a Itália. A decisão do segundo lugar entre croatas, italianos e equatorianos seria então no saldo de gols. "Queria que o Equador também tivesse essa preparação de longo prazo, com técnicos para as seleções sub-15, sub-17 e sub-20, mas somos muito pobres para isso", disse Gomez.com agências internacioanis
O QUE FOI DITO EM 2002
08/06/2002 - 06h12
EUA lançam candidatura para receber novamente a Copa em 2014
da Folha Online
Os Estados Unidos, que organizaram a Copa de 1994, decidiram lançar neste sábado a candidatura para o Mundial de 2014. O anúncio foi feito em Seul (Coréia do Sul), pelo presidente da Federação Norte-Americana de Futebol, Robert Contiguglia.A próxima Copa, em 2006, acontecerá na Alemanha. De acordo com os planos do presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, o Mundial seguinte, de 2010, seria realizado em algum país africano.Depois disso, se for mantido o rodízio de continentes, será a vez da América receber o evento. "Seguramente vamos apresentar nossa candidatura", disse Contiguglia.O Mundial de 94, nos EUA, registrou o recorde de público: mais de 3,5 milhões de espectadores foram aos estádios, com média de 68.991 pessoas em cada jogo. O recorde anterior havia sido verificado no Brasil, em 1950, com índice de 60.773 torcedores/partida.
Com agências internacionais
08/06/2002 - 06h12
EUA lançam candidatura para receber novamente a Copa em 2014
da Folha Online
Os Estados Unidos, que organizaram a Copa de 1994, decidiram lançar neste sábado a candidatura para o Mundial de 2014. O anúncio foi feito em Seul (Coréia do Sul), pelo presidente da Federação Norte-Americana de Futebol, Robert Contiguglia.A próxima Copa, em 2006, acontecerá na Alemanha. De acordo com os planos do presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, o Mundial seguinte, de 2010, seria realizado em algum país africano.Depois disso, se for mantido o rodízio de continentes, será a vez da América receber o evento. "Seguramente vamos apresentar nossa candidatura", disse Contiguglia.O Mundial de 94, nos EUA, registrou o recorde de público: mais de 3,5 milhões de espectadores foram aos estádios, com média de 68.991 pessoas em cada jogo. O recorde anterior havia sido verificado no Brasil, em 1950, com índice de 60.773 torcedores/partida.
Com agências internacionais
Canadá lança candidatura para a Copa do Mundo de 2010
O QUE FOI DITO EM 2001
16/02/2001 - 19h35
Canadá lança candidatura para a Copa do Mundo de 2010
da Folha de S.Paulo
O governo do Canadá, em meio a uma intensa disputa comercial com o Brasil, apresentou hoje oficialmente seu projeto para abrigar a Copa de 2010. Denis Coderre, ministro dos Esportes do Canadá, anunciou que Calgary, Edmonton, Halifax, Montreal, Toronto, Ottawa, Vancouver e Winnipeg são as cidades-sedes do país para o Mundial.O projeto canadense passa a ser agora uma séria ameaça à realização de uma Copa do Mundo no Brasil nos próximos 30 anos. Isso porque o Canadá, que jamais abrigou um Mundial de futebol em toda a história, concorre diretamente com o Brasil pelo direito de organizar a próxima Copa no continente americano. O Canadá é o quarto país a apresentar candidatura para a Copa de 2010. Além do Brasil, também querem receber a competição a África do Sul e o Marrocos. A Fifa, máxima entidade do futebol, já decidiu que haverá rodízio de continentes na organização dos Mundiais e defende que a África receba sua primeira Copa em 2010 _a África do Sul perdeu a disputa pela Copa de 2006. O Brasil tinha praticamente garantida sua posição de país-sede da próxima Copa na América _tentou em 2006, se candidatou para 2010 e negocia com africanos para vencer em 2014. Com o rodízio de continentes, a Copa poderia voltar à América só em 2034. O Canadá ainda não tem um futebol organizado, mas possui boa infra-estrutura para competições esportivas. Está em estudo a criação de uma liga canadense profissional de futebol ou mesmo a participação de equipes canadenses na MLS, a liga norte-americana. Desde 1999, Coderre vem lançando candidaturas canadenses para organizar grandes eventos esportivos -naquele ano, a cidade de Winnipeg foi a organizadora dos Jogos Pan-Americanos. O governo canadense já tem campanhas adiantadas para a Olimpíada em Toronto, em 2008, e para os Jogos de Olímpicos de Inverno em Vancouver, em 2010. Coderre, porém, garantiu apoio do governo para um Mundial de futebol, esporte que não tem muita popularidade no Canadá. Os canadenses teriam apoio da Concacaf para receber a Copa, assim como o Brasil conta com a Confederação Sul-Americana. Chilenos, uruguaios e argentinos já cogitaram candidatura conjunta com o Brasil, mas os líderes da campanha brasileira estariam interessados em receber a Copa solitariamente -o Brasil foi sede pela última vez em 1950. A aproximação recente entre Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e Pelé fortalece a candidatura brasileira. A Fifa, porém, tem procurado levar o torneio para novos mercados, caso do Canadá.
16/02/2001 - 19h35
Canadá lança candidatura para a Copa do Mundo de 2010
da Folha de S.Paulo
O governo do Canadá, em meio a uma intensa disputa comercial com o Brasil, apresentou hoje oficialmente seu projeto para abrigar a Copa de 2010. Denis Coderre, ministro dos Esportes do Canadá, anunciou que Calgary, Edmonton, Halifax, Montreal, Toronto, Ottawa, Vancouver e Winnipeg são as cidades-sedes do país para o Mundial.O projeto canadense passa a ser agora uma séria ameaça à realização de uma Copa do Mundo no Brasil nos próximos 30 anos. Isso porque o Canadá, que jamais abrigou um Mundial de futebol em toda a história, concorre diretamente com o Brasil pelo direito de organizar a próxima Copa no continente americano. O Canadá é o quarto país a apresentar candidatura para a Copa de 2010. Além do Brasil, também querem receber a competição a África do Sul e o Marrocos. A Fifa, máxima entidade do futebol, já decidiu que haverá rodízio de continentes na organização dos Mundiais e defende que a África receba sua primeira Copa em 2010 _a África do Sul perdeu a disputa pela Copa de 2006. O Brasil tinha praticamente garantida sua posição de país-sede da próxima Copa na América _tentou em 2006, se candidatou para 2010 e negocia com africanos para vencer em 2014. Com o rodízio de continentes, a Copa poderia voltar à América só em 2034. O Canadá ainda não tem um futebol organizado, mas possui boa infra-estrutura para competições esportivas. Está em estudo a criação de uma liga canadense profissional de futebol ou mesmo a participação de equipes canadenses na MLS, a liga norte-americana. Desde 1999, Coderre vem lançando candidaturas canadenses para organizar grandes eventos esportivos -naquele ano, a cidade de Winnipeg foi a organizadora dos Jogos Pan-Americanos. O governo canadense já tem campanhas adiantadas para a Olimpíada em Toronto, em 2008, e para os Jogos de Olímpicos de Inverno em Vancouver, em 2010. Coderre, porém, garantiu apoio do governo para um Mundial de futebol, esporte que não tem muita popularidade no Canadá. Os canadenses teriam apoio da Concacaf para receber a Copa, assim como o Brasil conta com a Confederação Sul-Americana. Chilenos, uruguaios e argentinos já cogitaram candidatura conjunta com o Brasil, mas os líderes da campanha brasileira estariam interessados em receber a Copa solitariamente -o Brasil foi sede pela última vez em 1950. A aproximação recente entre Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e Pelé fortalece a candidatura brasileira. A Fifa, porém, tem procurado levar o torneio para novos mercados, caso do Canadá.
Erramos: Bancada da bola muda de cara, e oposição cresce
06/10/2006 - 11h34
Erramos: Bancada da bola muda de cara, e oposição cresce
da Folha Online
Havia algumas incorreções no texto "Bancada da bola muda de cara, e oposição cresce" (Esporte 03/10/2006 - 10h47).
O deputado federal Deley se reelegeu pelo PSC, e não pelo PV; Rodrigo Maia foi o terceiro deputado federal mais votado no Rio, e não o segundo; o candidato a governador derrotado em Tocantins se chama Leomar Quintanilha (PC do B), e não Leonardo Quintanilha. Os erros foram corrigidos.
Erramos: Bancada da bola muda de cara, e oposição cresce
da Folha Online
Havia algumas incorreções no texto "Bancada da bola muda de cara, e oposição cresce" (Esporte 03/10/2006 - 10h47).
O deputado federal Deley se reelegeu pelo PSC, e não pelo PV; Rodrigo Maia foi o terceiro deputado federal mais votado no Rio, e não o segundo; o candidato a governador derrotado em Tocantins se chama Leomar Quintanilha (PC do B), e não Leonardo Quintanilha. Os erros foram corrigidos.
Bancada da bola muda de cara, e oposição cresce
O QUE FOI DITO EM 2006
03/10/2006 - 10h47
Bancada da bola muda de cara, e oposição cresce
RODRIGO MATTOSda Folha de S.Paulo
A Copa do Mundo-2014, que tem o Brasil como candidato, será o principal tema esportivo a ser discutido no Congresso e no Executivo. Essa é a avaliação de cartolas e de deputados inimigos da bancada da bola após a eleição de domingo.No pleito, a CBF perdeu a maioria dos parlamentares que financiou em 2002. Mas os clubes mantiveram aliados.Terão duro embate. Isso porque tiveram votações significativas os políticos inimigos dos cartolas: os deputados Sílvio Torres (PSDB-SP), Rodrigo Maia (PFL-RJ) e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).Na maioria dos casos, a posição favorável ou contrária aos cartolas do futebol teve pouca influência na eleição. Mas pesará na postura no Congresso."Terei olho clínico para essa questão da Copa do Mundo. Acho que a discussão tem que ser ampla e a organização não pode ficar concentrada na CBF", diz Sílvio Torres, que proporá criação de comissão no Congresso para fiscalizá-la.Ele é aliado do candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), que não conversou com a CBF na campanha. O segundo turno foi ruim para a CBF, que tem o presidente Lula alinhado a seu projeto. A confederação doou dinheiro ao PT.Se o presidente for reeleito, Agnelo Queiroz (PC do B-DF), que é aliado dos cartolas e perdeu eleição ao senado em Brasília, é candidato a retornar ao Ministério do Esporte.No legislativo, restaram poucos políticos financiados pela CBF em 2002. Delcídio Amaral (PT-MS) e o Leomar Quintanilha (PC do B-TO) perderam para governador; Hugo Napoleão (PFL-PI), para senador.Na Câmara, sobraram Darcísio Perondi (PMDB-RS) e José Rocha (PFL-BA), mas outros quatro deputados estão fora, como Pedro Canedo (PP-GO), relator da redação da Timemania, que favoreceu clubes.Irmão de Darcísio, o vice da CBF para Região Sul, Emídio Perondi, acha que a discussão da Copa deve chegar ao Congresso. "A economia do Brasil sustenta a Copa. É só investirem o que roubaram", conta ele, que apoia Alckmin, mostrando que cartolas se dividem nos partidos.Entre os ligados aos clubes, há membros da esquerda e da direita. Redatores de legislação esportivas, Deley (PSC-RJ) e Gilmar Machado (PT-MG) têm a simpatia dos cartolas.Já os deputados Beto Albuquerque (PSB-RS), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), José Otávio Germano (PP-RS), Marcelo Guimarães (PFL-BA) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) têm ligações com Internacional, Grêmio, Bahia e Portuguesa."São alguns deputados que têm ouvido o que os clubes dizem", diz o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff.Entre os inimigos, o deputado Rodrigo Maia, terceiro mais votado no Rio de Janeiro, prega fiscalização na Copa-2014, mas admite uso de dinheiro público."Acho que não só a Copa, como a Olimpíada de 2016, são questões centrais", analisa. "O BNDES poderá ajudar."
03/10/2006 - 10h47
Bancada da bola muda de cara, e oposição cresce
RODRIGO MATTOSda Folha de S.Paulo
A Copa do Mundo-2014, que tem o Brasil como candidato, será o principal tema esportivo a ser discutido no Congresso e no Executivo. Essa é a avaliação de cartolas e de deputados inimigos da bancada da bola após a eleição de domingo.No pleito, a CBF perdeu a maioria dos parlamentares que financiou em 2002. Mas os clubes mantiveram aliados.Terão duro embate. Isso porque tiveram votações significativas os políticos inimigos dos cartolas: os deputados Sílvio Torres (PSDB-SP), Rodrigo Maia (PFL-RJ) e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).Na maioria dos casos, a posição favorável ou contrária aos cartolas do futebol teve pouca influência na eleição. Mas pesará na postura no Congresso."Terei olho clínico para essa questão da Copa do Mundo. Acho que a discussão tem que ser ampla e a organização não pode ficar concentrada na CBF", diz Sílvio Torres, que proporá criação de comissão no Congresso para fiscalizá-la.Ele é aliado do candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), que não conversou com a CBF na campanha. O segundo turno foi ruim para a CBF, que tem o presidente Lula alinhado a seu projeto. A confederação doou dinheiro ao PT.Se o presidente for reeleito, Agnelo Queiroz (PC do B-DF), que é aliado dos cartolas e perdeu eleição ao senado em Brasília, é candidato a retornar ao Ministério do Esporte.No legislativo, restaram poucos políticos financiados pela CBF em 2002. Delcídio Amaral (PT-MS) e o Leomar Quintanilha (PC do B-TO) perderam para governador; Hugo Napoleão (PFL-PI), para senador.Na Câmara, sobraram Darcísio Perondi (PMDB-RS) e José Rocha (PFL-BA), mas outros quatro deputados estão fora, como Pedro Canedo (PP-GO), relator da redação da Timemania, que favoreceu clubes.Irmão de Darcísio, o vice da CBF para Região Sul, Emídio Perondi, acha que a discussão da Copa deve chegar ao Congresso. "A economia do Brasil sustenta a Copa. É só investirem o que roubaram", conta ele, que apoia Alckmin, mostrando que cartolas se dividem nos partidos.Entre os ligados aos clubes, há membros da esquerda e da direita. Redatores de legislação esportivas, Deley (PSC-RJ) e Gilmar Machado (PT-MG) têm a simpatia dos cartolas.Já os deputados Beto Albuquerque (PSB-RS), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), José Otávio Germano (PP-RS), Marcelo Guimarães (PFL-BA) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) têm ligações com Internacional, Grêmio, Bahia e Portuguesa."São alguns deputados que têm ouvido o que os clubes dizem", diz o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff.Entre os inimigos, o deputado Rodrigo Maia, terceiro mais votado no Rio de Janeiro, prega fiscalização na Copa-2014, mas admite uso de dinheiro público."Acho que não só a Copa, como a Olimpíada de 2016, são questões centrais", analisa. "O BNDES poderá ajudar."
Berlim anuncia interesse em organizar Jogos Olímpicos
O QUE FOI DITO EM 2006
19/07/2006 - 16h41
Berlim anuncia interesse em organizar Jogos Olímpicos
da Folha Online
Embalada pelo sucesso da Copa do Mundo, Berlim, palco da final da competição, anunciou nesta quarta-feira que pretende apresentar candidatura para realizar os Jogos Olímpicos de 2016 ou de 2020.Segundo o prefeito da cidade, Klaus Wowereit, Berlim espera receber o apoio do novo comitê olímpico do país, a Federação de Esporte Olímpico Alemã (Dosb), que é chefiada pelo vice-presidente do COI, Thomas Bach."Avisamos que queremos ser candidatos, mas apenas se o esporte alemão também desejar", disse o prefeito à emissora local "Radioeins". Na entrevista, Wowereit ainda criticou uma de suas possíveis rivais, Hamburgo, que também estaria interessada na competição."Com que cidade a Alemanha tem mais opções de organizar a Olimpíada? Eu digo que apenas com uma metrópole teremos chance. E Berlim é a única cidade que pode organizar os Jogos em um futuro próximo."A Alemanha já foi sede de duas edições da competição: em 1936, na própria Berlim, e em 1972, em Munique. Leipzig, cidade que pertence à porção oriental do país, chegou a se candidatar para os Jogos de 2012, mas perdeu a eleição para Londres.Com agências internacionais
19/07/2006 - 16h41
Berlim anuncia interesse em organizar Jogos Olímpicos
da Folha Online
Embalada pelo sucesso da Copa do Mundo, Berlim, palco da final da competição, anunciou nesta quarta-feira que pretende apresentar candidatura para realizar os Jogos Olímpicos de 2016 ou de 2020.Segundo o prefeito da cidade, Klaus Wowereit, Berlim espera receber o apoio do novo comitê olímpico do país, a Federação de Esporte Olímpico Alemã (Dosb), que é chefiada pelo vice-presidente do COI, Thomas Bach."Avisamos que queremos ser candidatos, mas apenas se o esporte alemão também desejar", disse o prefeito à emissora local "Radioeins". Na entrevista, Wowereit ainda criticou uma de suas possíveis rivais, Hamburgo, que também estaria interessada na competição."Com que cidade a Alemanha tem mais opções de organizar a Olimpíada? Eu digo que apenas com uma metrópole teremos chance. E Berlim é a única cidade que pode organizar os Jogos em um futuro próximo."A Alemanha já foi sede de duas edições da competição: em 1936, na própria Berlim, e em 1972, em Munique. Leipzig, cidade que pertence à porção oriental do país, chegou a se candidatar para os Jogos de 2012, mas perdeu a eleição para Londres.Com agências internacionais
Governo fechou torneira para Pan-07, diz ministro
O QUE FOI DITO EM 2006
04/07/2006 - 10h17
Governo fechou torneira para Pan-07, diz ministro
EDUARDO OHATA, enviado especial a Brasíliada Folha de S.Paulo
O governo federal não irá liberar a partir de agora nem mais um centavo para pagar compromissos assumidos por outros no que se refere aos Jogos Pan-Americanos de 2007. Essa foi a "decisão de governo, não só da pasta" confirmada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., em entrevista à Folha, na qual discutiu o aumento do investimento federal de R$ 130 milhões para R$ 1,3 bilhão e Olimpíada e Copa. FOLHA - O senhor já disse que para este ano a participação do governo federal no Pan chegou ao limite, em referência a um pedido de verba da Prefeitura do Rio. E para 2007? ORLANDO SILVA JR. - Já chegamos ao limite da nossa participação no Pan. Somando todos os investimentos, de todos os órgãos, hoje o governo federal já é sócio majoritário do empreendimento dos Jogos Pan-Americanos. Isso nos dá satisfação, já que são Jogos do Brasil. Agora o que é inaceitável são os compromissos que foram firmados por cada um dos entes não serem cumpridos por eles. Estamos na reta final da realização do Pan, e não há margem de manobra. Agora cada um tem que cumprir sua tarefa. FOLHA - Como é que novos pedidos de verba serão tratados? SILVA JR. - Tivemos uma conversa de governo sobre esse assunto porque houve sondagens informais acerca de ampliar a responsabilidade federal. E foi uma avaliação de governo, não só uma opinião do Ministério do Esporte, a de que não devemos mais arcar com o ônus de assumir tarefas que não são nossas. Se for para colaborar para preparar a delegação, temos interesse em ajudar, mas não assumir tarefa dos outros. FOLHA - O governo federal vem divulgando mais o montante que investe no Pan, o que não vinha fazendo. O que mudou? SILVA JR. - É que percebemos que havia uma apropriação indevida do evento que omitia a participação do governo federal. É correto que a sociedade da cidade do Rio, do Estado, do país saibam da relevância que o governo federal dá ao Pan. Importância que era negada por vezes por alguns parceiros. O que não é correto é fazer cortesia com o chapéu alheio. É preciso que a sociedade saiba a responsabilidade que cada setor assumiu. É inaceitável a cortesia com o chapéu alheio. FOLHA - O senhor teme que esse comportamento possa comprometer futuras candidaturas à Copa ou aos Jogos Olímpicos? SILVA JR. - Não. A Copa vai ter várias sedes. A CBF já toma providências para identificar cidades que possam receber seus jogos. Já uma nova candidatura à Olimpíada exigiria protagonismo maior do governo federal desde a apresentação da candidatura, o que nos permitirá fazer estudos mais consistentes [do que os feitos para a candidatura do Rio a 2012] e produzir um dossiê para que possamos disputar com mais força a candidatura. Imagino que uma postulação do país a 2016 tenha presença decisiva do governo federal. FOLHA - Por que é necessário tanto dinheiro público para o Pan? Ele não se sustenta sozinho? SILVA JR. - Nenhum evento esportivo desse porte é viável apenas com investimento privado, porque ele não acontece apenas nas arenas, nas piscinas, nos ginásios e nos estádios. Um evento que trará milhares e milhares de participantes de todas as Américas, exige investimento em infra-estrutura, transporte, segurança, promoção do país no exterior. FOLHA - O limite de entrega das instalações esportivas foi esticado para até junho de 2007... SILVA JR. - Tenho a impressão de que todas as instalações serão entregues antes de junho, inclusive para permitir eventos-teste para verificar as reais condições desses equipamentos. Seria temerário se o contrário ocorresse. FOLHA - O Pan brasileiro será melhor do que o de Santo Domingo? SILVA JR. - Tenho certeza.
04/07/2006 - 10h17
Governo fechou torneira para Pan-07, diz ministro
EDUARDO OHATA, enviado especial a Brasíliada Folha de S.Paulo
O governo federal não irá liberar a partir de agora nem mais um centavo para pagar compromissos assumidos por outros no que se refere aos Jogos Pan-Americanos de 2007. Essa foi a "decisão de governo, não só da pasta" confirmada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., em entrevista à Folha, na qual discutiu o aumento do investimento federal de R$ 130 milhões para R$ 1,3 bilhão e Olimpíada e Copa. FOLHA - O senhor já disse que para este ano a participação do governo federal no Pan chegou ao limite, em referência a um pedido de verba da Prefeitura do Rio. E para 2007? ORLANDO SILVA JR. - Já chegamos ao limite da nossa participação no Pan. Somando todos os investimentos, de todos os órgãos, hoje o governo federal já é sócio majoritário do empreendimento dos Jogos Pan-Americanos. Isso nos dá satisfação, já que são Jogos do Brasil. Agora o que é inaceitável são os compromissos que foram firmados por cada um dos entes não serem cumpridos por eles. Estamos na reta final da realização do Pan, e não há margem de manobra. Agora cada um tem que cumprir sua tarefa. FOLHA - Como é que novos pedidos de verba serão tratados? SILVA JR. - Tivemos uma conversa de governo sobre esse assunto porque houve sondagens informais acerca de ampliar a responsabilidade federal. E foi uma avaliação de governo, não só uma opinião do Ministério do Esporte, a de que não devemos mais arcar com o ônus de assumir tarefas que não são nossas. Se for para colaborar para preparar a delegação, temos interesse em ajudar, mas não assumir tarefa dos outros. FOLHA - O governo federal vem divulgando mais o montante que investe no Pan, o que não vinha fazendo. O que mudou? SILVA JR. - É que percebemos que havia uma apropriação indevida do evento que omitia a participação do governo federal. É correto que a sociedade da cidade do Rio, do Estado, do país saibam da relevância que o governo federal dá ao Pan. Importância que era negada por vezes por alguns parceiros. O que não é correto é fazer cortesia com o chapéu alheio. É preciso que a sociedade saiba a responsabilidade que cada setor assumiu. É inaceitável a cortesia com o chapéu alheio. FOLHA - O senhor teme que esse comportamento possa comprometer futuras candidaturas à Copa ou aos Jogos Olímpicos? SILVA JR. - Não. A Copa vai ter várias sedes. A CBF já toma providências para identificar cidades que possam receber seus jogos. Já uma nova candidatura à Olimpíada exigiria protagonismo maior do governo federal desde a apresentação da candidatura, o que nos permitirá fazer estudos mais consistentes [do que os feitos para a candidatura do Rio a 2012] e produzir um dossiê para que possamos disputar com mais força a candidatura. Imagino que uma postulação do país a 2016 tenha presença decisiva do governo federal. FOLHA - Por que é necessário tanto dinheiro público para o Pan? Ele não se sustenta sozinho? SILVA JR. - Nenhum evento esportivo desse porte é viável apenas com investimento privado, porque ele não acontece apenas nas arenas, nas piscinas, nos ginásios e nos estádios. Um evento que trará milhares e milhares de participantes de todas as Américas, exige investimento em infra-estrutura, transporte, segurança, promoção do país no exterior. FOLHA - O limite de entrega das instalações esportivas foi esticado para até junho de 2007... SILVA JR. - Tenho a impressão de que todas as instalações serão entregues antes de junho, inclusive para permitir eventos-teste para verificar as reais condições desses equipamentos. Seria temerário se o contrário ocorresse. FOLHA - O Pan brasileiro será melhor do que o de Santo Domingo? SILVA JR. - Tenho certeza.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
O Cesar e a imagem do Rio
Edição 428 - por Redação CartaCapital
O Cesar e a imagem do Rio
O prefeito do Rio nomeia Naomi Campbell embaixatriz da cidade. E veta artigos de lei que ampliaria a fiscalização do Tribunal de Contas
Porta-voz adequada
Os factóides que o prefeito Cesar Maia disparou nos últimos dias não criaram a espessa neblina que pretendia, para ocultar a decisão de vetar artigos da Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Município. Reduziam a autonomia dele perante a administração do Rio de Janeiro. E Maia não quer freios.
Rebelou-se, por exemplo, contra a autonomia do TCM para julgar as contas do prefeito e dos secretários, como ocorre em tantas outras capitais do País. Outro veto, tão significativo quanto este, recaiu sobre o item que estabelecia análise prévia de editais de licitação e compras sem concorrência. Enfim, nada de fiscalização sobre o destino do dinheiro público. Cesar sabe o que faz.
Sem fiscalização Maia não teria de explicar o modo como emprestaria o dinheiro que ofereceu à tucana Yeda Crusius. Ela assumiu o governo do Rio Grande do Sul e anunciou que o estado estava mergulhado em profundas dificuldades financeiras. Yeda entendeu a brincadeira de Maia e ironizou: “Sugeri que ele pegasse um jatinho e viesse trazer o dinheiro”.
Posteriormente, o prefeito carioca posou ao lado da modelo britânica Naomi Campbell e ofereceu a ela a função honorífica de embaixadora oficial da cidade em todo o mundo. Para o burgomestre ela é “a verdadeira imagem do Rio”. Levada ao pé da letra a definição, seria preciso admitir que Naomi anda suja e malcuidada ou teria buscado a aproximação da modelo com a cidade na vertente da violência?
Na segunda-feira 15, Naomi foi condenada por um juiz de Nova York por agressão. A modelo atirou um celular contra Ana Scovalino, uma chilena que lhe prestava serviços domésticos. A cabeça da moça sofreu quatro pontos cirúrgicos. É preciso ressalvar que Naomi reagiu ao que deve ter considerado uma grave falha da empregada. Ana teria demorado a encontrar um par de calças que a modelo havia pedido.
Enfim, uma embaixadora violentíssima para uma cidade violenta.
O Cesar e a imagem do Rio
O prefeito do Rio nomeia Naomi Campbell embaixatriz da cidade. E veta artigos de lei que ampliaria a fiscalização do Tribunal de Contas
Porta-voz adequada
Os factóides que o prefeito Cesar Maia disparou nos últimos dias não criaram a espessa neblina que pretendia, para ocultar a decisão de vetar artigos da Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Município. Reduziam a autonomia dele perante a administração do Rio de Janeiro. E Maia não quer freios.
Rebelou-se, por exemplo, contra a autonomia do TCM para julgar as contas do prefeito e dos secretários, como ocorre em tantas outras capitais do País. Outro veto, tão significativo quanto este, recaiu sobre o item que estabelecia análise prévia de editais de licitação e compras sem concorrência. Enfim, nada de fiscalização sobre o destino do dinheiro público. Cesar sabe o que faz.
Sem fiscalização Maia não teria de explicar o modo como emprestaria o dinheiro que ofereceu à tucana Yeda Crusius. Ela assumiu o governo do Rio Grande do Sul e anunciou que o estado estava mergulhado em profundas dificuldades financeiras. Yeda entendeu a brincadeira de Maia e ironizou: “Sugeri que ele pegasse um jatinho e viesse trazer o dinheiro”.
Posteriormente, o prefeito carioca posou ao lado da modelo britânica Naomi Campbell e ofereceu a ela a função honorífica de embaixadora oficial da cidade em todo o mundo. Para o burgomestre ela é “a verdadeira imagem do Rio”. Levada ao pé da letra a definição, seria preciso admitir que Naomi anda suja e malcuidada ou teria buscado a aproximação da modelo com a cidade na vertente da violência?
Na segunda-feira 15, Naomi foi condenada por um juiz de Nova York por agressão. A modelo atirou um celular contra Ana Scovalino, uma chilena que lhe prestava serviços domésticos. A cabeça da moça sofreu quatro pontos cirúrgicos. É preciso ressalvar que Naomi reagiu ao que deve ter considerado uma grave falha da empregada. Ana teria demorado a encontrar um par de calças que a modelo havia pedido.
Enfim, uma embaixadora violentíssima para uma cidade violenta.
É um absurdo o governo federal criar a Timemania, que oferece recursos para os clubes abaterem suas dívidas, sem exigir contrapartida social alguma ne
CHANCE PERDIDA
por Sócrates
É um absurdo o governo federal criar a Timemania, que oferece recursos para os clubes abaterem suas dívidas, sem exigir contrapartida social alguma nem a profissionalização da gestão esportiva
Há duas semanas, o ministro José Dirceu procurou por mim, Soninha e Juca Kfouri dizendo que queria conversar. Ele e o presidente queriam saber qual a nossa opinião sobre o texto que estava sendo discutido para tornar-se a medida provisória (MP) para a Timemania uma espécie de loteria esportiva para ajudar os clubes de futebol a sanar suas dívidas. O encontro aconteceu na segunda-feira 2, no escritório do Banco do Brasil da avenida Paulista, que é o escritório da Presidência quando Lula está na cidade. No início da reunião, estava só o Zé Dirceu. Conversamos durante cerca de uma hora. Falamos de políticas de Estado, da necessidade de uma ação governamental mais agressiva em relação ao esporte enquanto educação. Ele nos ouviu. Nos posicionamos e dissemos que, na verdade, o texto prévio dessa MP continha aspectos contrários à primeira lei que Lula assinou a respeito, que é a lei de moralização do esporte.E apresentamos a posição que defendemos há anos: de que seria um absurdo essa MP criar a Timemania oferecendo recursos possíveis para os clubes abaterem suas dívidas com a Receita, com a Previdência etc., sem nenhuma contrapartida social. No texto prévio estava explícito que não há essa exigência. Também defendemos que outra contrapartida deveria ser a profissionalização, a criação de uma estrutura mais qualificada de gestão nos próprios clubes, tanto do futebol como desses recursos.Também dissemos que havia o risco de os clubes utilizarem essa loteria para adquirir certidões negativas de débito pagando apenas um valor simbólico (cerca R$ 5 mil, se não estou enganado) para cada credor durante seis ou oito meses portanto, antes de a Timemania começar a funcionar efetivamente. E os principais credores são o INSS, o FGTS e a Receita. Isso é outro absurdo, pois é dinheiro público, é dinheiro nosso. Ficando dessa forma, existe a possibilidade de eles pegarem essa certidão e simplesmente não entrarem na Timemania. É um risco.Depois disso, o Zé Dirceu foi até o presidente e voltou dizendo que o Lula queria conversar conosco. Ele estava de saída para um compromisso fora, mas tinha uns cinco, dez minutos. Fomos até ele. O Lula estava preocupado. É claro que ele está preocupado. Ele quer fazer uma coisa direito. Ele quer, de alguma forma, criar condições para que os clubes resolvam seus problemas financeiros, essa é a vontade da Presidência. Até porque o que lançaram foi uma medida provisória. Se eles apresentassem um projeto de lei, aí sim o texto iria para o Congresso e seria discutido pela sociedade. Medida provisória é diferente: o governo apresenta e o Congresso só vota sim ou não. É difícil entender por que fomos chamados. Por que eles nos convocam dois dias antes do lançamento de algo que já está programado?Esperávamos que pelo menos a discussão provocasse um adiamento da MP. Ou, então, que fizesse com que ela se tornasse um projeto de lei. Defendemos a tese de que os clubes têm de ser ajudados, mas que tem de haver a contrapartida. Colocamos a nossa posição, mas sabemos que há uma série de questões além das que levantamos. Questões políticas. Na quarta-feira 4, o presidente Lula de fato assinou a MP nº 249, que cria a Timemania. No texto final, não há menção à contrapartida social nem à exigência de profissionalização dos clubes no que tange ao futebol e à gestão dos recursos dessa loteria. O texto também não altera a possibilidade de os clubes conseguirem a certidão negativa de débito, que os tornaria adimplentes, mesmo antes de quitarem totalmente suas dívidas.Desse jeito, acredito que não vai acontecer nada. Não vai entrar tanto dinheiro quanto estão prevendo e os clubes não vão pagar suas dívidas. Talvez paguem um ou dois meses, depois não pagam mais. Vai ficar por isso mesmo.Essa seria uma grande chance para o governo exigir contrapartida social dos clubes, mas ele não exigiu isso. Trata-se de um jogo de pressões e eles não tiveram coragem de fazer o que seria melhor para a sociedade. Só atenderam aos interesses de quem está no futebol desde sempre, fazendo as mesmas besteiras.É frustrante ver que o governo que a gente esperava que fosse transformar o nosso esporte não fez nada até agora.
por Sócrates
É um absurdo o governo federal criar a Timemania, que oferece recursos para os clubes abaterem suas dívidas, sem exigir contrapartida social alguma nem a profissionalização da gestão esportiva
Há duas semanas, o ministro José Dirceu procurou por mim, Soninha e Juca Kfouri dizendo que queria conversar. Ele e o presidente queriam saber qual a nossa opinião sobre o texto que estava sendo discutido para tornar-se a medida provisória (MP) para a Timemania uma espécie de loteria esportiva para ajudar os clubes de futebol a sanar suas dívidas. O encontro aconteceu na segunda-feira 2, no escritório do Banco do Brasil da avenida Paulista, que é o escritório da Presidência quando Lula está na cidade. No início da reunião, estava só o Zé Dirceu. Conversamos durante cerca de uma hora. Falamos de políticas de Estado, da necessidade de uma ação governamental mais agressiva em relação ao esporte enquanto educação. Ele nos ouviu. Nos posicionamos e dissemos que, na verdade, o texto prévio dessa MP continha aspectos contrários à primeira lei que Lula assinou a respeito, que é a lei de moralização do esporte.E apresentamos a posição que defendemos há anos: de que seria um absurdo essa MP criar a Timemania oferecendo recursos possíveis para os clubes abaterem suas dívidas com a Receita, com a Previdência etc., sem nenhuma contrapartida social. No texto prévio estava explícito que não há essa exigência. Também defendemos que outra contrapartida deveria ser a profissionalização, a criação de uma estrutura mais qualificada de gestão nos próprios clubes, tanto do futebol como desses recursos.Também dissemos que havia o risco de os clubes utilizarem essa loteria para adquirir certidões negativas de débito pagando apenas um valor simbólico (cerca R$ 5 mil, se não estou enganado) para cada credor durante seis ou oito meses portanto, antes de a Timemania começar a funcionar efetivamente. E os principais credores são o INSS, o FGTS e a Receita. Isso é outro absurdo, pois é dinheiro público, é dinheiro nosso. Ficando dessa forma, existe a possibilidade de eles pegarem essa certidão e simplesmente não entrarem na Timemania. É um risco.Depois disso, o Zé Dirceu foi até o presidente e voltou dizendo que o Lula queria conversar conosco. Ele estava de saída para um compromisso fora, mas tinha uns cinco, dez minutos. Fomos até ele. O Lula estava preocupado. É claro que ele está preocupado. Ele quer fazer uma coisa direito. Ele quer, de alguma forma, criar condições para que os clubes resolvam seus problemas financeiros, essa é a vontade da Presidência. Até porque o que lançaram foi uma medida provisória. Se eles apresentassem um projeto de lei, aí sim o texto iria para o Congresso e seria discutido pela sociedade. Medida provisória é diferente: o governo apresenta e o Congresso só vota sim ou não. É difícil entender por que fomos chamados. Por que eles nos convocam dois dias antes do lançamento de algo que já está programado?Esperávamos que pelo menos a discussão provocasse um adiamento da MP. Ou, então, que fizesse com que ela se tornasse um projeto de lei. Defendemos a tese de que os clubes têm de ser ajudados, mas que tem de haver a contrapartida. Colocamos a nossa posição, mas sabemos que há uma série de questões além das que levantamos. Questões políticas. Na quarta-feira 4, o presidente Lula de fato assinou a MP nº 249, que cria a Timemania. No texto final, não há menção à contrapartida social nem à exigência de profissionalização dos clubes no que tange ao futebol e à gestão dos recursos dessa loteria. O texto também não altera a possibilidade de os clubes conseguirem a certidão negativa de débito, que os tornaria adimplentes, mesmo antes de quitarem totalmente suas dívidas.Desse jeito, acredito que não vai acontecer nada. Não vai entrar tanto dinheiro quanto estão prevendo e os clubes não vão pagar suas dívidas. Talvez paguem um ou dois meses, depois não pagam mais. Vai ficar por isso mesmo.Essa seria uma grande chance para o governo exigir contrapartida social dos clubes, mas ele não exigiu isso. Trata-se de um jogo de pressões e eles não tiveram coragem de fazer o que seria melhor para a sociedade. Só atenderam aos interesses de quem está no futebol desde sempre, fazendo as mesmas besteiras.É frustrante ver que o governo que a gente esperava que fosse transformar o nosso esporte não fez nada até agora.
Com as reformas do Maracanã e as obras do Pan, corremos o risco de ver novas edificações monumentais, feitas com dinheiro público, subaproveitadas
O PAÍS DOS ESTÁDIOS
por Sócrates
Com as reformas do Maracanã e as obras do Pan, corremos o risco de ver novas edificações monumentais, feitas com dinheiro público, subaproveitadas
O Maracanã está de portas fechadas para reformas. O maior estádio do mundo como é chamado desde a construção , por culpa da sua idade avançada, estava realmente precisando de reparos para se adaptar aos novos tempos. Se bem que de nada adiantará o monte de dinheiro que lá está sendo investido se não houver preocupação com as necessidades exigidas pelo atual público consumidor.Não me refiro à elitização das dependências do estádio, não. Penso apenas no mínimo indispensável para receber bem a quem o procura quando de seus eventos futebolísticos mesmo que sejam pessoas simples e sem muitos recursos financeiros. É que a verdadeira orgia de informações que hoje cada um de nós recebe provocou uma mudança de hábitos que deve ser respeitada por quem promove qualquer tipo de espetáculo dirigido ao público.Se não se der a devida atenção a alguns parâmetros fundamentais, não se conseguirá a adesão do consumidor. Sem isso, o prejuízo sem dúvida virá.Por aqui, em geral, raramente percebemos qualquer preocupação com a viabilidade do investimento quando se realiza uma obra pública. Poucos se dão ao luxo de avaliar o futuro da empreitada e o que importa quase que exclusivamente é encontrar fórmulas para a execução do projeto, mesmo que esse, no futuro, fique parecendo um gigante adormecido. E que se dane o capital enterrado ali.O Maracanã é quase que exclusivamente utilizado para jogos de futebol, ainda que se venda a idéia de que teremos uma arena para diversos eventos. Como o futebol brasileiro de há muito se afastou de seu público, o uso dessas praças esportivas tornou-se, na maioria das vezes, economicamente inviável. Como conseqüência, os clubes estão à procura de locais mais acessíveis e menos custosos para promover seus espetáculos.Imagina-se então que estádios como o Maracanã poderão, em pouco tempo, ficar às traças durante boa parte da temporada. Ou não? O pior é que analisando as perspectivas atuais é isso o que realmente deve acontecer. Pois não é que dentro do maluco planejamento para o Pan-Americano de 2007 há a previsão da construção de outro estádio!Aliás, os novos custos apresentados ao governo federal são absurdos, mas terão de sair de algum lugar (talvez se crie uma nova loteria: a PANmania). Isso porque, a esta altura do campeonato, é impossível voltar atrás e, por conta disso, nossos dirigentes esportivos devem estar morrendo de rir. Parece até que estamos nos preparando para realizar uma Olimpíada e não apenas uma competição do nosso continente.É mania de grandeza, ou seria gula? No fim, querendo construir mais do que é preciso, acabaremos fazendo pior que a República Dominicana, que quase não terminou a tempo as obras para o último Pan. Bem, mas isso é algo para constatarmos mais para a frente. O que é difícil saber é quem vai utilizar essa coleção de estádios depois do Pan-Americano, já que alguns dos maiores clubes cariocas acabaram de reformar o estádio da Ilha do Governador e, possivelmente, devem continuar mandando seus jogos por lá. É muito espaço para pouco público.Foi mais ou menos o que aconteceu em Paris só que lá se disputava uma Copa do Mundo de Futebol com o estádio da França, que, após o mundial de 1998, vem sendo utilizado para tudo menos futebol. O PSG, time da capital parisiense, continua mandando seus jogos no antigo estádio Parque dos Príncipes.Aqui será igual e nem mesmo deveremos usar as instalações para os outros esportes como lá, porque, por essas plagas, o único a que se dá valor é o futebol. Teremos então uma situação vexatória semelhante a tantas outras que vemos por aí: prédios monumentais erguidos com dinheiro público, plantados em áreas de extrema pobreza e com utilização desproporcional ao investimento ali feito. A cara do Brasil, não é? E depois querem que a gente entenda essas ações que já nascem contaminadas pela falta de lógica, para dizer o mínimo. E não deve parar por aí. Como dizem que a Copa do Mundo de 2014 se realizará no Brasil, não se espantem se daqui a pouco os nossos dirigentes de futebol estiverem batendo na porta dos gabinetes de Brasília para levantar recursos para mais um estádio no Rio de Janeiro. Afinal, pensam eles, a liberação de verbas deve ser democrática o suficiente para contentar os interesses de todos os que mandam no esporte do nosso país. Seremos então conhecidos não mais como o país do futebol e sim como o país dos estádios de futebol.
por Sócrates
Com as reformas do Maracanã e as obras do Pan, corremos o risco de ver novas edificações monumentais, feitas com dinheiro público, subaproveitadas
O Maracanã está de portas fechadas para reformas. O maior estádio do mundo como é chamado desde a construção , por culpa da sua idade avançada, estava realmente precisando de reparos para se adaptar aos novos tempos. Se bem que de nada adiantará o monte de dinheiro que lá está sendo investido se não houver preocupação com as necessidades exigidas pelo atual público consumidor.Não me refiro à elitização das dependências do estádio, não. Penso apenas no mínimo indispensável para receber bem a quem o procura quando de seus eventos futebolísticos mesmo que sejam pessoas simples e sem muitos recursos financeiros. É que a verdadeira orgia de informações que hoje cada um de nós recebe provocou uma mudança de hábitos que deve ser respeitada por quem promove qualquer tipo de espetáculo dirigido ao público.Se não se der a devida atenção a alguns parâmetros fundamentais, não se conseguirá a adesão do consumidor. Sem isso, o prejuízo sem dúvida virá.Por aqui, em geral, raramente percebemos qualquer preocupação com a viabilidade do investimento quando se realiza uma obra pública. Poucos se dão ao luxo de avaliar o futuro da empreitada e o que importa quase que exclusivamente é encontrar fórmulas para a execução do projeto, mesmo que esse, no futuro, fique parecendo um gigante adormecido. E que se dane o capital enterrado ali.O Maracanã é quase que exclusivamente utilizado para jogos de futebol, ainda que se venda a idéia de que teremos uma arena para diversos eventos. Como o futebol brasileiro de há muito se afastou de seu público, o uso dessas praças esportivas tornou-se, na maioria das vezes, economicamente inviável. Como conseqüência, os clubes estão à procura de locais mais acessíveis e menos custosos para promover seus espetáculos.Imagina-se então que estádios como o Maracanã poderão, em pouco tempo, ficar às traças durante boa parte da temporada. Ou não? O pior é que analisando as perspectivas atuais é isso o que realmente deve acontecer. Pois não é que dentro do maluco planejamento para o Pan-Americano de 2007 há a previsão da construção de outro estádio!Aliás, os novos custos apresentados ao governo federal são absurdos, mas terão de sair de algum lugar (talvez se crie uma nova loteria: a PANmania). Isso porque, a esta altura do campeonato, é impossível voltar atrás e, por conta disso, nossos dirigentes esportivos devem estar morrendo de rir. Parece até que estamos nos preparando para realizar uma Olimpíada e não apenas uma competição do nosso continente.É mania de grandeza, ou seria gula? No fim, querendo construir mais do que é preciso, acabaremos fazendo pior que a República Dominicana, que quase não terminou a tempo as obras para o último Pan. Bem, mas isso é algo para constatarmos mais para a frente. O que é difícil saber é quem vai utilizar essa coleção de estádios depois do Pan-Americano, já que alguns dos maiores clubes cariocas acabaram de reformar o estádio da Ilha do Governador e, possivelmente, devem continuar mandando seus jogos por lá. É muito espaço para pouco público.Foi mais ou menos o que aconteceu em Paris só que lá se disputava uma Copa do Mundo de Futebol com o estádio da França, que, após o mundial de 1998, vem sendo utilizado para tudo menos futebol. O PSG, time da capital parisiense, continua mandando seus jogos no antigo estádio Parque dos Príncipes.Aqui será igual e nem mesmo deveremos usar as instalações para os outros esportes como lá, porque, por essas plagas, o único a que se dá valor é o futebol. Teremos então uma situação vexatória semelhante a tantas outras que vemos por aí: prédios monumentais erguidos com dinheiro público, plantados em áreas de extrema pobreza e com utilização desproporcional ao investimento ali feito. A cara do Brasil, não é? E depois querem que a gente entenda essas ações que já nascem contaminadas pela falta de lógica, para dizer o mínimo. E não deve parar por aí. Como dizem que a Copa do Mundo de 2014 se realizará no Brasil, não se espantem se daqui a pouco os nossos dirigentes de futebol estiverem batendo na porta dos gabinetes de Brasília para levantar recursos para mais um estádio no Rio de Janeiro. Afinal, pensam eles, a liberação de verbas deve ser democrática o suficiente para contentar os interesses de todos os que mandam no esporte do nosso país. Seremos então conhecidos não mais como o país do futebol e sim como o país dos estádios de futebol.
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A proposta de criação de uma loteria para contornar o problema financeiro que assola os clubes é criativa. Contudo (...), refinanciamento sem contrapa
CARTA AO PALOCCI
por Sócrates
A proposta de criação de uma loteria para contornar o problema financeiro que assola os clubes é criativa. Contudo (...), refinanciamento sem contrapartida é um prêmio aos irresponsáveis
Sócrates
Todos nós que lutamos pela moralização do esporte brasileiro estamos preocupados com o teor de medida provisória que deverá oferecer aos clubes nacionais a possibilidade de contornar a grave crise financeira em que se encontram fruto de administrações perniciosas e muitas vezes criminosas. Por isso o instituto Gol Brasil, do qual faço parte, encaminhou ao ministro Antônio Palocci uma carta de sugestões assinada por sua diretoria e conselheiros que contém aquilo que acredito seja o mínimo a ser considerado pelo texto da medida provisória. Por isso, transcrevo-a na íntegra neste espaço: Exmo. Sr. Ministro de Estado da Fazenda Antônio Palocci FilhoSegundo anunciado pelo Ministério do Esporte e reiteradamente noticiado nos principais veículos de comunicação do País, o Governo Federal está na iminência de, por meio de medida provisória, instituir novo programa de recuperação fiscal dos clubes de futebol profissional (Timemania). Na qualidade de representantes do Instituto Gol Brasil, encaminhamos a Vossa Excelência a presente mensagem com a finalidade de submeter-lhe as seguintes considerações:1. No dia 15 de maio de 2003, o presidente da República sancionou a Lei n° 10.672, conhecida como Lei de Moralização do Esporte. Seu cerne reside (a) na imposição de regime de transparência das entidades de desporto profissional, mediante a publicação anual de suas demonstrações financeiras, e, sobretudo, (b) na instituição de sistemática legal voltada a induzir e estimular tais entidades a adotar forma empresarial, a exemplo dos países mais avançados em relação à organização do desporto profissional. 2. Em solenidade ocorrida naquele dia, asseverou o presidente da República que o Estatuto de Defesa do Torcedor juntamente com esta Lei podem começar um processo de moralização, com o qual muitos que estão presentes aqui sonharam a vida inteira. E, ao final, arrematou: Agora, é importante ter em conta que no Brasil há lei que pega e lei que não pega. Para ela pegar, é preciso que as pessoas responsáveis deste país comecem a falar e a alertar, sempre que possível, sobre essa lei.3. A pesquisa Ibope/Lance! realizada no mês de outubro de 2004 revelou que a população brasileira, em sua maioria, vê significativo avanço na organização do futebol brasileiro e na moralização de sua gestão. Trata-se, evidentemente, de efeito decorrente da assimilação da nova legislação pela sociedade.4. A proposta de criação de uma loteria (Timemania) para contornar o grave problema financeiro que assola os clubes brasileiros mostra-se criativa e inteligente. Contudo, é essencial condicionar a adesão ao programa de recuperação fiscal à transformação de seus departamentos profissionais em empresas. Repassar recursos para uma estrutura administrativa que já se mostrou falida configura verdadeiro desperdício e desrespeito às finanças públicas. Novas dívidas não tardarão a surgir, sobretudo em face da irresponsabilidade inerente ao modelo administrativo mantido pelos clubes. Refinanciamento sem contrapartida administrativa é um prêmio aos irresponsáveis. 5. O modelo administrativo dessas entidades revela forte tendência ao acúmulo de dívidas e à irresponsabilidade de seus dirigentes. Assumem o risco de desempenhar típica atividade empresarial sob o formato de associações civis sem fins lucrativos. Não é sem razão que o art. 27, § 11, da Lei nº 9.615/98 (segundo a redação da Lei nº 10.672/2003) qualifica tais entidades como sociedades em comum. Irregulares, portanto. 6. Não exigir modificações na gestão dessas entidades resultará meramente em eximir os maus administradores de suas responsabilidades em face das dívidas contraídas. A manutenção do velho modelo de administração e dos dirigentes que o sustentam se encarregará, em pouco tempo, de gerar novos débitos e excluir clubes importantes do programa (Timemania), retornando à caótica situação de hoje.7. Em face do exposto, propomos, a título de colaboração, que a adesão ao programa de refinanciamento (Timemania) esteja condicionada (a) à transformação dos departamentos profissionais dos clubes de futebol em empresa e (b) a que os dirigentes à frente de tais entidades não sejam os que respondiam por sua administração à época do endividamento.Pensamos que, com essas medidas, estar-se-á conferindo garantias importantes ao adequado uso do dinheiro público e, ao mesmo tempo, introduzindo medidas de incentivo à modernização do futebol brasileiro. www.socrates.esp.com
SócratesTodos nós que lutamos pela moralização do esporte brasileiro estamos preocupados com o teor de medida provisória que deverá oferecer aos clubes nacionais a possibilidade de contornar a grave crise financeira em que se encontram fruto de administrações perniciosas e muitas vezes criminosas. Por isso o instituto Gol Brasil, do qual faço parte, encaminhou ao ministro Antônio Palocci uma carta de sugestões assinada por sua diretoria e conselheiros que contém aquilo que acredito seja o mínimo a ser considerado pelo texto da medida provisória. Por isso, transcrevo-a na íntegra neste espaço: Exmo. Sr. Ministro de Estado da Fazenda Antônio Palocci FilhoSegundo anunciado pelo Ministério do Esporte e reiteradamente noticiado nos principais veículos de comunicação do País, o Governo Federal está na iminência de, por meio de medida provisória, instituir novo programa de recuperação fiscal dos clubes de futebol profissional (Timemania). Na qualidade de representantes do Instituto Gol Brasil, encaminhamos a Vossa Excelência a presente mensagem com a finalidade de submeter-lhe as seguintes considerações:1. No dia 15 de maio de 2003, o presidente da República sancionou a Lei n° 10.672, conhecida como Lei de Moralização do Esporte. Seu cerne reside (a) na imposição de regime de transparência das entidades de desporto profissional, mediante a publicação anual de suas demonstrações financeiras, e, sobretudo, (b) na instituição de sistemática legal voltada a induzir e estimular tais entidades a adotar forma empresarial, a exemplo dos países mais avançados em relação à organização do desporto profissional. 2. Em solenidade ocorrida naquele dia, asseverou o presidente da República que o Estatuto de Defesa do Torcedor juntamente com esta Lei podem começar um processo de moralização, com o qual muitos que estão presentes aqui sonharam a vida inteira. E, ao final, arrematou: Agora, é importante ter em conta que no Brasil há lei que pega e lei que não pega. Para ela pegar, é preciso que as pessoas responsáveis deste país comecem a falar e a alertar, sempre que possível, sobre essa lei.3. A pesquisa Ibope/Lance! realizada no mês de outubro de 2004 revelou que a população brasileira, em sua maioria, vê significativo avanço na organização do futebol brasileiro e na moralização de sua gestão. Trata-se, evidentemente, de efeito decorrente da assimilação da nova legislação pela sociedade.4. A proposta de criação de uma loteria (Timemania) para contornar o grave problema financeiro que assola os clubes brasileiros mostra-se criativa e inteligente. Contudo, é essencial condicionar a adesão ao programa de recuperação fiscal à transformação de seus departamentos profissionais em empresas. Repassar recursos para uma estrutura administrativa que já se mostrou falida configura verdadeiro desperdício e desrespeito às finanças públicas. Novas dívidas não tardarão a surgir, sobretudo em face da irresponsabilidade inerente ao modelo administrativo mantido pelos clubes. Refinanciamento sem contrapartida administrativa é um prêmio aos irresponsáveis. 5. O modelo administrativo dessas entidades revela forte tendência ao acúmulo de dívidas e à irresponsabilidade de seus dirigentes. Assumem o risco de desempenhar típica atividade empresarial sob o formato de associações civis sem fins lucrativos. Não é sem razão que o art. 27, § 11, da Lei nº 9.615/98 (segundo a redação da Lei nº 10.672/2003) qualifica tais entidades como sociedades em comum. Irregulares, portanto. 6. Não exigir modificações na gestão dessas entidades resultará meramente em eximir os maus administradores de suas responsabilidades em face das dívidas contraídas. A manutenção do velho modelo de administração e dos dirigentes que o sustentam se encarregará, em pouco tempo, de gerar novos débitos e excluir clubes importantes do programa (Timemania), retornando à caótica situação de hoje.7. Em face do exposto, propomos, a título de colaboração, que a adesão ao programa de refinanciamento (Timemania) esteja condicionada (a) à transformação dos departamentos profissionais dos clubes de futebol em empresa e (b) a que os dirigentes à frente de tais entidades não sejam os que respondiam por sua administração à época do endividamento.Pensamos que, com essas medidas, estar-se-á conferindo garantias importantes ao adequado uso do dinheiro público e, ao mesmo tempo, introduzindo medidas de incentivo à modernização do futebol brasileiro. www.socrates.esp.com
por Sócrates
A proposta de criação de uma loteria para contornar o problema financeiro que assola os clubes é criativa. Contudo (...), refinanciamento sem contrapartida é um prêmio aos irresponsáveis
Sócrates
Todos nós que lutamos pela moralização do esporte brasileiro estamos preocupados com o teor de medida provisória que deverá oferecer aos clubes nacionais a possibilidade de contornar a grave crise financeira em que se encontram fruto de administrações perniciosas e muitas vezes criminosas. Por isso o instituto Gol Brasil, do qual faço parte, encaminhou ao ministro Antônio Palocci uma carta de sugestões assinada por sua diretoria e conselheiros que contém aquilo que acredito seja o mínimo a ser considerado pelo texto da medida provisória. Por isso, transcrevo-a na íntegra neste espaço: Exmo. Sr. Ministro de Estado da Fazenda Antônio Palocci FilhoSegundo anunciado pelo Ministério do Esporte e reiteradamente noticiado nos principais veículos de comunicação do País, o Governo Federal está na iminência de, por meio de medida provisória, instituir novo programa de recuperação fiscal dos clubes de futebol profissional (Timemania). Na qualidade de representantes do Instituto Gol Brasil, encaminhamos a Vossa Excelência a presente mensagem com a finalidade de submeter-lhe as seguintes considerações:1. No dia 15 de maio de 2003, o presidente da República sancionou a Lei n° 10.672, conhecida como Lei de Moralização do Esporte. Seu cerne reside (a) na imposição de regime de transparência das entidades de desporto profissional, mediante a publicação anual de suas demonstrações financeiras, e, sobretudo, (b) na instituição de sistemática legal voltada a induzir e estimular tais entidades a adotar forma empresarial, a exemplo dos países mais avançados em relação à organização do desporto profissional. 2. Em solenidade ocorrida naquele dia, asseverou o presidente da República que o Estatuto de Defesa do Torcedor juntamente com esta Lei podem começar um processo de moralização, com o qual muitos que estão presentes aqui sonharam a vida inteira. E, ao final, arrematou: Agora, é importante ter em conta que no Brasil há lei que pega e lei que não pega. Para ela pegar, é preciso que as pessoas responsáveis deste país comecem a falar e a alertar, sempre que possível, sobre essa lei.3. A pesquisa Ibope/Lance! realizada no mês de outubro de 2004 revelou que a população brasileira, em sua maioria, vê significativo avanço na organização do futebol brasileiro e na moralização de sua gestão. Trata-se, evidentemente, de efeito decorrente da assimilação da nova legislação pela sociedade.4. A proposta de criação de uma loteria (Timemania) para contornar o grave problema financeiro que assola os clubes brasileiros mostra-se criativa e inteligente. Contudo, é essencial condicionar a adesão ao programa de recuperação fiscal à transformação de seus departamentos profissionais em empresas. Repassar recursos para uma estrutura administrativa que já se mostrou falida configura verdadeiro desperdício e desrespeito às finanças públicas. Novas dívidas não tardarão a surgir, sobretudo em face da irresponsabilidade inerente ao modelo administrativo mantido pelos clubes. Refinanciamento sem contrapartida administrativa é um prêmio aos irresponsáveis. 5. O modelo administrativo dessas entidades revela forte tendência ao acúmulo de dívidas e à irresponsabilidade de seus dirigentes. Assumem o risco de desempenhar típica atividade empresarial sob o formato de associações civis sem fins lucrativos. Não é sem razão que o art. 27, § 11, da Lei nº 9.615/98 (segundo a redação da Lei nº 10.672/2003) qualifica tais entidades como sociedades em comum. Irregulares, portanto. 6. Não exigir modificações na gestão dessas entidades resultará meramente em eximir os maus administradores de suas responsabilidades em face das dívidas contraídas. A manutenção do velho modelo de administração e dos dirigentes que o sustentam se encarregará, em pouco tempo, de gerar novos débitos e excluir clubes importantes do programa (Timemania), retornando à caótica situação de hoje.7. Em face do exposto, propomos, a título de colaboração, que a adesão ao programa de refinanciamento (Timemania) esteja condicionada (a) à transformação dos departamentos profissionais dos clubes de futebol em empresa e (b) a que os dirigentes à frente de tais entidades não sejam os que respondiam por sua administração à época do endividamento.Pensamos que, com essas medidas, estar-se-á conferindo garantias importantes ao adequado uso do dinheiro público e, ao mesmo tempo, introduzindo medidas de incentivo à modernização do futebol brasileiro. www.socrates.esp.com
SócratesTodos nós que lutamos pela moralização do esporte brasileiro estamos preocupados com o teor de medida provisória que deverá oferecer aos clubes nacionais a possibilidade de contornar a grave crise financeira em que se encontram fruto de administrações perniciosas e muitas vezes criminosas. Por isso o instituto Gol Brasil, do qual faço parte, encaminhou ao ministro Antônio Palocci uma carta de sugestões assinada por sua diretoria e conselheiros que contém aquilo que acredito seja o mínimo a ser considerado pelo texto da medida provisória. Por isso, transcrevo-a na íntegra neste espaço: Exmo. Sr. Ministro de Estado da Fazenda Antônio Palocci FilhoSegundo anunciado pelo Ministério do Esporte e reiteradamente noticiado nos principais veículos de comunicação do País, o Governo Federal está na iminência de, por meio de medida provisória, instituir novo programa de recuperação fiscal dos clubes de futebol profissional (Timemania). Na qualidade de representantes do Instituto Gol Brasil, encaminhamos a Vossa Excelência a presente mensagem com a finalidade de submeter-lhe as seguintes considerações:1. No dia 15 de maio de 2003, o presidente da República sancionou a Lei n° 10.672, conhecida como Lei de Moralização do Esporte. Seu cerne reside (a) na imposição de regime de transparência das entidades de desporto profissional, mediante a publicação anual de suas demonstrações financeiras, e, sobretudo, (b) na instituição de sistemática legal voltada a induzir e estimular tais entidades a adotar forma empresarial, a exemplo dos países mais avançados em relação à organização do desporto profissional. 2. Em solenidade ocorrida naquele dia, asseverou o presidente da República que o Estatuto de Defesa do Torcedor juntamente com esta Lei podem começar um processo de moralização, com o qual muitos que estão presentes aqui sonharam a vida inteira. E, ao final, arrematou: Agora, é importante ter em conta que no Brasil há lei que pega e lei que não pega. Para ela pegar, é preciso que as pessoas responsáveis deste país comecem a falar e a alertar, sempre que possível, sobre essa lei.3. A pesquisa Ibope/Lance! realizada no mês de outubro de 2004 revelou que a população brasileira, em sua maioria, vê significativo avanço na organização do futebol brasileiro e na moralização de sua gestão. Trata-se, evidentemente, de efeito decorrente da assimilação da nova legislação pela sociedade.4. A proposta de criação de uma loteria (Timemania) para contornar o grave problema financeiro que assola os clubes brasileiros mostra-se criativa e inteligente. Contudo, é essencial condicionar a adesão ao programa de recuperação fiscal à transformação de seus departamentos profissionais em empresas. Repassar recursos para uma estrutura administrativa que já se mostrou falida configura verdadeiro desperdício e desrespeito às finanças públicas. Novas dívidas não tardarão a surgir, sobretudo em face da irresponsabilidade inerente ao modelo administrativo mantido pelos clubes. Refinanciamento sem contrapartida administrativa é um prêmio aos irresponsáveis. 5. O modelo administrativo dessas entidades revela forte tendência ao acúmulo de dívidas e à irresponsabilidade de seus dirigentes. Assumem o risco de desempenhar típica atividade empresarial sob o formato de associações civis sem fins lucrativos. Não é sem razão que o art. 27, § 11, da Lei nº 9.615/98 (segundo a redação da Lei nº 10.672/2003) qualifica tais entidades como sociedades em comum. Irregulares, portanto. 6. Não exigir modificações na gestão dessas entidades resultará meramente em eximir os maus administradores de suas responsabilidades em face das dívidas contraídas. A manutenção do velho modelo de administração e dos dirigentes que o sustentam se encarregará, em pouco tempo, de gerar novos débitos e excluir clubes importantes do programa (Timemania), retornando à caótica situação de hoje.7. Em face do exposto, propomos, a título de colaboração, que a adesão ao programa de refinanciamento (Timemania) esteja condicionada (a) à transformação dos departamentos profissionais dos clubes de futebol em empresa e (b) a que os dirigentes à frente de tais entidades não sejam os que respondiam por sua administração à época do endividamento.Pensamos que, com essas medidas, estar-se-á conferindo garantias importantes ao adequado uso do dinheiro público e, ao mesmo tempo, introduzindo medidas de incentivo à modernização do futebol brasileiro. www.socrates.esp.com
CARAVANA DO ESPORTE
CARAVANA DO ESPORTE
por Sócrates
A idéia é despertar os jovens para a cidadania, promovendo valores como auto-estima e companheirismo em localidades esquecidas pelo Brasil desenvolvido
Enquanto vocês estiverem lendo estas linhas, eu estarei em Alcântara, no Maranhão, na primeira incursão da Caravana do Esporte. Este é um projeto que foi apresentado ao presidente Lula quando nos pediu a um grupo de estudos que pudesse formular um mínimo de sugestões nessa área idéias para o esporte. Infelizmente, não foi colocada em prática como política de Estado, mas, com a dedicação de José Trajano, diretor de jornalismo da ESPN Brasil, viabilizou-se esse verdadeiro Projeto Rondon do esporte.Vários parceiros já se apresentaram para que pudéssemos realizar esse sonho e muitos mais, espero, devem se aproximar nos próximos meses. Até porque a nossa idéia é que isso se perenize e cresça, atingindo muito mais municípios e regiões. Os locais que receberão a visita da Caravana do Esporte nesta primeira edição foram indicados pelo Unicef. São eles: Soure, na Ilha de Marajó, no Pará; Caarapó, no Mato Grosso do Sul; Boa Vista do Ramos, no Amazonas; Curaçá, na Bahia; Formosa, em Goiás; Palmeira dos Índios, em Alagoas; Santarém, no Pará (na época do Círio de Nazaré); Caracol, no Piauí; Conceição do Coité, na Bahia; além da acima citada Alcântara. Dez localidades escondidas e esquecidas pelo Brasil rico e desenvolvido. Na prática, o que pretendemos é reforçar a idéia de que é possível educar por meio do esporte. Aliás, as várias experiências que tive nessa área me deram a convicção de que não só o resultado é excepcional, como é o mais barato meio de inclusão que temos em mãos. Com uma bola e um educador e não precisa mais que isso criamos condições de transformações profundas na conduta de nossas crianças e adolescentes. Imaginem o que um naipe de figuras históricas do esporte nacional como Ana Moser, Raí, Flavio Canto, Afonsinho, Jaqueline, Dunga, Daniel Rodrigues, Janeth, Jorginho, Patrícia Medrado, Fernanda Keller e outros mais pode provocar no cotidiano dessas populações. E temos a pretensão de manter viva essa chama mesmo depois de nossa passagem por lá. Mostrar a realidade dessas regiões também será fundamental para refletirmos sobre a distância entre o Brasil que temos para aquele que sonhamos. Não sei exatamente o que nos espera, mas tenho a plena convicção de que terei de achar tempo para incursões em outras áreas, como a promoção de saúde através da atividade física, principalmente para a população mais idosa, e o exercício dos meus conhecimentos médicos. Em síntese, fazer um arrastão das minhas possibilidades. Estaremos também deixando por lá todo o equipamento que levaremos. E um deles é precioso: uma biblioteca. A associação entre o conhecimento, a informação e o esporte é uma das causas mais caras para todos os que participam da Caravana do Esporte. Os objetivos da missão não se restringem à defesa do conceito de que se pode educar por intermédio do esporte. A idéia central é despertar os jovens (e todas as outras faixas etárias) para a cidadania, resgatando valores como auto-estima, companheirismo e convívio social. Serão oferecidas, para alunos e professores locais, técnicas de desenvolvimento motor e raciocínio, e atividades complementares nas áreas de arte, música, comunicação, preservação ambiental, saúde e saneamento. Serão dadas noções de reciclagem, aproveitamento de matérias de fácil acesso à comunidade , oficinas de confecção de redes e bolas, palestras sobre saúde, cinema caravana e até aula de Pilates. Haverá doação de caiaques para as comunidades ribeirinhas e oficinas de vídeo e fotografia. Como podemos ver, o leque de ações é grande, mas pode ser muito maior se mais gente juntar-se. O que esperamos, além de provocar um choque esportivo, é que isso tudo se mantenha vivo para que essas populações possam usufruir suas benesses indefinidamente. Para tanto, continuaremos em contato permanente com as estruturas organizadas e com os agentes esportivos que possamos criar nesta semana que lá passaremos.Estou animado e muito emocionado por participar dessa trupe, que mais uma vez dá mostras da consciência que possui e da sua importância no nosso contexto social. Esperamos que as novas experiências e o aprendizado que, certamente, as populações visitadas nos oferecerão estimulem-nos ainda mais a continuar nessa luta. Queria encerrar agradecendo ao Trajano por essa iniciativa mais uma nesse âmbito. Espero criar condições para comparecer a todos esses locais ao longo deste ano. Seria o máximo. Na volta, dividirei com vocês essa maravilhosa experiência. www.socrates.coc.com.br
por Sócrates
A idéia é despertar os jovens para a cidadania, promovendo valores como auto-estima e companheirismo em localidades esquecidas pelo Brasil desenvolvido
Enquanto vocês estiverem lendo estas linhas, eu estarei em Alcântara, no Maranhão, na primeira incursão da Caravana do Esporte. Este é um projeto que foi apresentado ao presidente Lula quando nos pediu a um grupo de estudos que pudesse formular um mínimo de sugestões nessa área idéias para o esporte. Infelizmente, não foi colocada em prática como política de Estado, mas, com a dedicação de José Trajano, diretor de jornalismo da ESPN Brasil, viabilizou-se esse verdadeiro Projeto Rondon do esporte.Vários parceiros já se apresentaram para que pudéssemos realizar esse sonho e muitos mais, espero, devem se aproximar nos próximos meses. Até porque a nossa idéia é que isso se perenize e cresça, atingindo muito mais municípios e regiões. Os locais que receberão a visita da Caravana do Esporte nesta primeira edição foram indicados pelo Unicef. São eles: Soure, na Ilha de Marajó, no Pará; Caarapó, no Mato Grosso do Sul; Boa Vista do Ramos, no Amazonas; Curaçá, na Bahia; Formosa, em Goiás; Palmeira dos Índios, em Alagoas; Santarém, no Pará (na época do Círio de Nazaré); Caracol, no Piauí; Conceição do Coité, na Bahia; além da acima citada Alcântara. Dez localidades escondidas e esquecidas pelo Brasil rico e desenvolvido. Na prática, o que pretendemos é reforçar a idéia de que é possível educar por meio do esporte. Aliás, as várias experiências que tive nessa área me deram a convicção de que não só o resultado é excepcional, como é o mais barato meio de inclusão que temos em mãos. Com uma bola e um educador e não precisa mais que isso criamos condições de transformações profundas na conduta de nossas crianças e adolescentes. Imaginem o que um naipe de figuras históricas do esporte nacional como Ana Moser, Raí, Flavio Canto, Afonsinho, Jaqueline, Dunga, Daniel Rodrigues, Janeth, Jorginho, Patrícia Medrado, Fernanda Keller e outros mais pode provocar no cotidiano dessas populações. E temos a pretensão de manter viva essa chama mesmo depois de nossa passagem por lá. Mostrar a realidade dessas regiões também será fundamental para refletirmos sobre a distância entre o Brasil que temos para aquele que sonhamos. Não sei exatamente o que nos espera, mas tenho a plena convicção de que terei de achar tempo para incursões em outras áreas, como a promoção de saúde através da atividade física, principalmente para a população mais idosa, e o exercício dos meus conhecimentos médicos. Em síntese, fazer um arrastão das minhas possibilidades. Estaremos também deixando por lá todo o equipamento que levaremos. E um deles é precioso: uma biblioteca. A associação entre o conhecimento, a informação e o esporte é uma das causas mais caras para todos os que participam da Caravana do Esporte. Os objetivos da missão não se restringem à defesa do conceito de que se pode educar por intermédio do esporte. A idéia central é despertar os jovens (e todas as outras faixas etárias) para a cidadania, resgatando valores como auto-estima, companheirismo e convívio social. Serão oferecidas, para alunos e professores locais, técnicas de desenvolvimento motor e raciocínio, e atividades complementares nas áreas de arte, música, comunicação, preservação ambiental, saúde e saneamento. Serão dadas noções de reciclagem, aproveitamento de matérias de fácil acesso à comunidade , oficinas de confecção de redes e bolas, palestras sobre saúde, cinema caravana e até aula de Pilates. Haverá doação de caiaques para as comunidades ribeirinhas e oficinas de vídeo e fotografia. Como podemos ver, o leque de ações é grande, mas pode ser muito maior se mais gente juntar-se. O que esperamos, além de provocar um choque esportivo, é que isso tudo se mantenha vivo para que essas populações possam usufruir suas benesses indefinidamente. Para tanto, continuaremos em contato permanente com as estruturas organizadas e com os agentes esportivos que possamos criar nesta semana que lá passaremos.Estou animado e muito emocionado por participar dessa trupe, que mais uma vez dá mostras da consciência que possui e da sua importância no nosso contexto social. Esperamos que as novas experiências e o aprendizado que, certamente, as populações visitadas nos oferecerão estimulem-nos ainda mais a continuar nessa luta. Queria encerrar agradecendo ao Trajano por essa iniciativa mais uma nesse âmbito. Espero criar condições para comparecer a todos esses locais ao longo deste ano. Seria o máximo. Na volta, dividirei com vocês essa maravilhosa experiência. www.socrates.coc.com.br
Os cartolas do futebol, no fundo, querem que competições como o Pan e a Olimpíada desapareçam. Ou então que as façam em Marte ou algum outro planeta
CONCORRÊNCIA INCÔMODA
por Sócrates
Os cartolas do futebol, no fundo, querem que competições como o Pan e a Olimpíada desapareçam. Ou então que as façam em Marte ou algum outro planeta
Sempre, às vésperas de uma Olimpíada, acompanhamos uma queda-de-braço entre a Federação Internacional de Futebol e o Comitê Olímpico Internacional. É que os cartolas do futebol, por possuírem uma competição que se aproxima, em grandiosidade e em receita econômico-financeira, do maior evento esportivo do planeta, acham-se no direito de exigir condições especiais para disputá-la. Em particular, quanto à parte que lhes toca na divisão dos lucros. Por esse motivo, eles jamais deram qualquer importância à sua participação nessa competição, que tem como base filosófica a valorização dos esportes em geral.É uma briga de gigantes. Nos dando conta de que um encontro como esse exige um investimento em infra-estrutura de vários bilhões de dólares e que ele só existe porque deve dar um retorno danado, não é de estranhar que todos queiram tirar a sua lasquinha. Mas o que realmente incomoda ao futebol é ser tratado como qualquer outro. Sentem-se maiores e melhores só porque possuem mais condições financeiras do que todos os demais esportes. É como um conhecido meu que, por ter conseguido se dar bem na vida, acumulou uma grana espetacular no bolso e agora não quer mais fazer as coisas que fazia antes. É programa de pobre, diz. O mais prazeroso da vida, que é a relação humana do bate-papo com os amigos, da cervejinha no boteco da esquina, no ouvir e contar piadas ou discutir futebol, já não o satisfaz. Quer mesmo é participar da chamada alta-roda, ver e, principalmente, ser visto e gastar um absurdo em recepções programadas para manter contato com os figurões da cidade. Vive infeliz o coitado, mas acha que essas são as verdadeiras atribuições a que deve responder. Sente-se superior e inatingível. O futebol age exatamente assim. Na Olimpíada de Sydney, pudemos ter um excelente exemplo dessa empáfia. Fomos com uma equipe de moleques reforçada por uns poucos maiores de 23 anos. Mesmo assim resolveram colocar todo mundo em um hotel bastante estrelado e distante da Vila Olímpica, isolando todos do espírito da competição. Alienaram-se do turbilhão de sorrisos, abraços, solidariedade e alegria que imperava entre os atletas. Ora, como é que se pode estar satisfeito com uma festa se nos afastamos dela. Se nos escondemos na arrogância que nos impede de conviver com os normais. Perguntem ao Gustavo Borges, ao Robson Caetano, à Hortência, à Paula e a todos os outros que já estiveram em várias Olimpíadas, se alguma vez foram mal recebidos, se estavam deslocados ou se ficaram infelizes. Era só o que faltava!Guga, que era a maior estrela entre os brasileiros e que, se quisesse, ficaria em qualquer lugar, fez questão, em Sydney, de se instalar na Vila Olímpica. Como ele mesmo disse, não queria perder de jeito nenhum o que de mais bonito possui essa competição: a profusão de culturas, de línguas e de costumes dos mais diversos povos do mundo ali representados. É uma oportunidade única de aprender muito em poucos dias. De comer no refeitório ao lado de um árabe, de conversar na sarjeta com um russo, de cumprimentar um canadense ou de abraçar um senegalês. É uma amostra da humanidade que se faz representar a cada quatro anos no mesmo espaço e no mesmo instante. Como perder isso? Só os pequenos, incultos e cegos se dão o direito de abrir mão dessa beleza. Como o futebol. Os nossos cartolas também não queriam participar do Pan-Americano que está prestes a se iniciar. Com a interferência do ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, abaixaram a cabeça, voltaram atrás e estão mandando uma seleção de garotos. Sinceramente, eu não mexeria um só dedo para tanto. Se não querem ir, que fiquem. Que mantenham suas becas intocadas. Quem é que quer se sujar em Santo Domingo? Não tenham dúvidas de que se fosse em Miami todos estariam lá. Talvez até com o time principal. É que a maioria deles tem casa de veraneio na Flórida e seria uma boa oportunidade de novos contatos e umas comprinhas a mais. De qualquer forma, os cartolas do futebol, no fundo, querem é que competições como o Pan ou a Olimpíada desapareçam. Há muito esporte na concorrência. Ou então que as façam lá em Marte ou em qualquer outro planeta.
por Sócrates
Os cartolas do futebol, no fundo, querem que competições como o Pan e a Olimpíada desapareçam. Ou então que as façam em Marte ou algum outro planeta
Sempre, às vésperas de uma Olimpíada, acompanhamos uma queda-de-braço entre a Federação Internacional de Futebol e o Comitê Olímpico Internacional. É que os cartolas do futebol, por possuírem uma competição que se aproxima, em grandiosidade e em receita econômico-financeira, do maior evento esportivo do planeta, acham-se no direito de exigir condições especiais para disputá-la. Em particular, quanto à parte que lhes toca na divisão dos lucros. Por esse motivo, eles jamais deram qualquer importância à sua participação nessa competição, que tem como base filosófica a valorização dos esportes em geral.É uma briga de gigantes. Nos dando conta de que um encontro como esse exige um investimento em infra-estrutura de vários bilhões de dólares e que ele só existe porque deve dar um retorno danado, não é de estranhar que todos queiram tirar a sua lasquinha. Mas o que realmente incomoda ao futebol é ser tratado como qualquer outro. Sentem-se maiores e melhores só porque possuem mais condições financeiras do que todos os demais esportes. É como um conhecido meu que, por ter conseguido se dar bem na vida, acumulou uma grana espetacular no bolso e agora não quer mais fazer as coisas que fazia antes. É programa de pobre, diz. O mais prazeroso da vida, que é a relação humana do bate-papo com os amigos, da cervejinha no boteco da esquina, no ouvir e contar piadas ou discutir futebol, já não o satisfaz. Quer mesmo é participar da chamada alta-roda, ver e, principalmente, ser visto e gastar um absurdo em recepções programadas para manter contato com os figurões da cidade. Vive infeliz o coitado, mas acha que essas são as verdadeiras atribuições a que deve responder. Sente-se superior e inatingível. O futebol age exatamente assim. Na Olimpíada de Sydney, pudemos ter um excelente exemplo dessa empáfia. Fomos com uma equipe de moleques reforçada por uns poucos maiores de 23 anos. Mesmo assim resolveram colocar todo mundo em um hotel bastante estrelado e distante da Vila Olímpica, isolando todos do espírito da competição. Alienaram-se do turbilhão de sorrisos, abraços, solidariedade e alegria que imperava entre os atletas. Ora, como é que se pode estar satisfeito com uma festa se nos afastamos dela. Se nos escondemos na arrogância que nos impede de conviver com os normais. Perguntem ao Gustavo Borges, ao Robson Caetano, à Hortência, à Paula e a todos os outros que já estiveram em várias Olimpíadas, se alguma vez foram mal recebidos, se estavam deslocados ou se ficaram infelizes. Era só o que faltava!Guga, que era a maior estrela entre os brasileiros e que, se quisesse, ficaria em qualquer lugar, fez questão, em Sydney, de se instalar na Vila Olímpica. Como ele mesmo disse, não queria perder de jeito nenhum o que de mais bonito possui essa competição: a profusão de culturas, de línguas e de costumes dos mais diversos povos do mundo ali representados. É uma oportunidade única de aprender muito em poucos dias. De comer no refeitório ao lado de um árabe, de conversar na sarjeta com um russo, de cumprimentar um canadense ou de abraçar um senegalês. É uma amostra da humanidade que se faz representar a cada quatro anos no mesmo espaço e no mesmo instante. Como perder isso? Só os pequenos, incultos e cegos se dão o direito de abrir mão dessa beleza. Como o futebol. Os nossos cartolas também não queriam participar do Pan-Americano que está prestes a se iniciar. Com a interferência do ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, abaixaram a cabeça, voltaram atrás e estão mandando uma seleção de garotos. Sinceramente, eu não mexeria um só dedo para tanto. Se não querem ir, que fiquem. Que mantenham suas becas intocadas. Quem é que quer se sujar em Santo Domingo? Não tenham dúvidas de que se fosse em Miami todos estariam lá. Talvez até com o time principal. É que a maioria deles tem casa de veraneio na Flórida e seria uma boa oportunidade de novos contatos e umas comprinhas a mais. De qualquer forma, os cartolas do futebol, no fundo, querem é que competições como o Pan ou a Olimpíada desapareçam. Há muito esporte na concorrência. Ou então que as façam lá em Marte ou em qualquer outro planeta.
domingo, 26 de agosto de 2007
Lula diz que Brasil ainda não tem condições de organizar Copa
O QUE FOI DITO EM 2006
14/09/2006 - 13h40 - GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília
Lula diz que Brasil ainda não tem condições de organizar Copa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nesta quinta-feira, ao sancionar a lei que cria a Timemania, que o Brasil atualmente não teria condições de organizar a Copa do Mundo de 2014.Lula disse que para que o Mundial fosse realizado no Brasil daqui a oito anos seria necessária uma ampla mobilização do governo para a construção de estádios que atendem às determinações da Fifa.Respeitando o rodízio de continentes, a Fifa deverá realizar a Copa-2014 na América, e o Brasil é o favorito para receber o torneio, já que tem o apoio de todas as federações nacionais sul-americanas."Para ter a Copa de 2014 aqui, pelos critérios da Fifa, não temos nenhum estádio em condições de sediar os jogos. Vamos ter que pensar em, no mínimo, construir 12 novos estádios", afirmou.Na opinião de Lula, o Brasil deve se esforçar para organizar a competição para aumentar a visibilidade do país no cenário internacional.Lula falou de improviso na cerimônia, sem esconder a paixão pelo futebol. O presidente defendeu que a seleção brasileira, que vai participar de jogo amistoso no Kuait, no dia 7 de outubro, aproveite a viagem para realizar um "jogo pela paz" no Líbano."Quem sabe a seleção não possa fazer um jogo simbolizando a paz? O Líbano está precisando da seleção", disse. Em plena campanha pré-eleitoral, o presidente optou pela diplomacia ao mencionar times de futebol.Corintiano assumido, ele recebeu de presente uma camisa do Internacional, de Porto Alegre. O Sul do país é a região onde Lula registra menor vantagem nas pesquisas de intenção de voto."Sou torcedor do Inter, mas sou apaixonado pelo Grêmio", disse Lula ao falar sobre os dois principais rivais do Rio Grande do Sul.A lei sancionada hoje pelo presidente institui a Timemania, uma loteria criada para socorrer os clubes de futebol com o refinanciamento de dívidas e o pagamento de débitos com o governo.Depois de quitarem as dívidas, os clubes podem usar os recursos da Timemania para o investimento em projetos do próprio time. Segundo a Caixa Econômica Federal, os clubes terão disponíveis cerca de R$ 500 milhões por ano com a Timemania.
14/09/2006 - 13h40 - GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília
Lula diz que Brasil ainda não tem condições de organizar Copa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nesta quinta-feira, ao sancionar a lei que cria a Timemania, que o Brasil atualmente não teria condições de organizar a Copa do Mundo de 2014.Lula disse que para que o Mundial fosse realizado no Brasil daqui a oito anos seria necessária uma ampla mobilização do governo para a construção de estádios que atendem às determinações da Fifa.Respeitando o rodízio de continentes, a Fifa deverá realizar a Copa-2014 na América, e o Brasil é o favorito para receber o torneio, já que tem o apoio de todas as federações nacionais sul-americanas."Para ter a Copa de 2014 aqui, pelos critérios da Fifa, não temos nenhum estádio em condições de sediar os jogos. Vamos ter que pensar em, no mínimo, construir 12 novos estádios", afirmou.Na opinião de Lula, o Brasil deve se esforçar para organizar a competição para aumentar a visibilidade do país no cenário internacional.Lula falou de improviso na cerimônia, sem esconder a paixão pelo futebol. O presidente defendeu que a seleção brasileira, que vai participar de jogo amistoso no Kuait, no dia 7 de outubro, aproveite a viagem para realizar um "jogo pela paz" no Líbano."Quem sabe a seleção não possa fazer um jogo simbolizando a paz? O Líbano está precisando da seleção", disse. Em plena campanha pré-eleitoral, o presidente optou pela diplomacia ao mencionar times de futebol.Corintiano assumido, ele recebeu de presente uma camisa do Internacional, de Porto Alegre. O Sul do país é a região onde Lula registra menor vantagem nas pesquisas de intenção de voto."Sou torcedor do Inter, mas sou apaixonado pelo Grêmio", disse Lula ao falar sobre os dois principais rivais do Rio Grande do Sul.A lei sancionada hoje pelo presidente institui a Timemania, uma loteria criada para socorrer os clubes de futebol com o refinanciamento de dívidas e o pagamento de débitos com o governo.Depois de quitarem as dívidas, os clubes podem usar os recursos da Timemania para o investimento em projetos do próprio time. Segundo a Caixa Econômica Federal, os clubes terão disponíveis cerca de R$ 500 milhões por ano com a Timemania.
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Lula promete recursos de bancos estatais para construir estádios da Copa
O QUE FOI DIRO EM 2006
15/09/2006 - 10h17 -EDUARDO SCOLESEPEDRO DIAS LEITEda Folha de S.Paulo, em Brasília
Lula promete recursos de bancos estatais para construir estádios da Copa
O presidente Lula prometeu recursos de bancos estatais, entre eles o BNDES, para a construção de estádios para que o Brasil seja sede da Copa-2014. E adotou a posição similar à da cúpula da CBF, que prega a necessidade de fazer novas arenas esportivas para o Mundial. "Nós estamos pleiteando a Copa do Mundo de 2014, e vocês sabem que para a gente ter a Copa do Mundo de 2014 aqui (...), pelos critérios da Fifa, nós não temos nenhum estádio em condições de sediar jogos da Copa. Significa que nós vamos ter de pensar no mínimo em construir 12 novos estádios neste país", disse o presidente. Para Lula, a responsabilidade não é só dos clubes, que devem contar com ajuda da Caixa Econômica, do Banco do Brasil e do BNDES, além de de prefeituras e governos estaduais. A CBF prega que faria estádios com recursos privados. Mas clubes já estão de olho no dinheiro do BNDES.
15/09/2006 - 10h17 -EDUARDO SCOLESEPEDRO DIAS LEITEda Folha de S.Paulo, em Brasília
Lula promete recursos de bancos estatais para construir estádios da Copa
O presidente Lula prometeu recursos de bancos estatais, entre eles o BNDES, para a construção de estádios para que o Brasil seja sede da Copa-2014. E adotou a posição similar à da cúpula da CBF, que prega a necessidade de fazer novas arenas esportivas para o Mundial. "Nós estamos pleiteando a Copa do Mundo de 2014, e vocês sabem que para a gente ter a Copa do Mundo de 2014 aqui (...), pelos critérios da Fifa, nós não temos nenhum estádio em condições de sediar jogos da Copa. Significa que nós vamos ter de pensar no mínimo em construir 12 novos estádios neste país", disse o presidente. Para Lula, a responsabilidade não é só dos clubes, que devem contar com ajuda da Caixa Econômica, do Banco do Brasil e do BNDES, além de de prefeituras e governos estaduais. A CBF prega que faria estádios com recursos privados. Mas clubes já estão de olho no dinheiro do BNDES.
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Para a CBF, Copa-2014 começa com visita de Blatter a Lula
O QUE FOI DITO EM 2006
27/09/2006 - 13h18 - da Folha Online
Para a CBF, Copa-2014 começa com visita de Blatter a Lula
Antes mesmo do anúncio do escolhido para organizar a Copa do Mundo de 2014, que deverá ser realizada na América, seguindo o rodízio de continentes, a CBF celebra a visita do presidente da Fifa, Joseph Blatter, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o início da preparação para que o país abrigue o evento.Blatter chega nesta quinta-feira a São Paulo, onde será recebido pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em seguida ambos viajam para Brasília --o encontro com Lula está marcado para as 10h."O presidente Blatter já garantiu que a Copa do Mundo de 2014 será realizada na América do Sul e reconhece o Brasil como um legítimo postulante. Essa visita vem ratificar esse reconhecimento, tendo agora o presidente da Fifa a oportunidade, no encontro com o presidente Lula, de tomar conhecimento pessoalmente da nossa pretensão de candidatura", disse Teixeira, segundo o site da CBF.Na reunião, Blatter deverá discutir problemas como construção de estádios e infra-estrutura para a realização da competição. Teixeira ressaltou, segundo a CBF, a necessidade de investimentos da iniciativa privada para a reforma e construção de estádios."A construção e reforma de estádios que os deixem dentro dos padrões exigidos pela Fifa caberá à iniciativa privada. Vamos trabalhar, e muito, para atender no prazo certo a todas as exigências estabelecidas pela Fifa", afirmou Teixeira.Ao governo federal caberiam investimentos em setores como segurança e transportes. "O presidente Lula já assegurou, de maneira inequívoca, o apoio do governo à nossa candidatura", concluiu Teixeira. De Brasília, Teixeira e o Blatter viajam para Assunção (PAR) para a reunião da Confederação Sul-Americana de Futebol.
27/09/2006 - 13h18 - da Folha Online
Para a CBF, Copa-2014 começa com visita de Blatter a Lula
Antes mesmo do anúncio do escolhido para organizar a Copa do Mundo de 2014, que deverá ser realizada na América, seguindo o rodízio de continentes, a CBF celebra a visita do presidente da Fifa, Joseph Blatter, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o início da preparação para que o país abrigue o evento.Blatter chega nesta quinta-feira a São Paulo, onde será recebido pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em seguida ambos viajam para Brasília --o encontro com Lula está marcado para as 10h."O presidente Blatter já garantiu que a Copa do Mundo de 2014 será realizada na América do Sul e reconhece o Brasil como um legítimo postulante. Essa visita vem ratificar esse reconhecimento, tendo agora o presidente da Fifa a oportunidade, no encontro com o presidente Lula, de tomar conhecimento pessoalmente da nossa pretensão de candidatura", disse Teixeira, segundo o site da CBF.Na reunião, Blatter deverá discutir problemas como construção de estádios e infra-estrutura para a realização da competição. Teixeira ressaltou, segundo a CBF, a necessidade de investimentos da iniciativa privada para a reforma e construção de estádios."A construção e reforma de estádios que os deixem dentro dos padrões exigidos pela Fifa caberá à iniciativa privada. Vamos trabalhar, e muito, para atender no prazo certo a todas as exigências estabelecidas pela Fifa", afirmou Teixeira.Ao governo federal caberiam investimentos em setores como segurança e transportes. "O presidente Lula já assegurou, de maneira inequívoca, o apoio do governo à nossa candidatura", concluiu Teixeira. De Brasília, Teixeira e o Blatter viajam para Assunção (PAR) para a reunião da Confederação Sul-Americana de Futebol.
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Dinheiro público banca Copa do Mundo na África do Sul
O QUE FOI DITO EM 2006
08/07/2006 - 09h47 -RICARDO PERRONE da Folha de S.Paulo, em Berlim
Polêmico no Brasil, o uso de dinheiro público para que o país receba a Copa é assumido com orgulho pela África do Sul, sede do Mundial de 2010.Ontem, após o lançamento oficial da competição, em Berlim, Jabu Moleketi, vice-ministro das Finanças, afirmou à Folha que o governo investirá US$ 500 milhões (cerca de R$ 1,09 bilhão) em infra-estrutura para receber a competição.Nessa conta estão gastos com a construção de cinco estádios, a reforma de outros cinco, melhoria de estradas, de aeroportos e dos meios de transporte. Só 20% do dinheiro para construir as arenas virá da iniciativa privada. "Os estádios serão construídos com dinheiro dos municípios, dos Estados ou do governo federal, que serão os donos", declarou Moleketi.Segundo ele, tudo deve estar pronto no fim de 2008, já que em 2009 a África do Sul recebe a Copa das Confederações.Para evitar atrasos, o governo decidiu apenas melhorar o que já existe no transporte público. "Uma nova rede de metrô não ficaria pronta até lá.""Com certeza, temos problemas mais importantes para resolver, mas com as receitas a serem geradas no futuro poderemos construir hospitais e escolas", disse o vice-ministro.Kofi Annan, secretário-geral da ONU, esteve no evento. Disse apoiar a Copa por ser um torneio que reúne povos diferentes de maneira pacífica.O presidente da África do Sul, Tabbo Mbeki, também participou do lançamento.Em 2014, a Copa pode ser no Brasil. Há pressão de cartolas até de fora do país para investimento pesado do governo federal. Anteontem, João Havelange, ex-presidente da Fifa, disse que o presidente Lula é quem tem de falar se o país irá erguer estádios para o Mundial.
08/07/2006 - 09h47 -RICARDO PERRONE da Folha de S.Paulo, em Berlim
Polêmico no Brasil, o uso de dinheiro público para que o país receba a Copa é assumido com orgulho pela África do Sul, sede do Mundial de 2010.Ontem, após o lançamento oficial da competição, em Berlim, Jabu Moleketi, vice-ministro das Finanças, afirmou à Folha que o governo investirá US$ 500 milhões (cerca de R$ 1,09 bilhão) em infra-estrutura para receber a competição.Nessa conta estão gastos com a construção de cinco estádios, a reforma de outros cinco, melhoria de estradas, de aeroportos e dos meios de transporte. Só 20% do dinheiro para construir as arenas virá da iniciativa privada. "Os estádios serão construídos com dinheiro dos municípios, dos Estados ou do governo federal, que serão os donos", declarou Moleketi.Segundo ele, tudo deve estar pronto no fim de 2008, já que em 2009 a África do Sul recebe a Copa das Confederações.Para evitar atrasos, o governo decidiu apenas melhorar o que já existe no transporte público. "Uma nova rede de metrô não ficaria pronta até lá.""Com certeza, temos problemas mais importantes para resolver, mas com as receitas a serem geradas no futuro poderemos construir hospitais e escolas", disse o vice-ministro.Kofi Annan, secretário-geral da ONU, esteve no evento. Disse apoiar a Copa por ser um torneio que reúne povos diferentes de maneira pacífica.O presidente da África do Sul, Tabbo Mbeki, também participou do lançamento.Em 2014, a Copa pode ser no Brasil. Há pressão de cartolas até de fora do país para investimento pesado do governo federal. Anteontem, João Havelange, ex-presidente da Fifa, disse que o presidente Lula é quem tem de falar se o país irá erguer estádios para o Mundial.
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Blatter visita sede da seleção, e Teixeira se irrita com tema "PCC"
O QUE SE FALOU EM 2006
24/05/2006 - 10h03 - PAULO COBOSda Folha de S.Paulo, na Suíça
Blatter visita sede da seleção, e Teixeira se irrita com tema "PCC"
O presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol), o suíço Joseph Blatter, visitou na manhã desta quarta-feira a concentração da seleção brasileira em Weggis, na Suíça.O dirigente chegou até o hotel onde está concentrada a seleção brasileira acompanhado do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira.A CBF não quis dar detalhes dos assuntos conversados entre Blatter e Teixeira, mas um deles deve ser referente à organização da Copa do Mundo de 2014, que o Brasil é o favorito para ser o país-sede."Para ser sede do Mundial de 2014 o Brasil terá que cumprir algumas exigências da Fifa que já foram detalhadas e já são do nosso conhecimento", afirmou Marco Polo del Nero, presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol) e chefe da delegação brasileira para a disputa da Copa-2006.Na última sexta-feira, em entrevista na sede da Fifa, na Suíça, Blatter praticamente confirmou que o Brasil será a sede do Mundial de 2014."Ficou decidido que, pelo rodízio, a Copa de 2014 será na América do Sul. Recebi comunicado da Conmebol [a Confederação Sul-Americana de Futebol] dizendo que todos os países da região estão de acordo que o Brasil seja a sede. Assim, em 2008, quando será decidido o assunto, o Brasil será escolhido se cumprir o caderno de encargos, que é exatamente o mesmo que foi usado para a escolha de 2010 [África do Sul]', disse o dirigente.Perguntado se os atentados do PCC (Primeiro Comando da Capital) no estado de São Paulo durante a última semana poderiam atrapalhar os planos do Brasil em ser a sede do Mundial de 2014, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, demonstrou irritação."Isso não tem nada a ver, se fossemos analisar casos de violência, Nova Iorque não poderia ser sede de uma Olimpíada, e assim como outras cidades que já organizaram. Além disso, a Copa do Mundo será apenas daqui a oito anos", disse o dirigente.
24/05/2006 - 10h03 - PAULO COBOSda Folha de S.Paulo, na Suíça
Blatter visita sede da seleção, e Teixeira se irrita com tema "PCC"
O presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol), o suíço Joseph Blatter, visitou na manhã desta quarta-feira a concentração da seleção brasileira em Weggis, na Suíça.O dirigente chegou até o hotel onde está concentrada a seleção brasileira acompanhado do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira.A CBF não quis dar detalhes dos assuntos conversados entre Blatter e Teixeira, mas um deles deve ser referente à organização da Copa do Mundo de 2014, que o Brasil é o favorito para ser o país-sede."Para ser sede do Mundial de 2014 o Brasil terá que cumprir algumas exigências da Fifa que já foram detalhadas e já são do nosso conhecimento", afirmou Marco Polo del Nero, presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol) e chefe da delegação brasileira para a disputa da Copa-2006.Na última sexta-feira, em entrevista na sede da Fifa, na Suíça, Blatter praticamente confirmou que o Brasil será a sede do Mundial de 2014."Ficou decidido que, pelo rodízio, a Copa de 2014 será na América do Sul. Recebi comunicado da Conmebol [a Confederação Sul-Americana de Futebol] dizendo que todos os países da região estão de acordo que o Brasil seja a sede. Assim, em 2008, quando será decidido o assunto, o Brasil será escolhido se cumprir o caderno de encargos, que é exatamente o mesmo que foi usado para a escolha de 2010 [África do Sul]', disse o dirigente.Perguntado se os atentados do PCC (Primeiro Comando da Capital) no estado de São Paulo durante a última semana poderiam atrapalhar os planos do Brasil em ser a sede do Mundial de 2014, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, demonstrou irritação."Isso não tem nada a ver, se fossemos analisar casos de violência, Nova Iorque não poderia ser sede de uma Olimpíada, e assim como outras cidades que já organizaram. Além disso, a Copa do Mundo será apenas daqui a oito anos", disse o dirigente.
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Incentivo fiscal tem data de validade, diz novo ministro do Esporte
O QUE O MINISTRO ORLANDO SILVA FALOU EM 2006.
5/04/2006 - 11h10 -EDUARDO OHATAda Folha de S.Paulo, em BrasíliA
Incentivo fiscal tem data de validade, diz novo ministro do Esporte
O baiano Orlando Silva Júnior, 34, tornou-se um dos mais jovens ministros da história ao assumir a pasta do Esporte na tarde de ontem.Em entrevista à Folha, ele diz que a lei de incentivo fiscal, maior reivindicação de atletas e dirigentes e que foi anunciada por Lula, tem de ter prazo de validade.É parte de seu mantra que dirigentes e atletas terão de retribuir o apoio que vêm recebendo do Estado aprendendo a andar com suas próprias pernas. Silva Júnior pede ainda que, em troca da iminente sanção da Timemania e o apoio para a realização da Copa de 2014 no Brasil, o esporte mostre-se como uma opção sedutora ao investimento privado.
Folha - O ministro Agnelo Queiroz foi alvo de críticas por sua proximidade com o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, e com cartolas do futebol. Como era o relacionamento deles?
Orlando Silva Júnior - A impressão que eu tenho é que o Ministério do Esporte mantém uma relação institucional com o COB, com os clubes, com a CBF, com as entidades que administram o esporte. Nossa perspectiva é manter a relação institucional.
Folha - O que muda com sua gestão à frente do Esporte?Silva Júnior - Diferenças de estilo, visões ou diferenças de ponto de vista talvez sejam melhor apuradas ao final de minha gestão.
Folha - O Brasil é um dos países em que mais se investe verba pública no esporte. O esporte não precisa andar com as próprias pernas?Silva Júnior - Pensando amplamente, não apenas no alto rendimento, acredito que ainda se investe pouco no esporte brasileiro. Se investíssemos mais no esporte, gastaríamos menos com saúde, qualificaríamos mais as atividades de educação, teríamos um ambiente social mais pacificado. Acredito que o esporte brasileiro precisa de mais fontes de financiamento. Daí a criação da lei de incentivo para o esporte [anunciada por Lula], para atrairmos o capital privado e deixarmos de ter só recursos públicos [no esporte].
Folha - Mas com o incentivo fiscal a conta não acaba de novo sendo paga pelo governo?Silva Júnior - Nenhum setor da vida brasileira se desenvolveu sem incentivo fiscal. Veja a implantação da indústria automobilística, petroquímica, metalúrgica. A cultura é outro exemplo. Se o setor privado investir no esporte, perceber o retorno, sobretudo em imagem, acredito que possamos ter uma presença permanente da área privada. Trata-se de um incentivo, e todo incentivo é transitório. É para o investidor experimentar, compreender as vantagens que pode ter. [A lei de incentivo] terá de vigorar o tempo necessário para alterar a cultura do empresariado até eles perceberem o retorno. Ao longo do tempo, o Estado pode, paulatinamente, reduzir sua renúncia fiscal até ficar claro para o privado que isso dá retorno.
Folha - Qual será a contrapartida das empresas? Elas arcarão com o investimento?Silva Júnior - Essa é a idéia, mas tem que ser uma renúncia que atraia as empresas. Não adianta exigir uma contrapartida que, na prática, fará da lei uma letra morta.
Folha - Foi dito que o incentivo fiscal visa o Pan. É realista achar que seu efeito em um ano fará tanta diferença?Silva Júnior - A lei de incentivo terá uma repercussão grande desde seu início. Nossa experiência com o Bolsa-Atleta, que é um programa que ajuda atletas que não têm patrocínio, revelou que há atletas de altíssimo nível que poderiam se desenvolver mais. Como você já tem um contingente de atletas em fase bastante desenvolvida, mas com pouco suporte financeiro, imediatamente você tem o impacto da lei de incentivo.
Folha - Mas o senhor acha que algumas medalhas no Pan serão decididas por causa da lei?Silva Júnior - Pode ser uma ajuda a mais. É evidente que a formação de um atleta pode levar até dez anos. Agora, se você tem um suporte material, se ele participa de mais competições internacionais, repercute em seu rendimento.
Folha - A Timemania também tem de ter prazo de validade?Silva Júnior - É diferente, porque a Timemania não é incentivo, é loteria que usa um patrimônio dos clubes, seus símbolos. É uma fonte de receita permanente. Depois do prazo de 180 meses para o pagamento da dívida, os recursos gerados se transformam em receita nova para os clubes.
Folha - Além da Timemania, quais suas outras preocupações para com o futebol?Silva Júnior - A receita dos clubes é um problema estratégico. É preciso desenvolver mecanismos para que os clubes ampliem as fontes de rendimentos. Nossa agenda valoriza a criação de receitas para os times para que eles tenham capacidade de investimento maior. A TV é uma fonte estratégica, mas os estádios estão vazios. O trabalho de segurança [com a Comissão Interministerial para a Paz no Esporte], que colabora com o conforto dos torcedores, servirá para aumentar a receita dos clubes. Há o problema da pirataria. Precisamos de uma cultura que valorize os produtos dos clubes.
Folha - Por que o Pan virou uma dor de cabeça?Silva Júnior - [Silêncio]. O Pan não virou uma dor de cabeça. O Pan será uma grande realização do esporte brasileiro. Será uma edição histórica, e confio que o Rio estará pronto em tempo hábil para os eventos-testes e que a competição seja de alto nível. Nós, do governo federal, temos cumprido à risca o cronograma, temos assumido novas tarefas e as honrado porque entendemos que os Jogos Pan-Americanos não são só do Rio de Janeiro, mas do Brasil.
Folha - É curioso que o senhor diga isso. O prefeito do Rio, Cesar Maia, vem repetindo que "o Lula precisa entender que o Pan é do Brasil todo, e não só do Rio".Silva Júnior - O presidente Lula tem dado máxima atenção aos Jogos. Há um projeto de segurança pública vinculado ao Pan que deixará legado importante ao Rio. As tarefas vinculadas à Vila do Pan se viabilizaram por financiamento da Caixa [Econômica Federal] por recomendação do presidente. O investimento que o Esporte vai fazer diretamente está viabilizado por recomendação do presidente. O presidente não está interessado em polêmicas pela imprensa com governos ou prefeituras.
Folha - Por que Maia reclama?Silva Júnior - Tem que perguntar a ele. O governo tem suas responsabilidades, não se preocupa com as reclamações alheias.
Folha - O que o senhor achou do aumento da fatia do governo federal no orçamento do Pan?Silva Júnior - [Silêncio]. Por ser um fato inédito, talvez o planejamento inicial tenha pecado, inclusive no lado orçamentário.
Folha - O senhor diria que o Rio emitiu um cheque que agora tem de ser pago pelo governo federal?Silva Júnior - A responsabilidade solidária que o governo federal tem com o Pan foi assumida pela gestão anterior. Foi um compromisso internacional bancado e honrado por esse governo.
Folha - Por que o Co-Rio não obtém dinheiro para bancar o Pan com a iniciativa privada?Silva Júnior - Pergunte a eles.
Folha - O senhor apóia a disputa da Copa do Mundo no Brasil?Silva Júnior - O Lula falou entusiasticamente da importância de o Brasil voltar a abrigar uma Copa. É uma boa oportunidade para que a gente possa ter estádios mais modernos.Folha - O senhor acha que os estádios têm condições de receber as partidas do Mundial?Silva Júnior - Não é questão de achar. A Fifa estabelece critérios. Os estádios brasileiros não estão adequados ao padrão da Fifa. Suponho que a maioria dos locais que vão abrigar jogos da Copa no Brasil terão de ser construídos.
Folha - Quem pagará a conta pela modernização dos estádios?Silva Júnior - O ministério vai participar do projeto para receber a Copa, juntamente com outros órgãos governamentais e também com o setor privado. Uma Copa do Mundo mobiliza as pessoas. Mas seria importante se tivéssemos a participação da iniciativa privada no financiamento dos estádios.
5/04/2006 - 11h10 -EDUARDO OHATAda Folha de S.Paulo, em BrasíliA
Incentivo fiscal tem data de validade, diz novo ministro do Esporte
O baiano Orlando Silva Júnior, 34, tornou-se um dos mais jovens ministros da história ao assumir a pasta do Esporte na tarde de ontem.Em entrevista à Folha, ele diz que a lei de incentivo fiscal, maior reivindicação de atletas e dirigentes e que foi anunciada por Lula, tem de ter prazo de validade.É parte de seu mantra que dirigentes e atletas terão de retribuir o apoio que vêm recebendo do Estado aprendendo a andar com suas próprias pernas. Silva Júnior pede ainda que, em troca da iminente sanção da Timemania e o apoio para a realização da Copa de 2014 no Brasil, o esporte mostre-se como uma opção sedutora ao investimento privado.
Folha - O ministro Agnelo Queiroz foi alvo de críticas por sua proximidade com o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, e com cartolas do futebol. Como era o relacionamento deles?
Orlando Silva Júnior - A impressão que eu tenho é que o Ministério do Esporte mantém uma relação institucional com o COB, com os clubes, com a CBF, com as entidades que administram o esporte. Nossa perspectiva é manter a relação institucional.
Folha - O que muda com sua gestão à frente do Esporte?Silva Júnior - Diferenças de estilo, visões ou diferenças de ponto de vista talvez sejam melhor apuradas ao final de minha gestão.
Folha - O Brasil é um dos países em que mais se investe verba pública no esporte. O esporte não precisa andar com as próprias pernas?Silva Júnior - Pensando amplamente, não apenas no alto rendimento, acredito que ainda se investe pouco no esporte brasileiro. Se investíssemos mais no esporte, gastaríamos menos com saúde, qualificaríamos mais as atividades de educação, teríamos um ambiente social mais pacificado. Acredito que o esporte brasileiro precisa de mais fontes de financiamento. Daí a criação da lei de incentivo para o esporte [anunciada por Lula], para atrairmos o capital privado e deixarmos de ter só recursos públicos [no esporte].
Folha - Mas com o incentivo fiscal a conta não acaba de novo sendo paga pelo governo?Silva Júnior - Nenhum setor da vida brasileira se desenvolveu sem incentivo fiscal. Veja a implantação da indústria automobilística, petroquímica, metalúrgica. A cultura é outro exemplo. Se o setor privado investir no esporte, perceber o retorno, sobretudo em imagem, acredito que possamos ter uma presença permanente da área privada. Trata-se de um incentivo, e todo incentivo é transitório. É para o investidor experimentar, compreender as vantagens que pode ter. [A lei de incentivo] terá de vigorar o tempo necessário para alterar a cultura do empresariado até eles perceberem o retorno. Ao longo do tempo, o Estado pode, paulatinamente, reduzir sua renúncia fiscal até ficar claro para o privado que isso dá retorno.
Folha - Qual será a contrapartida das empresas? Elas arcarão com o investimento?Silva Júnior - Essa é a idéia, mas tem que ser uma renúncia que atraia as empresas. Não adianta exigir uma contrapartida que, na prática, fará da lei uma letra morta.
Folha - Foi dito que o incentivo fiscal visa o Pan. É realista achar que seu efeito em um ano fará tanta diferença?Silva Júnior - A lei de incentivo terá uma repercussão grande desde seu início. Nossa experiência com o Bolsa-Atleta, que é um programa que ajuda atletas que não têm patrocínio, revelou que há atletas de altíssimo nível que poderiam se desenvolver mais. Como você já tem um contingente de atletas em fase bastante desenvolvida, mas com pouco suporte financeiro, imediatamente você tem o impacto da lei de incentivo.
Folha - Mas o senhor acha que algumas medalhas no Pan serão decididas por causa da lei?Silva Júnior - Pode ser uma ajuda a mais. É evidente que a formação de um atleta pode levar até dez anos. Agora, se você tem um suporte material, se ele participa de mais competições internacionais, repercute em seu rendimento.
Folha - A Timemania também tem de ter prazo de validade?Silva Júnior - É diferente, porque a Timemania não é incentivo, é loteria que usa um patrimônio dos clubes, seus símbolos. É uma fonte de receita permanente. Depois do prazo de 180 meses para o pagamento da dívida, os recursos gerados se transformam em receita nova para os clubes.
Folha - Além da Timemania, quais suas outras preocupações para com o futebol?Silva Júnior - A receita dos clubes é um problema estratégico. É preciso desenvolver mecanismos para que os clubes ampliem as fontes de rendimentos. Nossa agenda valoriza a criação de receitas para os times para que eles tenham capacidade de investimento maior. A TV é uma fonte estratégica, mas os estádios estão vazios. O trabalho de segurança [com a Comissão Interministerial para a Paz no Esporte], que colabora com o conforto dos torcedores, servirá para aumentar a receita dos clubes. Há o problema da pirataria. Precisamos de uma cultura que valorize os produtos dos clubes.
Folha - Por que o Pan virou uma dor de cabeça?Silva Júnior - [Silêncio]. O Pan não virou uma dor de cabeça. O Pan será uma grande realização do esporte brasileiro. Será uma edição histórica, e confio que o Rio estará pronto em tempo hábil para os eventos-testes e que a competição seja de alto nível. Nós, do governo federal, temos cumprido à risca o cronograma, temos assumido novas tarefas e as honrado porque entendemos que os Jogos Pan-Americanos não são só do Rio de Janeiro, mas do Brasil.
Folha - É curioso que o senhor diga isso. O prefeito do Rio, Cesar Maia, vem repetindo que "o Lula precisa entender que o Pan é do Brasil todo, e não só do Rio".Silva Júnior - O presidente Lula tem dado máxima atenção aos Jogos. Há um projeto de segurança pública vinculado ao Pan que deixará legado importante ao Rio. As tarefas vinculadas à Vila do Pan se viabilizaram por financiamento da Caixa [Econômica Federal] por recomendação do presidente. O investimento que o Esporte vai fazer diretamente está viabilizado por recomendação do presidente. O presidente não está interessado em polêmicas pela imprensa com governos ou prefeituras.
Folha - Por que Maia reclama?Silva Júnior - Tem que perguntar a ele. O governo tem suas responsabilidades, não se preocupa com as reclamações alheias.
Folha - O que o senhor achou do aumento da fatia do governo federal no orçamento do Pan?Silva Júnior - [Silêncio]. Por ser um fato inédito, talvez o planejamento inicial tenha pecado, inclusive no lado orçamentário.
Folha - O senhor diria que o Rio emitiu um cheque que agora tem de ser pago pelo governo federal?Silva Júnior - A responsabilidade solidária que o governo federal tem com o Pan foi assumida pela gestão anterior. Foi um compromisso internacional bancado e honrado por esse governo.
Folha - Por que o Co-Rio não obtém dinheiro para bancar o Pan com a iniciativa privada?Silva Júnior - Pergunte a eles.
Folha - O senhor apóia a disputa da Copa do Mundo no Brasil?Silva Júnior - O Lula falou entusiasticamente da importância de o Brasil voltar a abrigar uma Copa. É uma boa oportunidade para que a gente possa ter estádios mais modernos.Folha - O senhor acha que os estádios têm condições de receber as partidas do Mundial?Silva Júnior - Não é questão de achar. A Fifa estabelece critérios. Os estádios brasileiros não estão adequados ao padrão da Fifa. Suponho que a maioria dos locais que vão abrigar jogos da Copa no Brasil terão de ser construídos.
Folha - Quem pagará a conta pela modernização dos estádios?Silva Júnior - O ministério vai participar do projeto para receber a Copa, juntamente com outros órgãos governamentais e também com o setor privado. Uma Copa do Mundo mobiliza as pessoas. Mas seria importante se tivéssemos a participação da iniciativa privada no financiamento dos estádios.
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Até 66, bola da Copa do Mundo estava livre de propaganda
CURIOSIDADE
13/04/2006 - 10h43 - LUÍS FERRARIda Folha de S.Paulo
Até 66, bola da Copa do Mundo estava livre de propaganda
Nas primeiras oito Copas do Mundo, a marca da bola não entrou na história. Naquela época, as fabricantes de bola usadas em competições promovidas pela Fifa não exploravam tal fato comercialmente.Só em 1970, último Mundial em que o campeão (Brasil) levantou a taça Jules Rimet, é que a Adidas firmou contrato com a entidade que comanda o futebol mundial para virar sua fornecedora oficial, condição que mantém desde então, por meio de prorrogações do acordo.No ano passado, a Fifa e a empresa renovaram o compromisso até o Mundial de 2014 --que o Brasil quer organizar. Para manter a condição de fornecedora oficial, a Adidas investirá US$ 351 milhões (R$ 751,14 milhões) em sete anos, a partir da próxima temporada. Na final da primeira Copa, em 1930, a bola foi objeto de controvérsia. Uruguaios e argentinos queriam usar as próprias bolas. A solução foi começar a partida com a argentina e usar a uruguaia durante o segundo tempo. O desfecho do choque indica que ambos tinham razão em seus argumentos. Os argentinos foram para o intervalo vencendo por 2 a 1. Mas levaram a virada com a bola dos rivais, e o jogo acabou 4 a 2 para os donos da casa.
13/04/2006 - 10h43 - LUÍS FERRARIda Folha de S.Paulo
Até 66, bola da Copa do Mundo estava livre de propaganda
Nas primeiras oito Copas do Mundo, a marca da bola não entrou na história. Naquela época, as fabricantes de bola usadas em competições promovidas pela Fifa não exploravam tal fato comercialmente.Só em 1970, último Mundial em que o campeão (Brasil) levantou a taça Jules Rimet, é que a Adidas firmou contrato com a entidade que comanda o futebol mundial para virar sua fornecedora oficial, condição que mantém desde então, por meio de prorrogações do acordo.No ano passado, a Fifa e a empresa renovaram o compromisso até o Mundial de 2014 --que o Brasil quer organizar. Para manter a condição de fornecedora oficial, a Adidas investirá US$ 351 milhões (R$ 751,14 milhões) em sete anos, a partir da próxima temporada. Na final da primeira Copa, em 1930, a bola foi objeto de controvérsia. Uruguaios e argentinos queriam usar as próprias bolas. A solução foi começar a partida com a argentina e usar a uruguaia durante o segundo tempo. O desfecho do choque indica que ambos tinham razão em seus argumentos. Os argentinos foram para o intervalo vencendo por 2 a 1. Mas levaram a virada com a bola dos rivais, e o jogo acabou 4 a 2 para os donos da casa.
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Lula reafirma apoio a CBF para ter Copa-2014 no país
o que foi dito em 2006
04/04/2006 - 10h35 =da Folha de S.Paulo
Lula reafirma apoio a CBF para ter Copa-2014 no país
Ao receber o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou seu apoio à candidatura brasileira à Copa do Mundo-2014. Segundo o cartola, Lula afirmou que o país tem condições para receber o Mundial.A audiência de Teixeira com o presidente aconteceu no mesmo dia em que foram empossados os nove novos ministros. Como conseqüência, participaram do encontro o novo titular da pasta de Esporte, Orlando Silva, que substituiu Agnelo de Queiroz. "Ele [Lula] acha que o Brasil, depois de 64 anos, terá condições de fazer uma Copa do Mundo e prometeu apoio para a realização do evento, porque o futebol brasileiro e o país merecem", comentou Teixeira, segundo relato da Agência Brasil.Ao site da CBF, o dirigente disse que Lula que quer atuar como embaixador da candidatura brasileira na Fifa. A decisão sobre o Mundial-2014 deve acontecer no final do ano.Se o rodízio de continentes da Fifa for respeitado, o Brasil deverá ser vencedor da disputa. Teixeira entregou uma camisa da seleção ao presidente e uma carta do presidente da Fifa, Joseph Blatter. Segundo agências, o cartola da federação elogiou Lula por ter lhe enviado uma carta pedindo medidas punitivas contra o racismo no futebol. De acordo com Teixeira, o presidente enviou sugestões de penas como a eliminação de times por reincidência de ofensas racistas.
04/04/2006 - 10h35 =da Folha de S.Paulo
Lula reafirma apoio a CBF para ter Copa-2014 no país
Ao receber o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou seu apoio à candidatura brasileira à Copa do Mundo-2014. Segundo o cartola, Lula afirmou que o país tem condições para receber o Mundial.A audiência de Teixeira com o presidente aconteceu no mesmo dia em que foram empossados os nove novos ministros. Como conseqüência, participaram do encontro o novo titular da pasta de Esporte, Orlando Silva, que substituiu Agnelo de Queiroz. "Ele [Lula] acha que o Brasil, depois de 64 anos, terá condições de fazer uma Copa do Mundo e prometeu apoio para a realização do evento, porque o futebol brasileiro e o país merecem", comentou Teixeira, segundo relato da Agência Brasil.Ao site da CBF, o dirigente disse que Lula que quer atuar como embaixador da candidatura brasileira na Fifa. A decisão sobre o Mundial-2014 deve acontecer no final do ano.Se o rodízio de continentes da Fifa for respeitado, o Brasil deverá ser vencedor da disputa. Teixeira entregou uma camisa da seleção ao presidente e uma carta do presidente da Fifa, Joseph Blatter. Segundo agências, o cartola da federação elogiou Lula por ter lhe enviado uma carta pedindo medidas punitivas contra o racismo no futebol. De acordo com Teixeira, o presidente enviou sugestões de penas como a eliminação de times por reincidência de ofensas racistas.
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Para Ricardo Teixeira, Brasil não tem estádios para Copa
O QUE FOI DITO EM 2006
27/03/2006 - 11h18 - da Folha de S.Paulo
Para Ricardo Teixeira, Brasil não tem estádios para Copa
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, afirmou que, se quiser receber o Mundial de 2014, que deve ser na América do Sul, o país teria de construir de oito a dez novos estádios. Teixeira acredita que a verba para as obras possa sair da iniciativa privada.Segundo ele, apenas a Kyocera Arena, do Atlético-PR, teria condições próximas às exigidas pela Fifa.Em entrevista ao "Jornal do Brasil", o dirigente também afirmou que confia em Ronaldo e Adriano e que eles terão tempo para se recuperar até a Copa.
27/03/2006 - 11h18 - da Folha de S.Paulo
Para Ricardo Teixeira, Brasil não tem estádios para Copa
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, afirmou que, se quiser receber o Mundial de 2014, que deve ser na América do Sul, o país teria de construir de oito a dez novos estádios. Teixeira acredita que a verba para as obras possa sair da iniciativa privada.Segundo ele, apenas a Kyocera Arena, do Atlético-PR, teria condições próximas às exigidas pela Fifa.Em entrevista ao "Jornal do Brasil", o dirigente também afirmou que confia em Ronaldo e Adriano e que eles terão tempo para se recuperar até a Copa.
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Sem concorrência, CBF renova contrato com Nike
15/04/2006 - 11h17 -RODRIGO MATTOSda Folha de S.Paulo
Sem concorrência, CBF renova contrato com Nike
A camisa da seleção terá a marca da Nike por mais 12 anos sem que tenha havido uma disputa comercial. A CBF renovou o contrato com a empresa sem abrir concorrência ou consultar suas rivais --não obteve nenhum reajuste no total pago atualmente.O novo acordo prevê o pagamento de US$ 12 milhões (R$ 25 milhões) por ano, mesmo valor atual. Até 2002, o contrato era de US$ 160 milhões (R$ 342 milhões) por dez anos, mas houve desconto de 25% em revisão que excluiu os amistosos.Ainda há premiação de US$ 6 milhões (R$ 12,5 milhões) para conquista da Copa.A assessoria de imprensa da confederação confirmou a extensão do acordo, mas não deu detalhes sobre esse. Por meio de sua assessoria, a Nike disse que nada tinha a informar sobre o assunto.O novo acordo incluirá a Copa-2014, na qual o Brasil pode ser o país sede, pois o rodízio da Fifa prevê a competição na América do Sul. A competição tem peso nas negociações comerciais da entidade, pois valoriza a seleção.Mesmo assim, a Folha apurou que a diretoria da confederação avaliou que tem uma parceria estratégica com a Nike e, portanto, não havia sentido ouvir outras produtoras de material esportivo --entidade de direito privado que não recebe dinheiro públicos, a CBF não é obrigada a fazê-lo."Não fomos procurados", confirmou o diretor de marketing da Reebok, Túllio Formicola. "Quando acabam seus contratos, os clubes costumam avisar as empresas ou abrir licitação."Para o executivo, não há dúvidas de que, se a Copa-2014 for no Brasil, a seleção será ainda mais valiosa no mercado interno.No São Paulo, a diretoria aumentou os valores de seu patrocínio por meio de concorrência. "Buscamos o melhor preço, dentro de algumas exigências", contou o diretor de Planejamento são-paulino, João Paulo Lopes, que trocou a Topper pela Reebok.Ao manter a seleção, a Nike conquistou ponto na disputa do mercado do futebol com Adidas e Puma. A equipe é o seu carro-chefe. Mas pagou bem menos do que ao Manchester United, que tem contrato de US$ 458 milhões (R$ 981 milhões) por 13 anos.O novo contrato deve excluir jogos organizados pela empresa e imposições de convocações, previstos inicialmente. Esse itens foram investigados pela CPI da Câmara, sem conclusão. Diretores da Nike já tinham afirmado que essas cláusulas não deveriam constar da renovação do contrato.
Sem concorrência, CBF renova contrato com Nike
A camisa da seleção terá a marca da Nike por mais 12 anos sem que tenha havido uma disputa comercial. A CBF renovou o contrato com a empresa sem abrir concorrência ou consultar suas rivais --não obteve nenhum reajuste no total pago atualmente.O novo acordo prevê o pagamento de US$ 12 milhões (R$ 25 milhões) por ano, mesmo valor atual. Até 2002, o contrato era de US$ 160 milhões (R$ 342 milhões) por dez anos, mas houve desconto de 25% em revisão que excluiu os amistosos.Ainda há premiação de US$ 6 milhões (R$ 12,5 milhões) para conquista da Copa.A assessoria de imprensa da confederação confirmou a extensão do acordo, mas não deu detalhes sobre esse. Por meio de sua assessoria, a Nike disse que nada tinha a informar sobre o assunto.O novo acordo incluirá a Copa-2014, na qual o Brasil pode ser o país sede, pois o rodízio da Fifa prevê a competição na América do Sul. A competição tem peso nas negociações comerciais da entidade, pois valoriza a seleção.Mesmo assim, a Folha apurou que a diretoria da confederação avaliou que tem uma parceria estratégica com a Nike e, portanto, não havia sentido ouvir outras produtoras de material esportivo --entidade de direito privado que não recebe dinheiro públicos, a CBF não é obrigada a fazê-lo."Não fomos procurados", confirmou o diretor de marketing da Reebok, Túllio Formicola. "Quando acabam seus contratos, os clubes costumam avisar as empresas ou abrir licitação."Para o executivo, não há dúvidas de que, se a Copa-2014 for no Brasil, a seleção será ainda mais valiosa no mercado interno.No São Paulo, a diretoria aumentou os valores de seu patrocínio por meio de concorrência. "Buscamos o melhor preço, dentro de algumas exigências", contou o diretor de Planejamento são-paulino, João Paulo Lopes, que trocou a Topper pela Reebok.Ao manter a seleção, a Nike conquistou ponto na disputa do mercado do futebol com Adidas e Puma. A equipe é o seu carro-chefe. Mas pagou bem menos do que ao Manchester United, que tem contrato de US$ 458 milhões (R$ 981 milhões) por 13 anos.O novo contrato deve excluir jogos organizados pela empresa e imposições de convocações, previstos inicialmente. Esse itens foram investigados pela CPI da Câmara, sem conclusão. Diretores da Nike já tinham afirmado que essas cláusulas não deveriam constar da renovação do contrato.
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Ricardo Teixeira consegue aval para ampliar mandato na CBF
O QUE FOI DITO EM 2006
19/04/2006 - 10h41 =SÉRGIO RANGELda Folha de S.Paulo, no Rio
Ricardo Teixeira consegue aval para ampliar mandato na CBF
Único pré-candidato anunciado, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, conseguiu a aprovação ontem da ampliação do tempo do mandato que sucederá o atual.Em decisão da assembléia geral da confederação, subiu de quatro para, pelo menos, sete anos o período de permanência do próximo presidente no cargo. Desde 1989 no comando da CBF, o dirigente usou a provável vitória do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 como argumento para convencer presidentes de federações a aprovarem a mudança do estatuto. A proposta passou por unanimidade. Por ela, caso a Fifa realize a Copa no país, o vencedor ficará no cargo até a assembléia geral que apreciará as contas da entidade depois do Mundial, prevista para abril de 2015. O próximo mandato começa em janeiro de 2008. "Quem for eleito em 2007 terá o mandato definido até depois de 2015. Não é prorrogação. Não estamos mudando nada neste mandato agora", disse Teixeira, que já anunciou que concorrerá.Se a candidatura do Brasil for derrotada na Fifa, o mandato terá só quatro anos. Com a mudança no estatuto, não ocorrerá a eleição de 2011, três anos antes do início do Mundial, se o Brasil for a sede. Ao justificar a decisão como proposta na reunião de ontem, Teixeira disse que a organização brasileira não pode ter descontinuidade, problema que identifica na preparação do Pan 2007."Vão ocorrer muitas mudanças de governos no período [do Pan]. Teremos eleições estaduais e uma presidencial. Temos que ter uma estrutura que dê garantias definitivas à direção da Fifa, que será a mesma de 2008 a 2014", disse. Se reeleito, ele ficará 26 anos no cargo. Neste ano, Teixeira já superou a marca de João Havelange, que comandou a antiga CBD por 16 anos, de 1958 a 1974. Teixeira soma 17 anos na entidade. Sua primeira eleição na CBF teve o apoio de Havelange, seu ex-sogro."Esta solução praticamente garante o Brasil como sede em 2014. Gostei mais ainda porque foi na sessão que fui presidente", disse Delfim Peixoto, presidente da Federação de Santa Catarina. O evento foi realizado em um hotel da Barra, zona oeste do Rio. Peixoto também tinha outros motivos para comemorar. Foi um dos premiados no sorteio realizado após a reunião, com que a CBF escolheu dez presidentes de federações para assistirem à Copa. O pacote incluía vôos, hospedagem e ingressos para os jogos. Todos podem levar um acompanhante.
19/04/2006 - 10h41 =SÉRGIO RANGELda Folha de S.Paulo, no Rio
Ricardo Teixeira consegue aval para ampliar mandato na CBF
Único pré-candidato anunciado, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, conseguiu a aprovação ontem da ampliação do tempo do mandato que sucederá o atual.Em decisão da assembléia geral da confederação, subiu de quatro para, pelo menos, sete anos o período de permanência do próximo presidente no cargo. Desde 1989 no comando da CBF, o dirigente usou a provável vitória do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 como argumento para convencer presidentes de federações a aprovarem a mudança do estatuto. A proposta passou por unanimidade. Por ela, caso a Fifa realize a Copa no país, o vencedor ficará no cargo até a assembléia geral que apreciará as contas da entidade depois do Mundial, prevista para abril de 2015. O próximo mandato começa em janeiro de 2008. "Quem for eleito em 2007 terá o mandato definido até depois de 2015. Não é prorrogação. Não estamos mudando nada neste mandato agora", disse Teixeira, que já anunciou que concorrerá.Se a candidatura do Brasil for derrotada na Fifa, o mandato terá só quatro anos. Com a mudança no estatuto, não ocorrerá a eleição de 2011, três anos antes do início do Mundial, se o Brasil for a sede. Ao justificar a decisão como proposta na reunião de ontem, Teixeira disse que a organização brasileira não pode ter descontinuidade, problema que identifica na preparação do Pan 2007."Vão ocorrer muitas mudanças de governos no período [do Pan]. Teremos eleições estaduais e uma presidencial. Temos que ter uma estrutura que dê garantias definitivas à direção da Fifa, que será a mesma de 2008 a 2014", disse. Se reeleito, ele ficará 26 anos no cargo. Neste ano, Teixeira já superou a marca de João Havelange, que comandou a antiga CBD por 16 anos, de 1958 a 1974. Teixeira soma 17 anos na entidade. Sua primeira eleição na CBF teve o apoio de Havelange, seu ex-sogro."Esta solução praticamente garante o Brasil como sede em 2014. Gostei mais ainda porque foi na sessão que fui presidente", disse Delfim Peixoto, presidente da Federação de Santa Catarina. O evento foi realizado em um hotel da Barra, zona oeste do Rio. Peixoto também tinha outros motivos para comemorar. Foi um dos premiados no sorteio realizado após a reunião, com que a CBF escolheu dez presidentes de federações para assistirem à Copa. O pacote incluía vôos, hospedagem e ingressos para os jogos. Todos podem levar um acompanhante.
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Para Blatter, Brasil perde Copa-2014 só para si mesmo
o que foi dito em 2006
PAULO COBOSda Folha de S.Paulo, em Zurique (SUI)-20/05/2006 - 09h24
Para Blatter, Brasil perde Copa-2014 só para si mesmo
O Brasil só precisa fazer a lição de casa para receber a Copa do Mundo de 2014. E isso passa por garantir a segurança e evitar que casos como a onda de violência que assola São Paulo se repita. Quem afirma isso é Joseph Blatter, o presidente da Fifa, que deu ontem entrevista para alguns jornais, incluindo a Folha de S.Paulo, na sede da entidade, na Suíça."Ficou decidido que, pelo rodízio, a Copa de 2014 será na América do Sul. Recebi comunicado da Conmebol [a Confederação Sul-Americana de Futebol] dizendo que todos os países da região estão de acordo que o Brasil seja a sede. Assim, em 2008, quando será decidido o assunto, o Brasil será escolhido se cumprir o caderno de encargos, que é exatamente o mesmo que foi usado para a escolha de 2010 [África do Sul]", afirmou Blatter, que, pelo menos no discurso, acaba com a possibilidade de o Canadá também postular sua candidatura para 2014. Questionado a respeito da matança de policiais e o revide do crime organizado que vigoram em São Paulo, o cartola afirmou acompanhar o caso de perto."É uma atrocidade, como outras que acontecem atualmente."Depois, não deixou claro se isso poderia atrapalhar o Brasil, mas frisou que a segurança é um dos pontos decisivos na escolha do país-sede de um Mundial. "A segurança é muito importante, mas não é assunto da Fifa. Os governos anfitriões é que são responsáveis por ela", resumiu Blatter, lembrando que a Alemanha precisou garantir a segurança na sua candidatura para a competição que começa em 9 de junho. O cartola suíço foi evasivo se, caso seja mantida a situação atual, o Brasil poderá organizar um Mundial, que hoje tem seleções de 32 países na disputa e recebe milhares de turistas. "Não sou um profeta. A Copa do Mundo na América do Sul será só em 2014."No caderno de encargos, o item segurança tem destaque. São feitas exigências que vão desde a confecção de ingressos nominais até todo o aparato e infra-estrutura no entorno dos estádios. Blatter teceu outros comentários sobre as chances brasileiras para 2014. Disse que recebeu uma carta da federação chilena negando que o país, um oásis de crescimento contínuo na penúria sul-americana, tenha o desejo de competir com o Brasil. E também voltou a afirmar que na sua gestão não será permitida a escolha de duas sedes, como aconteceu em 2002 com Coréia do Sul e Japão. Questionado sobre o Maracanã, ele fugiu do assunto quando questionado se o local deveria estar na lista dos estádios que serão utilizados. "Isso vai estar definido na proposta dos brasileiros", afirmou o presidente da Fifa. O governo Lula, que reduziu os investimentos em segurança, já sinalizou que vai apoiar a candidatura que será apresentada pela Confederação Brasileira de Futebol. Pela agenda de Ricardo Teixeira, o presidente da entidade, a prioridade atual é a construção e a remodelação de estádios. No poder desde 1989, Teixeira já deixou claro que pretende continuar no cargo até que o Brasil volte a abrigar uma Copa, o que não acontece há 56 anos --até hoje só Itália, França, México e, agora, Alemanha tiveram o privilégio de abrigar o Mundial em mais de uma oportunidade. Uma Copa no território nacional, o que daria à seleção brasileira mais chances de ganhar a taça e aumentar ainda mais o seu domínio dos últimos anos, não assusta Blatter por esse prisma."O Brasil tem méritos, e a sua popularidade é boa", concluiu o cartola, que fez troça quando lembrado que a supremacia brasileira pode causar algo parecido à monotonia da principal categoria do automobilismo nos tempos áureos do piloto alemão Michael Schumacher. "Não compare o circo da F-1 com a Copa."
PAULO COBOSda Folha de S.Paulo, em Zurique (SUI)-20/05/2006 - 09h24
Para Blatter, Brasil perde Copa-2014 só para si mesmo
O Brasil só precisa fazer a lição de casa para receber a Copa do Mundo de 2014. E isso passa por garantir a segurança e evitar que casos como a onda de violência que assola São Paulo se repita. Quem afirma isso é Joseph Blatter, o presidente da Fifa, que deu ontem entrevista para alguns jornais, incluindo a Folha de S.Paulo, na sede da entidade, na Suíça."Ficou decidido que, pelo rodízio, a Copa de 2014 será na América do Sul. Recebi comunicado da Conmebol [a Confederação Sul-Americana de Futebol] dizendo que todos os países da região estão de acordo que o Brasil seja a sede. Assim, em 2008, quando será decidido o assunto, o Brasil será escolhido se cumprir o caderno de encargos, que é exatamente o mesmo que foi usado para a escolha de 2010 [África do Sul]", afirmou Blatter, que, pelo menos no discurso, acaba com a possibilidade de o Canadá também postular sua candidatura para 2014. Questionado a respeito da matança de policiais e o revide do crime organizado que vigoram em São Paulo, o cartola afirmou acompanhar o caso de perto."É uma atrocidade, como outras que acontecem atualmente."Depois, não deixou claro se isso poderia atrapalhar o Brasil, mas frisou que a segurança é um dos pontos decisivos na escolha do país-sede de um Mundial. "A segurança é muito importante, mas não é assunto da Fifa. Os governos anfitriões é que são responsáveis por ela", resumiu Blatter, lembrando que a Alemanha precisou garantir a segurança na sua candidatura para a competição que começa em 9 de junho. O cartola suíço foi evasivo se, caso seja mantida a situação atual, o Brasil poderá organizar um Mundial, que hoje tem seleções de 32 países na disputa e recebe milhares de turistas. "Não sou um profeta. A Copa do Mundo na América do Sul será só em 2014."No caderno de encargos, o item segurança tem destaque. São feitas exigências que vão desde a confecção de ingressos nominais até todo o aparato e infra-estrutura no entorno dos estádios. Blatter teceu outros comentários sobre as chances brasileiras para 2014. Disse que recebeu uma carta da federação chilena negando que o país, um oásis de crescimento contínuo na penúria sul-americana, tenha o desejo de competir com o Brasil. E também voltou a afirmar que na sua gestão não será permitida a escolha de duas sedes, como aconteceu em 2002 com Coréia do Sul e Japão. Questionado sobre o Maracanã, ele fugiu do assunto quando questionado se o local deveria estar na lista dos estádios que serão utilizados. "Isso vai estar definido na proposta dos brasileiros", afirmou o presidente da Fifa. O governo Lula, que reduziu os investimentos em segurança, já sinalizou que vai apoiar a candidatura que será apresentada pela Confederação Brasileira de Futebol. Pela agenda de Ricardo Teixeira, o presidente da entidade, a prioridade atual é a construção e a remodelação de estádios. No poder desde 1989, Teixeira já deixou claro que pretende continuar no cargo até que o Brasil volte a abrigar uma Copa, o que não acontece há 56 anos --até hoje só Itália, França, México e, agora, Alemanha tiveram o privilégio de abrigar o Mundial em mais de uma oportunidade. Uma Copa no território nacional, o que daria à seleção brasileira mais chances de ganhar a taça e aumentar ainda mais o seu domínio dos últimos anos, não assusta Blatter por esse prisma."O Brasil tem méritos, e a sua popularidade é boa", concluiu o cartola, que fez troça quando lembrado que a supremacia brasileira pode causar algo parecido à monotonia da principal categoria do automobilismo nos tempos áureos do piloto alemão Michael Schumacher. "Não compare o circo da F-1 com a Copa."
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Copa no Brasil ainda é só desejo, diz presidente da Fifa
O QUE FOI DITO EM 2005
21/12/2005 - 11h04 --FÁBIO VICTORda Folha de S.Paulo, em Zurique
Copa no Brasil ainda é só desejo, diz presidente da Fifa
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou ontem que a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, dada como certa pela CBF e por boa parte da comunidade futebolística do país, está longe de ser uma garantia.Conforme o rodízio continental definido pela entidade que rege o futebol mundial, a edição de 2014 será mesmo na América do Sul. Também é fato que a Conmebol (Confederação Sul-Americana) já se posicionou favorável a uma candidatura única do Brasil.Mas, questionado pela Folha se a certeza do Brasil tinha respaldo na Fifa, o dirigente falou em outros candidatos no continente e enumerou obstáculos, deixando claro que por ora o projeto brasileiro não pode ser considerado muito mais do que um desejo."A única decisão tomada pelo Comitê Executivo da Fifa é que a Copa de 2014 será disputada na América do Sul, mas ainda não abrimos as inscrições de candidaturas, e todas as confederações nacionais podem apresentar uma. Se haverá só uma... não sei, talvez duas ou três. Sei que o Chile está considerando uma candidatura, talvez a Bolívia e outros países em conjunto", disse.O Chile, que já foi sede do Mundial de 1962, é hoje o país com os melhores índices sócio-econômicos do continente."Não posso prever o futuro, mas o Brasil não deveria estar tão certo de que vai organizar a Copa, porque há um caderno de encargos, e o país terá de atender a todas essas exigências", prosseguiu o dirigente suíço.Diante do sorriso de uma repórter à resposta, Blatter ainda provocou: "Você está rindo, mas organizar uma Copa do Mundo é uma coisa muito séria. Não é somente Copacabana".O dirigente deu as declarações após uma entrevista coletiva em Zurique na qual fez um balanço do ano e traçou planos para 2006. Atendeu por alguns minutos três jornalistas brasileiros para questões relativas ao país.O "choque de realidade" de Blatter é um alerta para o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que há anos acalenta o sonho de trazer de novo o Mundial para o Brasil. No cargo desde 1989, o cartola dá sinais de que pretende seguir no comando da confederação até 2014 só por causa do projeto, ao qual dedica hoje boa parte de suas articulações políticas.Tem se reunido com políticos em busca de apoio, já foi a Brasília fazer lobby e fez promessas a dirigentes de federações de que seus Estados seriam agraciados com uma das sedes do torneio.Tem o governo federal como aliado: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já revelou em diversas ocasiões seu entusiasmo com a idéia, abraçada com fervor também pelo ministro do Esporte, Agnelo Queiroz.As candidaturas à sede da Copa de 2014 serão apresentadas no ano que vem, e a escolha acontece em 2008. O Mundial de 2010 terá lugar na África do Sul.Escândalo da arbitragemNum outro indício de que sua relação com Teixeira, cuja aspiração é um dia se sentar na cadeira hoje ocupada pelo suíço, pode estar menos afinada do que sugerem as aparências, Blatter insinuou que foi infeliz a decisão de anular os jogos do Brasileiro apitados pelo juiz Edilson Pereira de Carvalho, envolvido em escândalo de manipulação de resultados.As 11 partidas foram repetidas, o que permitiu ao Corinthians levar o título. Tratou-se de uma decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), em tese desvinculado da CBF, mas Blatter reverteu a responsabilidade para a confederação."Isso é um problema da CBF, que resolveu pelo cancelamento. Dei a eles um conselho de como agir, mas eles fizeram o que achavam que tinham de fazer. Não posso dizer mais do que isso. Eles fizeram, então devem encarar os problemas. Na Alemanha [onde ocorreu escândalo semelhante], eles não cancelaram os jogos."Após a conquista corintiana, um torcedor do Inter, que teria levado a taça caso os resultados originais tivessem sido mantidos, foi à Justiça para impedir a CBF de declarar o time paulista campeão, mas, depois, acabou recuando.Blatter, porém, elogiou a forma como a CBF e as autoridades brasileiras agiram no caso. "Fizeram um trabalho muito bom e muito rápido", afirmou ele, que contou ter recebido a visita na sede da Fifa de um inspetor de polícia brasileiro para tratar da questão.O dirigente falou ainda do êxodo de craques brasileiros para o exterior. Disse que não há como limitar o número de atletas negociados, mas que é possível controlar melhor o mercado. "É uma questão com a qual nos preocupamos e que está sendo discutida entre as confederações e a Corte Arbitral do Esporte."
21/12/2005 - 11h04 --FÁBIO VICTORda Folha de S.Paulo, em Zurique
Copa no Brasil ainda é só desejo, diz presidente da Fifa
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou ontem que a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, dada como certa pela CBF e por boa parte da comunidade futebolística do país, está longe de ser uma garantia.Conforme o rodízio continental definido pela entidade que rege o futebol mundial, a edição de 2014 será mesmo na América do Sul. Também é fato que a Conmebol (Confederação Sul-Americana) já se posicionou favorável a uma candidatura única do Brasil.Mas, questionado pela Folha se a certeza do Brasil tinha respaldo na Fifa, o dirigente falou em outros candidatos no continente e enumerou obstáculos, deixando claro que por ora o projeto brasileiro não pode ser considerado muito mais do que um desejo."A única decisão tomada pelo Comitê Executivo da Fifa é que a Copa de 2014 será disputada na América do Sul, mas ainda não abrimos as inscrições de candidaturas, e todas as confederações nacionais podem apresentar uma. Se haverá só uma... não sei, talvez duas ou três. Sei que o Chile está considerando uma candidatura, talvez a Bolívia e outros países em conjunto", disse.O Chile, que já foi sede do Mundial de 1962, é hoje o país com os melhores índices sócio-econômicos do continente."Não posso prever o futuro, mas o Brasil não deveria estar tão certo de que vai organizar a Copa, porque há um caderno de encargos, e o país terá de atender a todas essas exigências", prosseguiu o dirigente suíço.Diante do sorriso de uma repórter à resposta, Blatter ainda provocou: "Você está rindo, mas organizar uma Copa do Mundo é uma coisa muito séria. Não é somente Copacabana".O dirigente deu as declarações após uma entrevista coletiva em Zurique na qual fez um balanço do ano e traçou planos para 2006. Atendeu por alguns minutos três jornalistas brasileiros para questões relativas ao país.O "choque de realidade" de Blatter é um alerta para o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que há anos acalenta o sonho de trazer de novo o Mundial para o Brasil. No cargo desde 1989, o cartola dá sinais de que pretende seguir no comando da confederação até 2014 só por causa do projeto, ao qual dedica hoje boa parte de suas articulações políticas.Tem se reunido com políticos em busca de apoio, já foi a Brasília fazer lobby e fez promessas a dirigentes de federações de que seus Estados seriam agraciados com uma das sedes do torneio.Tem o governo federal como aliado: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já revelou em diversas ocasiões seu entusiasmo com a idéia, abraçada com fervor também pelo ministro do Esporte, Agnelo Queiroz.As candidaturas à sede da Copa de 2014 serão apresentadas no ano que vem, e a escolha acontece em 2008. O Mundial de 2010 terá lugar na África do Sul.Escândalo da arbitragemNum outro indício de que sua relação com Teixeira, cuja aspiração é um dia se sentar na cadeira hoje ocupada pelo suíço, pode estar menos afinada do que sugerem as aparências, Blatter insinuou que foi infeliz a decisão de anular os jogos do Brasileiro apitados pelo juiz Edilson Pereira de Carvalho, envolvido em escândalo de manipulação de resultados.As 11 partidas foram repetidas, o que permitiu ao Corinthians levar o título. Tratou-se de uma decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), em tese desvinculado da CBF, mas Blatter reverteu a responsabilidade para a confederação."Isso é um problema da CBF, que resolveu pelo cancelamento. Dei a eles um conselho de como agir, mas eles fizeram o que achavam que tinham de fazer. Não posso dizer mais do que isso. Eles fizeram, então devem encarar os problemas. Na Alemanha [onde ocorreu escândalo semelhante], eles não cancelaram os jogos."Após a conquista corintiana, um torcedor do Inter, que teria levado a taça caso os resultados originais tivessem sido mantidos, foi à Justiça para impedir a CBF de declarar o time paulista campeão, mas, depois, acabou recuando.Blatter, porém, elogiou a forma como a CBF e as autoridades brasileiras agiram no caso. "Fizeram um trabalho muito bom e muito rápido", afirmou ele, que contou ter recebido a visita na sede da Fifa de um inspetor de polícia brasileiro para tratar da questão.O dirigente falou ainda do êxodo de craques brasileiros para o exterior. Disse que não há como limitar o número de atletas negociados, mas que é possível controlar melhor o mercado. "É uma questão com a qual nos preocupamos e que está sendo discutida entre as confederações e a Corte Arbitral do Esporte."
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Nuzman discorda do COI e vislumbra Copa e Olimpíada no Brasil
O QUE FOI DITO EM 2005
31/08/2005 - 14h47 == da Folha Online
Nuzman discorda do COI e vislumbra Copa e Olimpíada no Brasil
Apesar da opinião do presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Jacques Rogge, de que seria difícil para o Brasil organizar a Copa do Mundo-2014 e a também a Olimpíada-2016, o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, disse hoje que o país pode realizar os dois eventos.Para Nuzman, uma coisa inclusive ajuda a outra. "A Copa do Mundo realizada antes facilita a candidatura olímpica, pois cria uma estrutura que já seria citada no processo de candidatura", disse.Nuzman citou exemplos como os do México (Jogos Olímpicos de 1968 e Copa do Mundo de 1970), Alemanha (Jogos Olímpicos de 1972 e Copa do Mundo de 1974) e Estados Unidos (Copa do Mundo de 1994 e Jogos Olímpicos de 1996).A opinião de Rogge é diferente. "O Brasil precisa definir suas prioridades. Ouvimos falar do projeto para receber a Copa de 2014 e os Jogos de 2016. Não é impossível, mas é muito difícil organizar as duas coisas", afirmou ontem, no Rio.Como a Fifa adota o rodízio de continentes --revezamento das sedes das competições segundo critérios geográficos--, já é consenso na Conmebol que o Brasil será a sede do Mundial de 2014, de direito da América do Sul.O projeto Rio-2016 também já foi anunciado pelo COB logo que o país ficou fora da escolha para os Jogos de 2012, vencida por Londres."Conversei com o presidente Rogge pessoalmente e ele me confirmou que esta será uma decisão do governo, e que não é impossível realizar as duas competições em curto período de tempo", revelou Nuzman.
31/08/2005 - 14h47 == da Folha Online
Nuzman discorda do COI e vislumbra Copa e Olimpíada no Brasil
Apesar da opinião do presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Jacques Rogge, de que seria difícil para o Brasil organizar a Copa do Mundo-2014 e a também a Olimpíada-2016, o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, disse hoje que o país pode realizar os dois eventos.Para Nuzman, uma coisa inclusive ajuda a outra. "A Copa do Mundo realizada antes facilita a candidatura olímpica, pois cria uma estrutura que já seria citada no processo de candidatura", disse.Nuzman citou exemplos como os do México (Jogos Olímpicos de 1968 e Copa do Mundo de 1970), Alemanha (Jogos Olímpicos de 1972 e Copa do Mundo de 1974) e Estados Unidos (Copa do Mundo de 1994 e Jogos Olímpicos de 1996).A opinião de Rogge é diferente. "O Brasil precisa definir suas prioridades. Ouvimos falar do projeto para receber a Copa de 2014 e os Jogos de 2016. Não é impossível, mas é muito difícil organizar as duas coisas", afirmou ontem, no Rio.Como a Fifa adota o rodízio de continentes --revezamento das sedes das competições segundo critérios geográficos--, já é consenso na Conmebol que o Brasil será a sede do Mundial de 2014, de direito da América do Sul.O projeto Rio-2016 também já foi anunciado pelo COB logo que o país ficou fora da escolha para os Jogos de 2012, vencida por Londres."Conversei com o presidente Rogge pessoalmente e ele me confirmou que esta será uma decisão do governo, e que não é impossível realizar as duas competições em curto período de tempo", revelou Nuzman.
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Copa trava sonho olímpico do Brasil em 2016, diz Rogge
RECORDANDO O QUE FOI DITO EM 2005
31/08/2005 - 10h17 --LUÍS FERRARIda Folha de S.Paulo
Copa trava sonho olímpico do Brasil em 2016, diz Rogge
O belga Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional, praticamente descartou o sonho do Brasil de receber a Olimpíada de 2016. Motivo: a proximidade com outro evento esportivo de grande porte que o país pretende organizar."O Brasil precisa definir suas prioridades. Ouvimos falar do projeto para receber a Copa de 2014 e os Jogos de 2016. Não é impossível, mas é muito difícil organizar as duas coisas", afirmou o dirigente ontem, no Rio.Como a Fifa adota o rodízio de continentes --revezamento das sedes das competições segundo critérios geográficos--, já é consenso na Conmebol que o Brasil será a sede do Mundial de 2014, de direito da América do Sul.A declaração do principal dirigente do movimento olímpico mundial é uma menção contrária à postulação brasileira à Olimpíada de 2016. Segundo o dirigente, organizar uma Copa é muito diferente de uma Olimpíada. Ele apresentou números das duas competições para justificar a posição. "Na Copa, estão envolvidos 600 jogadores, contra 10 mil da Olimpíada. São três jogos por dia, no período em que há mais partidas. Na Olimpíada, são 28 títulos disputados em 14 dias."Porém o que o belga, cuja entidade não segue os moldes da Fifa, considerou uma missão dificílima já aconteceu antes. Os EUA receberam a Copa de 1994 e os Jogos de Atlanta, dois anos mais tarde. O mesmo ocorreu com a Alemanha Ocidental, que abrigou a Olimpíada em Munique-72 e o Mundial de futebol em 1974.Apesar de ter manifestado a dificuldade do projeto Rio-2016 --anunciado pelo COB logo que o país ficou fora da escolha para os Jogos de 2012, vencida por Londres--, Rogge elogiou a estrutura do Pan-07.Ontem, ele visitou duas obras de instalações que serão usadas na competição. Elogiou a Vila Pan-Americana e disse que sentiu uma emoção particular em conhecer o estádio João Havelange, que leva o nome de um decano do COI e seu amigo pessoal. "O fato de haver um estádio com o nome dele é um exemplo", comentou.
31/08/2005 - 10h17 --LUÍS FERRARIda Folha de S.Paulo
Copa trava sonho olímpico do Brasil em 2016, diz Rogge
O belga Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional, praticamente descartou o sonho do Brasil de receber a Olimpíada de 2016. Motivo: a proximidade com outro evento esportivo de grande porte que o país pretende organizar."O Brasil precisa definir suas prioridades. Ouvimos falar do projeto para receber a Copa de 2014 e os Jogos de 2016. Não é impossível, mas é muito difícil organizar as duas coisas", afirmou o dirigente ontem, no Rio.Como a Fifa adota o rodízio de continentes --revezamento das sedes das competições segundo critérios geográficos--, já é consenso na Conmebol que o Brasil será a sede do Mundial de 2014, de direito da América do Sul.A declaração do principal dirigente do movimento olímpico mundial é uma menção contrária à postulação brasileira à Olimpíada de 2016. Segundo o dirigente, organizar uma Copa é muito diferente de uma Olimpíada. Ele apresentou números das duas competições para justificar a posição. "Na Copa, estão envolvidos 600 jogadores, contra 10 mil da Olimpíada. São três jogos por dia, no período em que há mais partidas. Na Olimpíada, são 28 títulos disputados em 14 dias."Porém o que o belga, cuja entidade não segue os moldes da Fifa, considerou uma missão dificílima já aconteceu antes. Os EUA receberam a Copa de 1994 e os Jogos de Atlanta, dois anos mais tarde. O mesmo ocorreu com a Alemanha Ocidental, que abrigou a Olimpíada em Munique-72 e o Mundial de futebol em 1974.Apesar de ter manifestado a dificuldade do projeto Rio-2016 --anunciado pelo COB logo que o país ficou fora da escolha para os Jogos de 2012, vencida por Londres--, Rogge elogiou a estrutura do Pan-07.Ontem, ele visitou duas obras de instalações que serão usadas na competição. Elogiou a Vila Pan-Americana e disse que sentiu uma emoção particular em conhecer o estádio João Havelange, que leva o nome de um decano do COI e seu amigo pessoal. "O fato de haver um estádio com o nome dele é um exemplo", comentou.
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sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Presidente da Fifa diz que Copa pede mais investimentos
RECORDANDO 2004
03/06/2004 - 00h19 =PAULO COBOSda Folha de S.Paulo, em Belo Horizonte (MG)
Presidente da Fifa diz que Copa pede mais investimentos
A advertência é do presidente da Fifa, Joseph Blatter. E atinge em cheio a organização da partida desta quarta-feira entre Brasil e Argentina e as pretensões dos brasileiros para receber a Copa de 2014."O Brasil precisa de muito investimento", afirmou o dirigente, questionado sobre as condições do jogo no Mineirão e os planos do país para abrigar o Mundial. Pela manhã, Ricardo Teixeira havia dito que o jogo seria um teste com vistas à Copa. Os incidentes no Mineirão, porém, passaram longe dos padrões de um torneio de alto nível. O estádio teve vários problemas.Quem pagou R$ 120 ficou sentado junto com quem desembolsou R$ 150, por exemplo. Com uma hora para o início do jogo, o setor de imprensa, um dos pontos fortes do reformado Mineirão, segundo CBF e governo, foi invadido por torcedores. Na entrada, ninguém impedia a ação dos cambistas, que cobravam até R$ 100 por ingressos de R$ 30. Para entrar no Mineirão, os cerca de 800 jornalistas credenciados precisavam portar ingressos magnéticos, que não eram destruídos na hora.
03/06/2004 - 00h19 =PAULO COBOSda Folha de S.Paulo, em Belo Horizonte (MG)
Presidente da Fifa diz que Copa pede mais investimentos
A advertência é do presidente da Fifa, Joseph Blatter. E atinge em cheio a organização da partida desta quarta-feira entre Brasil e Argentina e as pretensões dos brasileiros para receber a Copa de 2014."O Brasil precisa de muito investimento", afirmou o dirigente, questionado sobre as condições do jogo no Mineirão e os planos do país para abrigar o Mundial. Pela manhã, Ricardo Teixeira havia dito que o jogo seria um teste com vistas à Copa. Os incidentes no Mineirão, porém, passaram longe dos padrões de um torneio de alto nível. O estádio teve vários problemas.Quem pagou R$ 120 ficou sentado junto com quem desembolsou R$ 150, por exemplo. Com uma hora para o início do jogo, o setor de imprensa, um dos pontos fortes do reformado Mineirão, segundo CBF e governo, foi invadido por torcedores. Na entrada, ninguém impedia a ação dos cambistas, que cobravam até R$ 100 por ingressos de R$ 30. Para entrar no Mineirão, os cerca de 800 jornalistas credenciados precisavam portar ingressos magnéticos, que não eram destruídos na hora.
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Revezamento da tocha no Rio vira campanha pela Olimpíada-2016
RECORDANDO 2004
14/06/2004 - 00h59 --EDUARDO OHATAda Folha de S.Paulo
Revezamento da tocha no Rio vira campanha pela Olimpíada-2016
A maratona da tocha, tida até a eliminação carioca como um evento pró-candidatura do Rio à Olimpíada-2012, transformou-se em uma campanha por 2016. O prefeito Cesar Maia (PFL), em cerimônia no Palácio da Cidade, aproveitou para fazer dupla campanha. Disse que gostaria de tentar de novo levar ao Rio os Jogos. No processo, aproveitou para promover sua campanha à reeleição. "Se estiver em 2008 na prefeitura, se os eleitores quiserem, vamos tentar novamente", disse. O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, que após a exclusão do Rio à corrida olímpica indicou que suas prioridades passariam a ser o Pan-2007 e a campanha à Copa-2014, disse no domingo, pela primeira vez, que o Brasil deve entrar na corrida pelos Jogos-2016. "Vamos mostrar, no Pan de 2007, que podemos recepcionar competições de grande porte. Disputar uma Olimpíada é uma grande oportunidade. O Brasil deve tentar 2016", disse ele, que reconheceu que o país precisa melhorar sua infra-estrutura. O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, que logo depois do revés sofrido pelo Rio defendeu a candidatura por 2016, uma vez mais levantou sua bandeira. "O evento da tocha tem uma simbologia e é emblemático da vontade do Brasil em receber os Jogos. É uma preparação para o Pan, com o qual o Brasil caminha para organizar a Olimpíada. Talvez mais cedo do que se pensa."
14/06/2004 - 00h59 --EDUARDO OHATAda Folha de S.Paulo
Revezamento da tocha no Rio vira campanha pela Olimpíada-2016
A maratona da tocha, tida até a eliminação carioca como um evento pró-candidatura do Rio à Olimpíada-2012, transformou-se em uma campanha por 2016. O prefeito Cesar Maia (PFL), em cerimônia no Palácio da Cidade, aproveitou para fazer dupla campanha. Disse que gostaria de tentar de novo levar ao Rio os Jogos. No processo, aproveitou para promover sua campanha à reeleição. "Se estiver em 2008 na prefeitura, se os eleitores quiserem, vamos tentar novamente", disse. O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, que após a exclusão do Rio à corrida olímpica indicou que suas prioridades passariam a ser o Pan-2007 e a campanha à Copa-2014, disse no domingo, pela primeira vez, que o Brasil deve entrar na corrida pelos Jogos-2016. "Vamos mostrar, no Pan de 2007, que podemos recepcionar competições de grande porte. Disputar uma Olimpíada é uma grande oportunidade. O Brasil deve tentar 2016", disse ele, que reconheceu que o país precisa melhorar sua infra-estrutura. O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, que logo depois do revés sofrido pelo Rio defendeu a candidatura por 2016, uma vez mais levantou sua bandeira. "O evento da tocha tem uma simbologia e é emblemático da vontade do Brasil em receber os Jogos. É uma preparação para o Pan, com o qual o Brasil caminha para organizar a Olimpíada. Talvez mais cedo do que se pensa."
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CBF exclui jogadores da lista de convidados
RECORDANDO 2004
19/05/2004 - 00h11 --FERNANDO MELLOPAULO COBOSda Folha de S.Paulo, em Paris
CBF exclui jogadores da lista de convidados
A CBF recebeu carta-branca da Fifa para levar grande comitiva para celebrar em Paris os cem anos da entidade. E, na lista de convidados, não aparece ninguém que fez em campo o país ser a maior potência da modalidade.No Boeing 767 que levou mais de 200 pessoas à capital francesa não estava um jogador campeão mundial. Sem contar vencedores de 2002, o Brasil tem mais de 50 atletas vivos que já ganharam a Copa. A CBF preferiu comitiva eclética que nunca usou chuteiras.O grosso dos convidados é formado por cartolas, empresários e amigos e parentes de funcionários da CBF. Há cerca de dez jornalistas. A comitiva conta com a presença de senadores, ministros e um governador, chamados para mostrar que a candidatura à Copa-2014 tem respaldo nas variadas facções da política nacional. Entre os que confirmaram presença no jogo de quinta-feira, no Stade de France, entre França e Brasil estão a senadora Roseana Sarney (PFL-MA), o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o governador Aécio Neves (Minas Gerais) e os ministros Agnelo Queiroz (Esporte) e Gilberto Gil (Cultura). Celebridades, como a modelo Luiza Brunet e o ator Rafael Calomeni, também não foram esquecidos pelos dirigentes da CBF, que não tem na sua alta cúpula ninguém que já jogou bola. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse que preteriu os atletas para não criar injustiças. "Acabamos de sair de um episódio ruim, a lista feita por Pelé [dos 125 melhores jogadores vivos da história]. Não encontrei critério que não melindrasse ninguém. Se convidasse os capitães campeões, deixaria o Pelé de fora. E nem sempre o capitão foi o mais representativo jogador de sua seleção." O cartola diz que seguiu o mesmo raciocínio em relação a clubes e federações. Só as entidades paulista e carioca foram contempladas,"para não gerar ciumeira".A CBF já foi acusada outras vezes de ignorar ex-jogadores em festividades. Numa das únicas vezes em que tentou fazer o contrário se deu mal, já que Bellinni, capitão do time que ganhou a Copa da Suécia não aceitou o convite para ir à Suíça defender a candidatura brasileira à Copa de 2006. Os escolhidos pela CBF receberam convites em papel timbrado da Fifa. Mas quase toda a estrutura da viagem foi montada pela agência de turismo que cuida das excursões da seleção. E o custo da viagem é alto. O fretamento do avião custou US$ 250 mil. A comitiva está espalhada por três hotéis luxuosos, em que uma diária não custa menos de R$ 700.
19/05/2004 - 00h11 --FERNANDO MELLOPAULO COBOSda Folha de S.Paulo, em Paris
CBF exclui jogadores da lista de convidados
A CBF recebeu carta-branca da Fifa para levar grande comitiva para celebrar em Paris os cem anos da entidade. E, na lista de convidados, não aparece ninguém que fez em campo o país ser a maior potência da modalidade.No Boeing 767 que levou mais de 200 pessoas à capital francesa não estava um jogador campeão mundial. Sem contar vencedores de 2002, o Brasil tem mais de 50 atletas vivos que já ganharam a Copa. A CBF preferiu comitiva eclética que nunca usou chuteiras.O grosso dos convidados é formado por cartolas, empresários e amigos e parentes de funcionários da CBF. Há cerca de dez jornalistas. A comitiva conta com a presença de senadores, ministros e um governador, chamados para mostrar que a candidatura à Copa-2014 tem respaldo nas variadas facções da política nacional. Entre os que confirmaram presença no jogo de quinta-feira, no Stade de France, entre França e Brasil estão a senadora Roseana Sarney (PFL-MA), o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o governador Aécio Neves (Minas Gerais) e os ministros Agnelo Queiroz (Esporte) e Gilberto Gil (Cultura). Celebridades, como a modelo Luiza Brunet e o ator Rafael Calomeni, também não foram esquecidos pelos dirigentes da CBF, que não tem na sua alta cúpula ninguém que já jogou bola. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse que preteriu os atletas para não criar injustiças. "Acabamos de sair de um episódio ruim, a lista feita por Pelé [dos 125 melhores jogadores vivos da história]. Não encontrei critério que não melindrasse ninguém. Se convidasse os capitães campeões, deixaria o Pelé de fora. E nem sempre o capitão foi o mais representativo jogador de sua seleção." O cartola diz que seguiu o mesmo raciocínio em relação a clubes e federações. Só as entidades paulista e carioca foram contempladas,"para não gerar ciumeira".A CBF já foi acusada outras vezes de ignorar ex-jogadores em festividades. Numa das únicas vezes em que tentou fazer o contrário se deu mal, já que Bellinni, capitão do time que ganhou a Copa da Suécia não aceitou o convite para ir à Suíça defender a candidatura brasileira à Copa de 2006. Os escolhidos pela CBF receberam convites em papel timbrado da Fifa. Mas quase toda a estrutura da viagem foi montada pela agência de turismo que cuida das excursões da seleção. E o custo da viagem é alto. O fretamento do avião custou US$ 250 mil. A comitiva está espalhada por três hotéis luxuosos, em que uma diária não custa menos de R$ 700.
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